Fundação Vanzolini

O papel e os desafios do líder na gestão de pessoas

15 de junho de 2022 | 4min de leitura
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Professor Márcio Camargo explica como gerir pessoas em meio a uma nova realidade complexa, insegura, não linear e incompreensível.

A palavra de ordem para um líder que atua em uma organização na atualidade é confiança. Foi o que afirmou Márcio Camargo, professor da Fundação Vanzolini. Ele é especialista em Gestão de Operações – Produtos e Serviços pela USP e graduado em Pedagogia.

Durante o webinar promovido pela Fcav, o professor explicou com detalhes os passos que os líderes devem seguir para conseguirem desenvolver trabalhos de excelência e estabelecer relações de confiança com os colaboradores em um contexto de uma nova realidade, em um mundo complexo, inseguro, não linear e incompreensível.

Para ele, o primeiro desafio do líder é o de parar de tentar mudar as pessoas achando que vai motivá-las e engajá-las no dia a dia. O correto é pensar em como conquistar o melhor delas. Os colaboradores só oferecem o seu melhor quando os líderes as conquistam. E o conceito de “melhor” significa o esforço a mais, a vontade de fazer aquilo. Bater a meta nem sempre significa que as pessoas estejam oferecendo o seu melhor.

Camargo citou a filosofia de gestão Management 3.0, criada em 2010, pelo holandês Jurgen Appelo, e detalhada no livro “Management 3.0 – Leading Agile Developers, Developing Agile Leaders“. Em 2016, Jurgen lançou outro livro que complementou o anterior: Managing for Happiness.

De acordo com essa ferramenta, os líderes precisam entender que as pessoas, hoje, agem segundo a lógica dos objetivos comuns, times com liberdade e autonomia, equipes multidisciplinares e responsabilidade de todos.

O professor declara que o líder precisa entender quais são os fatores motivacionais fundamentais no contexto atual. Autonomia, maestria, desenvolvimento e propósito estão entre as principais ferramentas de gestão de pessoas que precisam ser trabalhadas para se conseguir engajamento. Ou seja, as pessoas desejam atuar por causas maiores que elas mesmas. Por isso a necessidade de trazer o propósito das organizações para o trabalho. O propósito tem como objetivo sempre ser engajador.

Nesse sentido, os líderes precisam parar de ser controladores e de fazer micro gerenciamento. Hoje, não é possível mais ter o controle sobre tudo. “Se o líder tiver que controlar tudo o que acontece com a sua equipe, ele não precisa de equipe, pode trabalhar sozinho”, ressalta Camargo. Para que o líder consiga desenvolver excelência em gestão de pessoas, precisa se desenvolver e saber como participar efetivamente das etapas de atração, seleção, contratação, integração, engajamento, desenvolvimento e performance de pessoas.

Um dado alarmante do Instituto Gallup mostra que 85% dos trabalhadores não estão engajados no seu trabalho. Por isso, a experiência do colaborador a partir das ações de liderança vai garantir a manutenção ou não dos talentos na organização. “A medida de um líder é o susto que um funcionário leva ao ser demitido de uma organização. Esse é um desafio que temos. Por isso, temos que usar as ferramentas de gestão e acompanhamento de forma constante”, ressalta o professor.

“As equipes acreditam naquilo que a gente fala, antes mesmo de ter acontecido. Para isso, é preciso estabelecer uma comunicação aberta, clara e transparente”, completa Camargo.

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