Fundação Vanzolini

Indústria 4.0 para aumentar o controle e a capacidade produtiva

5 de maio de 2022 | 4min de leitura
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A Indústria 4.0, também chamada de 4ª Revolução Industrial, é um conceito que envolve a automação industrial e a integração de diferentes tecnologias, tais como inteligência artificial, robótica, internet das coisas e computação em nuvem, tendo como finalidade a digitalização das atividades industriais. O objetivo final é melhorar os processos, aumentar a sua eficiência e eficácia.

Esse conceito tem e terá impacto significativo na produtividade, pois aumenta a eficiência no uso de recursos e no desenvolvimento de produtos em pequena ou larga escala. Tende também a facilitar a integração do país em cadeias globais de valor, uma vez que os processos se tornam interligados, podendo ser acessados remotamente e em tempo real.

A conexão entre dispositivos inteligentes, tanto na cadeia de produção quanto na logística das organizações, é um dos meios pelos quais a Indústria 4.0 se estabelece. Isso representa a conexão de máquinas, sistemas e pessoas com a intenção de criar redes inteligentes para melhorar o controle dos processos produtivos.

Além disso, a difusão desse conceito implicará em transformações na gestão empresarial, principalmente nas estratégias de implementação de tecnologias e na cooperação entre as áreas de tecnologia de informação (TI) e as de produção. Dessa forma, profissionais que atuam na operação precisarão aprofundar seus conhecimentos de tecnologia e automação, assim como o pessoal de TI precisará conhecer cada vez mais os detalhes da operação e da estratégia de manufatura.

São vários os benefícios alcançados pela Indústria 4.0. Segundo o Portal da Indústria, a utilização dessas tecnologias digitais possibilitou um aumento médio de 22% na capacidade produtiva de micro, pequenas e médias empresas de diversos segmentos, como alimentos e bebidas, vestuário, moveleiro, metal-mecânica e calçados.

Muitas pessoas ainda acreditam que a Indústria 4.0 consiste em habilidades e ferramentas complexas e caras e que, sendo assim, seriam destinadas somente a empresas grandes e internacionais. No entanto, por meio de um programa piloto denominado “Indústria Mais Avançada”, do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), realizado entre maio de 2018 e outubro de 2019, em 43 empresas de 24 estados, constatou-se o impacto na produção com o uso de ferramentas de baixo custo, como sensoriamento, computação em nuvem e Internet das Coisas (IoT).

A conclusão do programa mostra que os maiores benefícios, em termos de produtividade, estão ligados ao aprendizado com o processo produtivo e como esse aprendizado se transforma em ações concretas. Constatou-se ainda que as microempresas foram as que mais se beneficiaram do uso dessas tecnologias digitais.

Para lidar com tantas transformações, o profissional da Indústria 4.0 precisa se adaptar. Ou seja, é preciso capacitar os profissionais em técnicas como programação, robótica colaborativa e análise de dados.

É importante, ainda, desenvolver métodos e competências que estimulem a criatividade, a comunicação a liderança e a aprendizagem contínua, uma vez que as tecnologias estão e continuarão a permanecer em constante mudança.

Por fim, será cada vez mais relevante organizar a gestão e a operação da empresa em times multidisciplinares. Por meio deles, será possível gerir os dados oferecidos pelas novas tecnologias industriais, bem como tirar o máximo proveito dessas novas tecnologias. O aspecto humano é de fundamental importância para a introdução da indústria 4.0.

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