Fundação Vanzolini

A auditoria tem um papel fundamental dentro das organizações para a melhoria dos processos, garantia de transparência e qualidade. Daí a necessidade de uma criteriosa seleção da empresa de auditoria.

Escolher a empresa de auditoria correta para a realização desse procedimento requer uma avaliação cuidadosa das qualificações, experiência, independência, estrutura de preços e compatibilidade cultural.

Para fazer uma escolha eficiente e que seja capaz de contribuir de forma positiva para o desenvolvimento da organização, uma dica é cumprir algumas etapas e seguir alguns critérios.

A seguir, você saberá como escolher uma empresa de auditoria e garantir mais eficácia e valor real para sua organização.

Qual o papel da auditoria?

Para começar, vamos relembrar o que é a auditoria e o motivo dela ser tão importante para as empresas atualmente.

Auditoria é um processo sistemático, importante para a gestão empresarial, no qual as atividades desenvolvidas por uma empresa são analisadas de forma detalhada para checar se estão dentro das conformidades exigidas.

Desse modo, durante a auditoria, as pessoas envolvidas são entrevistadas, atividades “in loco” são verificadas, documentação e registros dos sistemas de gestão das organizações são analisados.

Tudo isso acontece a partir de uma série de premissas que envolvem normas, padrões, documentos de referência, requisitos legais aplicáveis, boas práticas de gestão, requisitos contratuais, etc.

A auditoria faz uma amostragem nos processos das organizações naquilo que envolve a realização e apoio à realização dos escopos certificados.

Assim, por meio de uma autoria, é possível verificar a presença de não conformidades. Quando há algo fora do padrão, é preciso reajustar a rota e colocar a casa em ordem, evitando multas, prejuízos e danos à marca.

Vale destacar também que as auditorias podem levar à conquista de certificações e selos de qualidade relevantes para a empresa, colocando-a em destaque e com melhor competitividade no mercado.

Por isso tudo, a realização de uma auditoria deve ser compreendida como uma ação estratégica, importante e fundamental para avaliar o desempenho e os métodos da organização, além de alinhar qualquer item fora de prumo.

Como escolher uma empresa de auditoria?

Diante da importância e das contribuições da auditoria, é essencial conhecer alguns critérios e etapas para a escolha da empresa auditoria.

Então, veja a seguir cinco dicas para contratar uma empresa de auditoria eficiente:

1. Verifique se a certificadora é acreditada

O primeiro passo dessa jornada deve ser verificar se a empresa de auditoria é acreditada. Você sabe o que é isso? Siga para entender como esse critério é importante:

Uma certificadora acreditada é uma organização que foi avaliada e reconhecida por um organismo de acreditação independente, que assegura que a certificadora cumpre com os requisitos internacionais estabelecidos para a competência, imparcialidade e consistência na realização de auditorias e emissão de certificados.

Este reconhecimento é feito de acordo com normas específicas, como a ISO/IEC 17021-1, que define os critérios para a auditoria e certificação de sistemas de gestão.

Consequentemente, a certificação emitida tem um peso significativo em demonstrar a eficácia dos sistemas de gestão da empresa, facilitando a demonstração de conformidade com padrões e regulamentos.

Dessa forma, as certificadoras acreditadas oferecem um nível adicional de confiança, pois seus serviços são reconhecidos globalmente por meio de acordos de reconhecimento mútuo, como o International Accreditation Forum (IAF) Multilateral Recognition Arrangement (MLA).

As certificadoras acreditadas, portanto, são reconhecidas pela conformidade com padrões internacionais, o que permite que os certificados emitidos por essas entidades sejam aceitos mundialmente.

Isso é especialmente benéfico para empresas que operam em mercados internacionais, pois reduz a necessidade de múltiplas auditorias e facilita o acesso a novos mercados.

A aceitação global dos certificados emitidos por certificadoras acreditadas promove uma confiança maior tanto nos clientes quanto nos parceiros comerciais, facilitando o comércio global e a conformidade regulatória para as empresas certificadas.

Por fim, a utilização de certificadoras acreditadas pode resultar em melhorias internas significativas para as organizações, pois a certificação por uma entidade acreditada ajuda a identificar e implementar as melhores práticas no setor de atuação da empresa, promovendo a eficiência operacional e a redução de riscos.

2. Indicações e referências anteriores

Outra dica importante é contar com recomendações e avaliações de trabalhos anteriores. 

Então, solicite referências, entre em contato com outras empresas nais quais já foi realizado algum trabalho de auditoria e verifique como foi a experiência por lá.

3. Estrutura e suporte

Para escolher bem a empresa de auditoria, é preciso conhecer sua estrutura. Procure saber da formação e dos conhecimentos técnicos dos profissionais envolvidos.

Diante da complexidade atual dos negócios, é importante contar com pessoas que tenham profundidade técnica no tema, mas que também reúnam as habilidades interpessoais necessárias. 

Além disso, procure entender as estruturas internas das empresas, como ações voltadas para os recursos humanos (treinamento e reciclagem de auditores, políticas de retenção, planos de carreira, etc). 

4. Ética e seriedade

Auditoria sem ética não é auditoria. Este deve ser um dos pilares de uma empresa, já que sua atuação está diretamente ligada ao acesso às informações de toda a empresa, inclusive as confidenciais. 

Então, no momento da contratação, lembre-se de avaliar sua postura, checando se ele revela informações internas de outras empresas, se costuma criticar a concorrência ou falar mal de organizações nas quais já atuou, se não estabelece um diálogo claro e objetivo sobre suas atividades, entre outras ações que não compactuam com uma postura séria e ética.  

5. Valor e custo-benefício

O bolso é sempre uma questão, mas no momento de escolher uma empresa de auditoria, o mais indicado é não avaliar somente o orçamento proposto. 

Busque entender a relação custo x benefício do serviço de auditoria e entenda qual a melhor opção para aquele momento do seu negócio. 

Além disso, a empresa também precisa fazer sua parte e ser razoável no momento de calcular os honorários, possibilitando que todos os envolvidos tenham vantagens em relação ao valor proposto. 

Muitas vezes o barato sai caro, então, ter o menor preço como critério para definição de contratação de uma auditoria pode gerar redução no nível de qualidade do serviço de auditoria  prestado. Pense nisso. 

Por fim, vale ressaltar que a auditoria desempenha um papel muitas vezes decisivo nas organizações e se trata de um processo complexo, que envolve áreas, pessoas, informações, documentos e até mesmo a cultura da empresa. 

Portanto, não pode ser realizada de qualquer jeito. Uma auditoria é como um mapa que vai revelar caminhos, tesouros e obstáculos, mas que vai indicar a melhor rota a seguir.

Assim, na hora de escolher o profissional ou a empresa que será responsável por essa cartografia, não deixe de fazer o checklist:

Fundação Vanzolini: o lugar certo para certificações e formação em auditoria

Para empresas de auditoria e auditores que desejam mais qualificação, conquista de certificados e melhores oportunidades na área, a Fundação Vanzolini oferece cursos voltados para o aprofundamento em normas, padrões e certificados dos mais diversos setores.

Por meio das formações e certificações, os profissionais têm acesso ao conhecimento técnico necessário para atuar em auditorias, além do desenvolvimento de habilidades interpessoais importantes para um auditor.

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Para empresas que buscam aprimorar seus processos, produtos e serviços, obtendo certificações que comprovem o seu compromisso com a qualidade:

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Gestão na auditoria: a importância e os principais passos para lidar com os riscos durante esse processo

Se você está buscando informações relevantes relacionadas à gestão na auditoria, está no artigo certo, e deve ficar até o final! Pois este texto vai guiá-lo na descoberta dos problemas , pensando nas possíveis dificuldades do auditor quanto à preparação de estratégias de diminuição de riscos.

Além disso, explicaremos a importância da gestão de riscos, por meio de dicas simples, para você lidar com as possíveis ameaças durante a auditoria, além de esclarecer quais são as principais certificações e quais capacitam os profissionais responsáveis.

Todo esse processo não beneficia somente os negócios da empresa, mas serve como um parâmetro para avaliar a competência do auditor. Portanto, se o seu objetivo é mais do que saber como proceder, mas realizar um serviço que te dará destaque, nos acompanhe!

Importância da gestão de riscos na auditoria

Antes de abordarmos os passos para identificação e avaliação de riscos, é importante compreender a importância desse processo. Isso porque a compreensão enriquece a leitura dos próximos tópicos, pois contextualiza a relevância de cada etapa.

Assim, é inegável reconhecer o papel crucial da auditoria em uma gestão de processos, uma vez que o procedimento dá assistência ao desenvolvimento, ou seja, assegura a confiabilidade e a eficácia dele.

No contexto do gerenciamento de riscos, a auditoria desempenha uma função ainda mais evidente: a de permitir a identificação e compreensão das possíveis ameaças, as quais têm o poder de corromper diversos aspectos da organização auditada.

A integridade da empresa, nesse caso, é a prioridade dos auditores, e, ao integrá-la na auditoria, podem sanar problemáticas de forma mais eficiente, como o melhor direcionamento de recursos, por exemplo. Além disso, há como focar nas áreas mais lesadas e, assim, elaborar processos para resolvê-las.

O primeiro passo: a identificação de riscos

Agora, vamos à ação! Afinal, como identificar os riscos?

A primeira orientação é: analise, detalhadamente, os processos, controles e atividades da organização em questão. Importante: foque nesse detalhadamente. A auditoria serve justamente para examinar os pormenores despercebidos durante o desenvolvimento normal das atividades.

Nesse contexto, os auditores devem estar a par dos objetivos e do funcionamento dos setores da empresa, para poderem identificar quais são as adversidades causadoras de impactos negativos em relação às metas e às práticas organizacionais. 

Os questionamentos acima norteiam o processo e podem ser feitos a partir de entrevistas com a equipe, revisão de documentação e análise de dados históricos. Os dois últimos métodos são, na verdade, indispensáveis.

A gestão na auditoria demanda informações precisas e deve se basear em fatos, não em achismos ou opiniões. Somente “achar que tal coisa não está dando resultado” não assegura a relevância da auditagem, e, por isso, a análise de dados faz-se fundamental.

Nesse caso, para os auditores, o sistema de gestão certificado é ideal para garantir mais eficiência e profissionalismo em sua prática.

Como medir o impacto da avaliação dos riscos?

Após a identificação dos riscos, os auditores devem avaliar o impacto potencial que essas ameaças podem acarretar para a empresa. Assim, os auditores atribuem uma classificação de risco, baseando-se nas chances de ocorrência deles e no impacto possivelmente causado, seja no financeiro da empresa ou em quaisquer outros âmbitos.

A avaliação permite a priorização dos riscos mais eminentes, portanto a determinação de quais carecem de mais atenção, tanto por parte da auditoria quanto por parte dos profissionais responsáveis.

Quantificar as ameaças em potencial ➨ qualificar tais potenciais ➨ a partir da consideração da probabilidade de ocorrência, bem como da magnitude das consequências.

Cada risco deve ser considerado, juntamente ao seu potencial em relação aos objetivos, operações ou recursos da empresa. Questões acerca da exposição financeira e dos recursos da organização para lidar com as adversidades devem ser igualmente consideradas por meio de:

Estratégias para lidar com riscos identificados

Pouco adianta a auditoria, se os responsáveis por ela não dispuserem de estratégias de intervenção, caso haja necessidade. Entre os métodos, estão:

As técnicas citadas representam um parâmetro geral, e o planejamento deve se pautar em riscos específicos presentes na organização auditada. Numa visão mais ampla, o objetivo da estratégia deve ser o de reduzir a ocorrência de ameaças e ou diminuir as más consequências, quando elas já ocorreram.

Acredita-se que a parte das estratégias é a mais importante em uma auditoria, afinal, ela não tem utilidade, se os problemas não forem solucionados. Diante disso, o profissional deve, obrigatoriamente, estar apto para intervir.

A Certificação IQNET Academy capacita auditores por meio de uma certificação internacionalmente reconhecida, destacando-o nessa área, permitindo mais confiança e conhecimento para garantir a qualidade de suas funções.

Importância da prática de gestão de auditoria

A gestão de auditoria é uma prática fundamental quando o assunto é auxiliar o desempenho organizacional. Na Vanzolini, você, auditor, pode se tornar líder na auditoria da ISO 9001, pois não basta exercer um cargo importante, é preciso fazê-lo da melhor maneira.

Ao identificar, avaliar e traçar estratégias de diminuição dos riscos e dos seus impactos, além dos benefícios à empresa, há o fortalecimento da credibilidade dos auditores. Nesse caso, essa soma garante resultados expressivos e significativos para ambos.

Por isso, dê um passo importante na sua carreira: com teoria e aplicação prática das técnicas, você vai se aprofundar na interpretação dos requisitos e conhecer todos os passos para planejar, executar e gerenciar equipes de auditores com o curso IQNet: ISO 9001 – Auditor Líder.

Este conteúdo foi útil para você? Aprenda mais sobre o assunto: a Fundação Vanzolini oferece cursos com especialistas na área, para você ampliar o seu repertório e transformar a sua carreira.

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Até o próximo!

Fontes:

vicenzisantiago.com/auditoria-interna-e-gestao-de-riscos/

pwc.com.br/pt/estudos/servicos/auditoria/2023/o-papel-das-funcoes-de-gestao-de-riscos-controles-internos-e-auditoria-interna-nas-integracoes-de-MEA.html

acervodigital.ufpr.br/handle/1884/72376

portaldeauditoria.com.br/artigos/Auditoria-de-Riscos.asp

linkedin.com/pulse/guia-pr%C3%A1tico-para-auditoria-eficaz-de-gest%C3%A3o-riscos-lobo/?originalSubdomain=pt

Quem tem medo da auditoria? O temor gerado pelo termo auditoria parece ser uma unanimidade, não é mesmo? Mas o fato é que essa prática é uma aliada para uma gestão empresarial sólida e confiável.

Desse modo, é preciso desmistificar a auditoria, desfazendo a ideia de algo temido e assimilando como uma ferramenta poderosa para aprimorar as operações e fortalecer a confiança com stakeholders.

Então, para destrancar portas e abrir possibilidades durante os procedimentos, neste artigo, vamos encarar a auditoria, mostrando como ela é estratégica não só para mitigar preocupações, como também para potencializar o crescimento do seu negócio.

Acompanhe a leitura!

O que é uma auditoria?

Esta palavra tão temida, auditoria, tem no fundo uma grande importância para a gestão empresarial. Auditoria é um processo sistemático, no qual uma série de atividades desenvolvidas por uma empresa são analisadas com lupa, bem de perto e cuidadosamente.

Ou seja, processos de apoio, de gestão e de realização (produtos e serviços) de uma organização são examinados com o intuito de avaliar a sua conformidade.

Nesse exame, pessoas são entrevistadas, rotinas são auditadas, atividades “in loco” são verificadas,  documentação e registros dos sistemas de gestão das organizações são analisadas. Isso tudo, considerando várias entradas, tais como: as próprias normas e documentos de referência do escopo da auditoria, requisitos legais aplicáveis, boas práticas de gestão, requisitos contratuais e etc.

Desse modo, a função do auditor é verificar se as tarefas estão sendo realizadas de acordo com os procedimentos predeterminados, seguindo normas e padrões. Por meio, dela é possível verificar a presença de não conformidades.

Além disso, é importante lembrar que as auditorias podem levar à conquista de certificações e selos de qualidade relevantes para a empresa, colocando-a em destaque e com melhor competitividade no mercado. 

Assim, a realização de uma auditoria deve ser compreendida como uma prática estratégica, importante e fundamental para avaliar se os métodos utilizados pela organização estão sendo eficazes e se há erros a serem corrigidos, com foco em evitar fraudes e perdas.

Então, para desmistificar a auditoria, é importante entender que:

Não se trata de um interrogatório

É crucial compreender que o processo não é um interrogatório, mas sim uma oportunidade de avaliação e de revisão de processos. Quando se olha de perto para os procedimentos e atividades internas de uma empresa, é possível identificar áreas de melhoria e estar sempre pronto para certificar o compromisso com a transparência e integridade da organização.

Preza pela transparência

Como falamos no item anterior, a transparência nas ações anda de mãos dadas com a auditoria. Dessa forma, para uma certificação, é essencial manter os registros organizados e atualizados. Isso não apenas agiliza o processo, mas também demonstra a dedicação da sua empresa em manter operações claras e em conformidade.

Torna as políticas e os procedimentos claros

O processo pede que políticas e procedimentos sejam claros desde o início. Assim, uma empresa que se prepara para auditoria, na verdade, está se preparando para ela mesma, para sua atuação perante o mercado e parceiros, criando base sólida para o crescimento sustentável.

A auditoria deve ser vista como uma prática de melhoria, de investimento em processos, documentos e organização transparentes e bem estabelecidos. Uma auditoria revela que a conformidade é uma parte intrínseca da cultura organizacional.

Tem como aliada a tecnologia

Na era digital, a tecnologia também é uma aliada que pode simplificar o processo de auditoria.

Por isso, é importante pensar e investir em ferramentas e soluções digitais que automatizam e simplificam a coleta de dados, proporcionando uma visão mais abrangente e imediata das operações.

A inclusão da tecnologia nas auditorias não apenas economiza tempo, mas também reduz possíveis erros humanos.

Busca comunicação e colaboração constantes

Para que um processo ocorra da melhor forma possível e traga bons resultados, é essencial manter uma linha aberta de comunicação com o líder e a equipe de auditoria.

Além disso, é fundamental colaborar de forma ativa, enviando informações adicionais quando necessário.

Entre os benefícios da auditoria está também esse movimento colaborativo. Por meio de uma comunicação e colaboração constantes, é possível construir um elo de confiança mútua, evidenciando o compromisso da empresa em manter padrões elevados.

Qual a função de um auditor?

Como falamos no início, uma auditoria pode ser interna ou externa e, assim, temos dois tipos de auditor: o externo e o interno.

O primeiro é um profissional de fora da empresa a ser examinada, pois se trata de uma atividade realizada por terceiros, que atuam por meio de consultoria, ou mesmo como auditor de organismo certificador. Esse auditor tem como função identificar possíveis falhas e deficiências nos sistemas da organização auditada.

Ao detectar inconsistências, o auditor é o responsável por apresentar os achados de auditoria para que as organizações tenham oportunidade de tratá-los.

Já o auditor interno é um colaborador da própria empresa auditada. Por isso, ele dispõe de mais tempo e de conhecimento em relação à empresa em questão e pode ir mais fundo em detalhes e na rotina organizacional, colaborando para melhorias e correções.

Nos dois casos, durante a atividade da auditoria, o auditor deve relatar seus achados com base em evidências objetivas, com o objetivo que a organização tenha oportunidade de tratar as não conformidades e, assim, corrigi-las de forma a impedir sua recorrência.

Leia também: Preparando a equipe para padrões ISO de segurança

Como a auditoria pode ajudar cada área da empresa?

Para desmistificar ainda mais a auditoria, destacamos a seguir como cada área da empresa pode ser beneficiada por esse processo de avaliação:

Assim, a organização, como um todo, pode mostrar para seus investidores, stakeholders e para o público interessado, que se trata de uma marca de confiança e que atua com transparência e segurança.

Por fim, é fundamental deixar de lado a ideia da auditoria como uma vilã. É preciso encarar o processo como uma oportunidade de crescimento, como uma ferramenta de aprendizado e de melhoria.

Dessa maneira, ao encarar a auditoria como uma prática positiva, todo o processo tende a ser mais leve, tranquilo e inclusivo.

Leia também: Como gerenciar e auditar sistemas de gestão da qualidade

Então, deixe de temer a auditoria, abrace essa chance como um catalisador para o crescimento empresarial e conte com a Fundação Vanzolini, seus cursos e certificações.

Para saber mais sobre as certificações da Fundação Vanzolini, entre em contato: (11) 3913-7100

E se quiser conhecer os cursos de auditoria da Fundação Vanzolini, clique aqui.

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Até o próximo!

Enriqueça as suas habilidades e aprenda a fazer uma auditoria remota com o mesmo nível de confiança do modelo presencial. Do planejamento à execução e registros, você vai aprender as boas práticas e entender como lidar com aspectos técnicos e comportamentais do processo remoto, além de como usar a tecnologia da informação para garantir a eficiência do sistema de gestão.

Veja tudo o que você vai aprender:

 

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A realização deste curso está condicionada ao número mínimo de matrículas.
As vagas estão sujeitas à capacidade máxima da turma.

Conheça o MBA Vanzolini: quatro motivos para escolher uma instituição com certificações internacionais para o seu curso de Gestão Ágil

O MBA da Fundação Vanzolini foi especialmente projetado para capacitar profissionais a superar os desafios contemporâneos do ambiente corporativo.

Com quase 60 anos de atuação, a Vanzolini se estabeleceu com uma reputação sólida, sendo uma instituição de destaque nos campos da Educação, Certificação e Pesquisa, oferecendo serviços de alta qualidade em todas essas áreas. Seus cursos proporcionam uma formação robusta, perfeitamente alinhada às exigências do mercado.

Neste artigo, apresentaremos quatro razões para escolher a Fundação Vanzolini como sua instituição de ensino. E aqui vai um adiantamento: somos parceiros de uma das universidades de engenharia mais renomadas da América Latina.

Curioso para descobrir qual é e explorar mais sobre o programa do nosso MBA? Continue conosco até o fim!

Vanzolini MBA: quatro motivos para nos escolher

Para te mostrar as qualidades da Fundação Vanzolini e os motivos pelos quais você deve escolhê-la para o seu MBA, criamos uma lista com os nossos quatro principais benefícios. Afinal, não basta dizer “somos os melhores”, vamos te mostrar o porquê. Confira!

1.    Experiência

A Vanzolini está no mercado há quase seis décadas desenvolvendo, aplicando e disseminando novos conhecimentos às pessoas, empresas, instituições e governos, isto é, quase 60 anos contribuindo com a resolução de problemas econômicos, ambientais, técnicos e sociais no Brasil e no exterior.

No entanto, não se engane! Apesar de toda a nossa bagagem, não somos uma instituição que parou no tempo, pelo contrário, acreditamos na atualização e capacitação contínua como forma de melhorar todos os serviços prestados por nós.

Além disso, nossa vasta experiência nos levou às parcerias com grandes instituições, como: a Secretaria de Desenvolvimento Regional do Estado de São Paulo, Subsecretaria de Serviços ao Cidadão, Tecnologia e Inovação (SSCTI), Secretaria Estadual de Educação de São Paulo (Seduc), Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Eletrobras, entre outras, provando o valor da nossa expertise.

Para saber mais, confira os destaques do ano, em nosso relatório anual de atividades.

2.    Excelência

Em relação à excelência da Fundação Vanzolini, citamos nossas credenciais, pois elas certificam a qualidade do que oferecemos por aqui, ou seja, certificações valorizadas no mercado.

Entre as credenciais, estão: USP, INMETRO, IQNET, HQE, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, e ISQua.

Mas, afinal, o que todas essas credenciais indicam?

Bom, elas revelam que a Vanzolini passou por processos de auditoria e avaliação de qualidade em diversos aspectos, como o de governança, gestão estratégica, operacional e financeira, conhecimentos técnicos e científicos e demais conhecimentos de transição e modernização, acompanhando as demandas do mercado e acadêmicas.

Todas as credenciais dizem respeito às instituições mais respeitadas nacional e internacionalmente, portanto, seus estudos terão qualidade superior, atestados por corporações de prestígio em suas áreas.

3.    Variedade em modalidades e certificações

Os cursos da Fundação Vanzolini são voltados às áreas de:

E, além da variedade de campo de conhecimentos, os estudantes escolhem a modalidade que mais se encaixa em sua rotina e preferência: EaD ao vivo, EaD gravado, híbrido (EaD ao vivo e EaD gravado) ou presencial.

A possibilidade de opção de escolha continua relacionada aos formatos, os quais são: introdutório (até 4 horas), rápido (até 40 horas), média duração (até 200 horas), longa duração (acima de 200 horas) e trilhas.

No caso dos MBAs, por tratar-se de uma capacitação considerada avançada, a carga horária vai de 360 a 420 horas com duração de 18 meses.

Mas, caso precise incrementar seu currículo de forma mais rápida, nada impede de você cursar um MBA e outro curso de rápida duração, porque aqui, independentemente da carga horária, a excelência é a mesma. Conheça os cursos da Fundação Vanzolini

4.    Professores altamente qualificados

A Vanzolini é uma organização criada e coordenada por professores do departamento de Engenharia de Produção da Universidade de São Paulo (Poli-USP), universidade referência no Brasil e considerada a mais completa faculdade de Engenharia da América Latina.

Os cursos têm em seu corpo docente professores experientes, com diversas cases de sucesso conquistadas ao longo de suas sólidas carreiras.

Os professores possuem, além da experiência, olhares sistêmicos, integrados e multidisciplinares, para assim, alcançar nossa maior missão: ser a instituição de referência na disseminação dos conhecimentos da engenharia e protagonista no desenvolvimento sustentável do Brasil.

Cursos de Gestão Ágil: nossa especialidade

Para dar continuidade à apresentação da qualidade e relevância dos nossos cursos, destacaremos os cursos de Agile da Fundação Vanzolini, uma das áreas mais procuradas e renomadas. Entre eles, está o MBA em Gestão Ágil, Inovação e Liderança, que aprimora habilidades de liderança em empresas modernas e voltadas para a inovação digital.

Com essa capacitação, o profissional aprende com ferramentas práticas e conhecimentos em áreas essenciais, como métodos ágeis, gestão de produtos digitais, gestão da inovação e transformação digital, além de liderança e desenvolvimento de equipes.

O curso, com duração de 18 meses na modalidade EAD ao vivo e gravado, oferece uma carga horária mínima de 360 horas e máxima de 420 horas. Os alunos aprenderão:

O MBA em Gestão Ágil, Inovação e Liderança é completo, e voltado para profissionais cujo objetivo é avançar na carreira e assumir posições de gestão de equipes, assim, destacando-se em um mercado cada vez mais acirrado.

Conheça o MBA em Gestão Ágil, Inovação e Liderança e dê esse passo em sua carreira, estudando em uma instituição renomada, de alta qualidade, e que forma profissionais de alta performance.

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Fontes:

vanzolini.org.br/institucional/#ir-sobre

O processo de auditoria permite às empresas verificar se os seus serviços e procedimentos seguem normas, protocolos e boas práticas estabelecidas, garantindo qualidade e segurança. É aqui que entra o papel do auditor, suas habilidades e qualificações necessárias.

Para assegurar a efetividade desses processos, é fundamental contar com profissionais especializados. O auditor exerce um papel fundamental na gestão institucional, sendo responsável por supervisionar e acompanhar de perto os diversos setores e segmentos, assegurando assim melhores resultados.

Saiba mais em: Certificações para empresas: por onde começar?

A fim de desempenhar suas funções adequadamente, o auditor deve estar atento aos processos recorrentes na instituição onde atua. Sua missão é verificar todas as demandas e ajustá-las conforme necessário.

As atividades típicas de um auditor incluem: revisão do cumprimento de tarefas, mensuração de boas práticas, avaliação da eficácia do trabalho entre setores, entre outras.

Essas ações garantem que as operações sejam realizadas conforme as exigências e expectativas, contribuindo para a melhoria contínua e a excelência na prestação de serviços.

Para saber mais sobre as habilidades e qualificações de um auditor, siga com a leitura deste artigo. 

Qual o papel do auditor?

O compromisso do auditor é com a qualidade e seu papel é permitir que ela se estabeleça por meio de padrões e normas exigidos. Assim, podemos dizer que os auditores são os profissionais responsáveis por avaliar, de forma detalhada, todas as atividades e processos da empresa, com foco na excelência.

Para isso, eles têm a atribuição de garantir que tudo esteja sendo feito dentro de um padrão, conduzindo a empresa para a melhoria contínua e dentro de todas as normas e procedimentos exigidos.

O papel do auditor inclui também a realização de um diagnóstico, capaz de avaliar a saúde da empresa, checando periodicamente se tudo está sendo feito dentro dos parâmetros exigidos e dentro do que é considerado saudável para a vitalidade da organização.

Por meio desse olhar atento e detalhado durante sua avaliação, o auditor pode apontar quais são as não conformidades da empresa e que necessitam de correção.

O auditor não deve ser visto como uma figura temível e as auditorias não são tribunais. Com esse trabalho, é possível prever riscos, rever a rota e ajustar o que não está de acordo com as exigências legais, evitando casos de multas e ou possíveis danos na produtividade.

Habilidade e competências do auditor

Um bom auditor combina habilidades técnicas sólidas com competências interpessoais e éticas, além de possuir as qualificações necessárias para realizar auditorias eficazes.

A capacidade de analisar dados de maneira crítica, comunicar descobertas de forma clara, ter inteligência emocional e gerenciar projetos de auditoria de maneira eficiente são fundamentais para o sucesso nesta profissão.

Dessa maneira, certificações profissionais e uma formação acadêmica adequada complementam esse conjunto de habilidades, garantindo que o auditor esteja preparado para enfrentar os desafios e agregando valor às organizações que atende.

O papel do auditor é essencial para a garantia de processos e produtos de qualidade e, por isso, a presença desse profissional é fundamental nas empresas.

Leia mais em: Preparando a equipe para padrões ISO de segurança

Norma é o segundo nome do auditor

O papel do auditor também está relacionado à norma em questão. Durante as auditorias, o cumprimento de determinada norma é verificada e atestada – ou não – pelo auditor.

As normas variam de acordo com a área, o segmento e o trabalho desenvolvido dentro das empresas. Ou seja, o auditor precisa ter conhecimento profundo das normas que regem as organizações e estar por dentro das exigências de cada uma delas.

Assim, a norma é o segundo nome do auditor. Seu papel está atrelado aos padrões exigidos e ao cumprimento deles. Se tudo estiver correto, ele atesta a coerência dos dados apresentados e, a depender do modelo ou tipo de auditoria, dá o parecer de que os processos foram cumpridos de forma correta.

Leia mais em: Como gerenciar e auditar sistemas de gestão da qualidade

Tipos de auditor: o externo, o interno e o líder

Dentro do papel do auditor, temos algumas funções diferentes, que vão depender do tipo de auditor do qual estamos falando.

O auditor externo é um profissional não vinculado à empresa que está sendo auditada. Desse modo, trata-se de uma atividade realizada por terceiros, que atuam por meio de consultoria, ou mesmo como auditor de organismo certificador.

Nesse caso, o auditor externo tem como função identificar possíveis falhas e deficiências nos sistemas da organização auditada.

Ao detectar inconsistências, o auditor deve apresentar os achados de auditoria para os representantes da empresa, para que ela tenha a oportunidade de ajustá-los de acordo com as normas e padrões.

O auditor interno é um colaborador da própria empresa auditada. Em geral, é um profissional com mais tempo de casa e maior conhecimento em relação à organização, com mais recursos para ir fundo em detalhes e identificar necessidade de melhorias e correções.

Nos dois casos, ao realizar a auditoria, o papel do auditor é o de relatar seus achados com base em evidências objetivas, para que a organização tenha oportunidade de rever e reverter as não conformidades e, assim, ajustar os processos para evitar reincidências.

Temos ainda o auditor líder, que é um profissional capaz de realizar auditorias em empresas certificadoras. Ou seja, ele faz auditoria nas organizações que emitem certificados, como é o caso da Fundação Vanzolini.

Dessa forma, são fundamentais para um bom desempenho o exercício pleno de suas habilidades comportamentais e técnicas.

Leia mais em: Auditor líder e auditor interno: qual a diferença

Quais as habilidades e qualificações importantes para um auditor?

Para desempenhar o papel de auditor com maestria – seja interno, externo ou líder – um profissional precisa reunir e dominar habilidades técnicas e competências interpessoais para realizar um trabalho preciso, minucioso e efetivo.

Sendo assim, entre as competências necessárias, estão:

Boa comunicação

Ter uma boa articulação e uma boa comunicação é fundamental para os auditores. Saber passar as informações de forma clara e objetiva permite que as pessoas envolvidas entendam melhor o que foi constatado pelo auditor.

O auditor precisa ter clareza ao falar e escrever seus achados e, além disso, saber fazer a interlocução com membros da equipe de auditoria, com os clientes e com outros stakeholders relevantes. Desse modo, entra em cena a capacidade de explicar conceitos complexos de forma simples, ter uma escuta ativa e transmitir os dados com objetividade.

Pensamento crítico

Outra habilidade importante no papel do auditor é ter pensamento crítico. Essa capacidade diz respeito ao ato de saber analisar as informações de forma imparcial e objetiva, questionar suposições, identificar inconsistências e avaliar evidências de maneira lógica.

Um auditor não pode ser uma pessoa passiva, ele precisa desenvolver sua própria capacidade de raciocínio e de opinião, não sendo levado pelas pressões alheias.
Assim, um auditor com pensamento crítico é capaz de identificar possíveis problemas e desafios, oferecendo soluções inteligentes e estratégicas para a empresa durante o processo de auditoria.

Inteligência emocional

No mesmo patamar do pensamento crítico está a inteligência emocional, uma habilidade cada vez mais valorizada no ambiente de trabalho. No caso dos auditores, trata-se de uma competência especialmente importante, já que no dia a dia das auditorias eles lidam com situações desafiadoras, pressão e possíveis conflitos.

Desse modo, quando o profissional tem a capacidade de reconhecer e gerenciar suas próprias emoções, além de ser empático às emoções dos outros, ele pode contribuir de uma maneira muito mais significativa para a construção de um relacionamento sólido e de confiança com a organização.

A inteligência emocional também é uma habilidade que colabora para a resolução efetiva de problemas.

Trabalho em equipe

Um auditor sozinho não faz verão. Muitas vezes, nos processos de auditoria, o profissional precisa trabalhar em equipe, seja com colegas, seja com representantes da empresa auditada.

Sendo assim, uma habilidade importante no papel de auditor é a capacidade de colaborar efetivamente, ouvir as opiniões dos outros, respeitar diferentes pontos de vista e contribuir para um ambiente de trabalho agradável.

 A resolução de problemas de maneira conjunta fortalece as relações profissionais e pode levar à conquista de melhores resultados.

Adaptabilidade

Diante da exposição frequente a ambientes de trabalho dinâmicos e desafiadores, os auditores devem ter a capacidade de se adaptar rapidamente.

Dessa maneira, a adaptabilidade é uma habilidade importante para os auditores, pois, além da necessidade de lidar com as mudanças inesperadas, é preciso se adaptar a diferentes contextos organizacionais.

Flexibilidade também entra nesse contexto e colabora para que o profissional possa se adaptar, sem grandes problemas, às mais variadas adversidades e contextos.

Quais as certificações importantes para um auditor?

Bem, agora que sabemos das habilidades interpessoais, vamos olhar para as questões técnicas, essenciais para se formar um auditor de sucesso.

As formações que levam à conquista das certificações, como as da ISO, por exemplo, são o caminho ideal para quem deseja obter os conhecimentos técnicos de um auditor.

A Fundação Vanzolini conta com um leque de cursos para obtenção de certificados para esta carreira..

Assim, por meio das formações da Fundação Vanzolini em normas, certificações e auditorias, os profissionais podem conquistar as habilidades interpessoais e os conhecimentos técnicos necessários para realizarem o papel de auditor com excelência, contribuindo para o crescimento das empresas. 

Então, se você deseja se tornar um auditor interno ou líder, conheça os cursos de Normas e Certificações da Fundação Vanzolini e torne-se um profissional capaz de promover a qualidade e a melhoria nas organizações.

ENTRE EM CONTATO

Até o próximo!

O evento Excelência no Desenvolvimento de Software: Descubra como a Norma ISO 29110 Irá Ajudar o Seu Negócio trará uma oportunidade única para empresas de pequeno e médio porte entenderem como a certificação pode impulsionar seu crescimento e eficiência. Marcelo Pessoa, vice-presidente do Conselho Curador da Fundação Vanzolini, será o mediador deste encontro.

Será apresentado um estudo de caso prático sobre a implantação e certificação da norma ABNT 29110-4-1, desenvolvida exclusivamente para micro e pequenas empresas. A empresa Softeasy compartilhou sua experiência de implementação da norma, seguindo um caminho de melhoria contínua que trouxe diversos benefícios para o seu negócio, culminando no reconhecimento proporcionado por uma auditoria.

Durante o evento, serão discutidos os desafios enfrentados, as dificuldades superadas, os benefícios alcançados e os ganhos obtidos ao longo do processo de implantação. Além disso, serão oferecidas dicas valiosas sobre como tornar sua empresa mais eficaz e ágil, e como conquistar a certificação que pode transformar o seu negócio.

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Mudanças mandatórias sobre ações climáticas

Mudanças mandatórias sobre ações climáticas

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Em fevereiro de 2024, a ISO – International Organization for Standardization publicou emendas para suas normas de requisitos de sistemas de gestão, com o seguinte conteúdo:

AMENDMENT x: Climate action changes

  • 4.1
    Add the following sentence at the end of the subclause:
    The organization shall determine whether climate change is a relevant issue.
  • 4.2
    Add the following note at the end of the subclause:
    NOTE Relevant interested parties can have requirements related to climate change.

As emendas de cada norma de sistema de gestão podem ser adquiridas em https://www.iso.org/store.html.

A ABNT, por sua vez, iniciou seu processo de consulta nacional e publicação das emendas para as respectivas normas de sistema de gestão brasileiras. Esperam-se textos equivalentes à seguinte tradução livre:

EMENDA x:

  • 4.1
    Incluída a seguinte sentença ao final da subseção:
    A organização deve determinar se o assunto “mudanças climáticas” é pertinente.
  • 4.2
    Incluída a seguinte nota ao final da subseção:
    NOTA As partes interessadas pertinentes podem possuir requisitos relacionados às mudanças climáticas.

Isso posto, informamos ainda aos clientes certificados nas normas constantes no ANEXO 2, que a partir de agosto de 2024, os auditores passarão a abordar as emendas nos requisitos 4.1 e 4.2 durante as auditorias, tomando-as como requisitos mandatórios sobre os sistemas de gestão auditados.

ANEXO 1. Informações Adicionais

Generalidades

As emendas acima citadas decorrem da Declaração ISO de Londres sobre Mudanças Climáticas.  A ISO aprovou uma resolução que instituiu a adição das duas novas declarações constantes nas emendas e que também serão incluídas em todas as novas normas em desenvolvimento/revisão, para abordar a necessidade de considerar o efeito das Mudanças Climáticas na capacidade de alcançar os resultados pretendidos do sistema de gestão.

A intenção da ISO é garantir que as questões de mudanças climáticas sejam consideradas pela organização no contexto da efetividade do sistema de gestão, além de todas as outras questões. Essas declarações adicionais estão garantindo que este importante tópico não seja negligenciado, mas considerado por todas as organizações no projeto e implementação do Sistema de Gestão.

Ressalta-se que as mudanças climáticas podem ter um efeito diferente em cada componente do sistema de gestão; por exemplo, o efeito sobre um Sistema de Gestão da Qualidade pode ser muito diferente daquele sobre um Sistema de Gestão de Saúde e Segurança.

É importante ressaltar que o objetivo das alterações é abordar a forma como as mudanças climáticas podem ter um impacto na capacidade de alcançar os resultados pretendidos dos Sistemas de Gestão, e não abordar o que as empresas certificadas podem fazer (através dos seus Sistemas de Gestão) para mitigar as alterações climáticas (embora isso possa ser um efeito secundário ou um resultado indireto ao abordar riscos/oportunidades).

Expectativas sobre as organizações certificadas - Orientações gerais da IAF

As organizações certificadas devem garantir que consideraram os aspectos e riscos das Mudanças Climáticas no desenvolvimento, manutenção e eficácia de seu(s) próprio(s) sistema(s) de gestão. As Mudanças Climáticas, juntamente com outras questões, devem ser determinadas como relevantes ou não e, em caso afirmativo, consideradas dentro de uma avaliação de risco, no âmbito das normas dos sistemas de gestão.

Quando uma organização opera mais de um sistema de gestão (por exemplo, Gestão da Qualidade e Gestão da Saúde e Segurança), deve assegurar que as alterações climáticas, se forem consideradas relevantes, sejam consideradas no âmbito de cada norma do sistema de gestão.

O que isso significa para as organizações que implementaram um ou mais padrões de Sistema de Gestão?

Milhões de organizações implementaram ou são certificadas para um ou mais Sistema de Gestão da ISO em uma ampla gama de setores econômicos, em vários tipos e tamanhos de organizações que operam em diversas condições geográficas, culturais e sociais. Apoiar a governança de uma organização e fornecer confiança em suas atividades é o que os padrões do sistema de gestão fazem, e a mudança climática é uma questão que pode impactar muitas facetas diferentes de uma organização; desde cadeias de suprimentos, saúde e segurança dos funcionários, disponibilidade e uso de recursos ou energia, continuidade e resiliência de negócios, gestão de ativos e atendimento aos requisitos de clientes, consumidores e contratuais e outras expectativas de partes interessadas relevantes.

Um equívoco comum é que as considerações sobre mudanças climáticas são limitadas às organizações que optaram por implementar um sistema de gestão ambiental como o ISO 14001. Na verdade, a maioria das organizações provavelmente será afetada pelas mudanças climáticas de uma forma ou de outra e pode precisar se adaptar a elas para continuar a cumprir seus objetivos e cumprir seu propósito estratégico. As organizações também podem escolher (ou ser solicitadas por partes interessadas relevantes) a tomar medidas para mitigar as mudanças climáticas como parte de suas operações. Ambos os elementos (adaptação às alterações climáticas e mitigação das alterações climáticas) são agora abordados na Estrutura Harmonizada da redação das normas.

Para os usuários de padrões de Sistemas de Gestão, determinar as questões que são relevantes para seu escopo e finalidade não é um requisito novo. Muitas organizações já devem ter pensado em como as mudanças climáticas podem afetar seus negócios e determinado se é ou não uma questão relevante que precisa ser abordada dentro de seu contexto particular. Isso, por sua vez, terá alimentado suas políticas e objetivos e sido acionado/implantado como parte de seus processos de gerenciamento de riscos e oportunidades.

Para as organizações que só agora estão começando a entender como a adaptação e mitigação das mudanças climáticas podem afetar suas operações, essa mudança no texto da Estrutura Harmonizada servirá como um "alerta" ou lembrete.

Considerações gerais para organizações certificadas:

Problemas significativos de mudança climática, que afetam a capacidade de alcançar o resultado pretendido de qualquer Sistema de Gestão, podem incluir:

  • Danos a ativos e interrupções operacionais: eventos climáticos extremos, como inundações, furacões e secas, podem interromper as operações. As instalações de fabricação podem sofrer danos diretos e as cadeias de suprimentos podem ser interrompidas devido a problemas de transporte ou fornecedores sendo afetados. As organizações de serviços também podem ser afetadas, especialmente aquelas que dependem de locais físicos (como lojas de varejo, hotéis ou bancos).
    As mudanças climáticas podem afetar as condições operacionais, como o aumento da temperatura, as condições de trabalho ou a eficiência do equipamento. À medida que o clima muda, certas indústrias podem precisar adaptar seus ambientes de trabalho. Por exemplo, indústrias como a agricultura, a construção e a pesca podem enfrentar novos desafios de segurança devido à alteração dos padrões climáticos e das condições ambientais; Mudanças nas condições climáticas podem afetar a eficiência e a segurança do armazenamento e transporte de alimentos.
  • Escassez de recursos e alterações nos serviços ecossistêmicos: As alterações climáticas podem levar à escassez de matérias-primas e a alterações na prestação de serviços ecossistêmicos. Por exemplo, indústrias intensivas em água podem enfrentar desafios em áreas que passam por secas. Da mesma forma, indústrias dependentes de recursos naturais ou serviços ecossistêmicos específicos podem enfrentar dificuldades se esses recursos se tornarem escassos devido às mudanças climáticas. Tais mudanças podem levar à escassez de água e afetar a qualidade da água. Mudanças no clima podem afetar a disponibilidade e distribuição dos recursos naturais.
  • Ajustes e interrupções na cadeia de suprimentos: As mudanças climáticas podem mudar onde e como as matérias-primas são produzidas, processadas e transportadas, levando a mudanças na cadeia de suprimentos global. As organizações podem precisar encontrar novos fornecedores ou ajustar suas estratégias logísticas. Tais mudanças podem levar a eventos climáticos extremos, como inundações, secas e tempestades, que podem interromper as cadeias de suprimentos e criar escassez de recursos.
  • Dinâmica da força de trabalho: As mudanças climáticas podem afetar a saúde, a segurança e a produtividade dos funcionários, especialmente para organizações de serviços com operações ao ar livre ou com muitas viagens. Também pode levar a mudanças nos mercados de trabalho, com novas habilidades necessárias para se adaptar a um ambiente de negócios em mudança.
  • Conformidade regulatória e mudanças de políticas: Governos em todo o mundo estão implementando políticas para combater as mudanças climáticas, como incentivos ou impostos relacionados ou sistemas de comércio de emissões. As organizações de manufatura, por exemplo, devem se adaptar a essas regulamentações, o que pode envolver custos significativos em termos de atualização de equipamentos, processos e práticas para atender a novos padrões.
  • Outros: tais como mudanças nos custos de produção, mudanças na avaliação de risco aplicável aos investimentos, impacto nas oportunidades de negócios e mudanças nos requisitos dos clientes.

As organizações podem abordar essas questões complementando sua análise de contexto existente, durante exercícios de revisão de gestão, adicionando ameaças relacionadas às mudanças climáticas à sua análise de risco, lançando projetos relacionados e tomando ações específicas etc.

A metodologia e os critérios utilizados para determinar se as mudanças climáticas são um aspecto significativo devem ser definidos ou apresentados, assim como para quaisquer outras questões contextuais internas ou externas. Os métodos podem incluir também, avaliação de riscos, avaliação de vulnerabilidades ou análise de limiares (consulte a ISO 14090 e a ISO 14091 para referências).

Outras considerações para organizações certificadas:

As organizações certificadas, independentemente do setor e do tipo e escopo do sistema de gestão, podem precisar revisar e adaptar outros processos e considerar outras questões, de modo a abordar e acomodar melhor as mudanças no contexto, a evolução dos requisitos e necessidades das partes interessadas, bem como os novos riscos decorrentes das mudanças climáticas.

  • Treinamento e conscientização dos funcionários: O foco e as práticas de gestão eficazes, no contexto das mudanças climáticas, exigem pessoal informado e consciente. As organizações certificadas podem ter que incluir programas de treinamento que eduquem os funcionários sobre os desafios e mudanças relacionados ao clima. Garantir que os funcionários entendam a natureza evolutiva dos riscos relacionados e suas responsabilidades.
  • Engajamento e comunicação das partes interessadas: O engajamento com as partes interessadas em questões de conformidade relacionadas ao clima é crucial. As organizações certificadas devem facilitar a comunicação e o engajamento com as partes interessadas, incluindo investidores, clientes, órgãos reguladores e a comunidade, sobre como a organização lida com questões de conformidade relacionadas ao clima.
  • Monitoramento e Melhoria Contínua: À luz da natureza dinâmica das mudanças climáticas e seus impactos, as organizações certificadas devem ser capazes de monitorar e melhorar continuamente. Isso garante que a organização possa adaptar suas estratégias em resposta a novas informações, regulamentações e melhores práticas relacionadas às mudanças climáticas.
  • Soluções inovadoras para resiliência: As organizações podem precisar investir em soluções inovadoras para aumentar a resiliência contra desafios e riscos induzidos pelo clima, que devem ser integradas à estrutura de SG e contribuir para melhorar o foco, a conformidade, o desempenho e a eficácia.
  • Planejamento Estratégico de Longo Prazo: As organizações devem considerar tendências e questões contextuais de longo prazo, incluindo aquelas relacionadas às mudanças climáticas. Isso permite um planejamento estratégico alinhado com as metas globais de sustentabilidade e os esforços de mitigação das mudanças climáticas.
  • Reputação e Valor da Marca: As organizações que não abordam os riscos das mudanças climáticas ou não adotam práticas sustentáveis podem sofrer em termos de reputação e valor de marca, já que consumidores e investidores estão cada vez mais valorizando a sustentabilidade. Para algumas organizações, a percepção pública também pode ser crítica. Aqueles vistos como não tomando medidas adequadas para combater ou se adaptar às mudanças climáticas podem sofrer danos reputacionais, o que pode impactar diretamente a fidelidade do cliente e o valor da marca.
  • Seguros e Gestão de Riscos: O aumento da frequência e da gravidade dos eventos relacionados com o clima pode levar a prémios de seguro mais elevados. Para organizações com ativos físicos significativos ou para aquelas que operam em áreas de alto risco, isso pode ser um fardo financeiro substancial.
  • Identificação de oportunidades: As organizações também podem procurar oportunidades decorrentes da transição para uma economia mais verde, como o desenvolvimento de novos produtos ou serviços, melhorias de eficiência e o potencial para novos mercados.

Referências:

  1. Deploying ISO’s London Declaration to Climate Action via Management System Standard. Disponível em: <https://committee.iso.org/sites/jtcg/home/projects/ongoing/ongoing-1/content-left-area/ongoing-advice-for-technical-com/updates-on-management-system-sta.html >. Acesso em 07 de maio de 2024.
  2. Assessing the risk of climate change. Disponível em: <https://www.iso.org/news/ref2625.html>. Acesso em 07 de maio de 2024.
  3. IQNET White Paper: On the inclusion of considerations on climate change to Management System Standards, v.2. 16 de março de 2024
  4. IAF/ISO Joint Communiqué on the addition of Climate Change considerations to Management Systems Standards. Disponível em: <https://www.iso.org/files/live/sites/isoorg/files/standards/popular_standards/management_systems/ISO-IAF%20Joint%20Communique%20Feb%202024.pdf>. Acesso em 07 de maio de 2024.
  5. IAF Technical Committee (TC) Searchable Decision Log. Disponível em: <https://iaf.nu/general_information/iaf-technical-committee-tc-searchable-decision-log/>. Acesso em 07 de maio de 2024.
ANEXO 2: Normas que passaram por alteração

Normas que passaram por alteração:

Código

Título

ISO 14298:2021

Graphic technology — Management of security printing processes

ISO 16000-40:2019

Indoor air — Part 40: Indoor air quality management system

ISO 22163:2023

Railway applications — Railway quality management system — ISO 9001:2015 and specific requirements for application in the railway sector

ISO 22301:2019

Security and resilience — Business continuity management systems — Requirements

ISO 28000:2022

Security and resilience — Security management systems — Requirements

ISO 29001:2020

Petroleum, petrochemical and natural gas industries — Sector-specific quality management systems — Requirements for product and service supply organizations

ISO 30301:2019

Information and documentation — Management systems for records — Requirements

ISO 34101-1:2019

Sustainable and traceable cocoa — Part 1: Requirements for cocoa sustainability management systems

ISO 35001:2019

Biorisk management for laboratories and other related organisations

ISO 37301:2021

Compliance management systems — Requirements with guidance for use

ISO 46001:2019

Water efficiency management systems — Requirements with guidance for use

ISO/IEC 27001:2022

Information security, cybersecurity and privacy protection — Information security management systems — Requirements

ISO 21401:2018

Tourism and related services — Sustainability management system for accommodation establishments — Requirements

ISO 30401:2018

Knowledge management systems — Requirements

ISO 50001:2018

Energy management systems — Requirements with guidance for use

ISO/IEC 20000-1:2018

Information technology — Service management — Part 1: Service management system requirements

ISO 19443:2018

Quality management systems — Specific requirements for the application of ISO 9001:2015 by organizations in the supply chain of the nuclear energy sector supplying products and services important to nuclear safety (ITNS)

ISO/IEC 19770-1:2017

Information technology — IT asset management — Part 1: IT asset management systems — Requirements

ISO 21001:2018

Educational organizations — Management systems for educational organizations — Requirements with guidance for use

ISO 37001:2016

Anti-bribery management systems — Requirements with guidance for use

ISO 41001:2018

Facility management — Management systems — Requirements with guidance for use

ISO 44001:2017

Collaborative business relationship management systems — Requirements and framework

ISO 14001:2015

Environmental management systems — Requirements with guidance for use

ISO 15378:2017

Primary packaging materials for medicinal products — Particular requirements for the application of ISO 9001:2015, with reference to good manufacturing practice (GMP)

ISO 18788:2015

Management system for private security operations — Requirements with guidance for use

ISO 21101:2014

Adventure tourism — Safety management systems — Requirements

ISO 22000:2018

Food safety management systems — Requirements for any organization in the food chain

ISO 37101:2016

Sustainable development in communities — Management system for sustainable development

— Requirements with guidance for use

ISO 39001:2012

Road traffic safety (RTS) management systems — Requirements with guidance for use

ISO 45001:2018

Occupational health and safety management systems — Requirements with guidance for use

ISO 9001:2015

Quality management systems — Requirements

Comunicado oficial da ISO

Baixe aqui o comunicado oficial da ISO.

Uma reflexão mais profunda sobre a sustentabilidade começou na década de 1990. Dentre outros eventos, foi nessa época que John Elkington introduziu o conceito conhecido como “Triple Bottom Line” (ou “Tripé da Sustentabilidade”), cuja ideia principal foi a ênfase na importância de considerar não apenas os resultados financeiros, mas também os impactos sociais e ambientais das organizações.

Uma vez iniciada a materialização do conceito de sustentabilidade e gestão sustentável, começa-se a busca de como estabelecer, medir e assegurar essa qualidade a uma organização ou seus produtos.

Sendo o setor de construção civil um dos maiores causadores de impactos ao meio ambiente, não é surpresa ter sido logo incluído na discussão sobre sustentabilidade, já durante esse período. 

Em 1996, foi criada na França a Associação HQETM (HQETM: Haute Qualité Environnementale), com o objetivo de reunir as partes interessadas para criar uma linguagem comum de conceitos e critérios e fornecer a referência que foi, mais tarde, chamada de “processo HQETM”.

O “processo HQETM” foi definido em 14 categorias, que deveriam ser consideradas para o desenvolvimento sustentável numa construção.  Nesse momento, essas quatorze categorias do processo HQETM foram divididas em quatro famílias:

Eco-construção

  1. Edifício e seu entorno
  2. Materiais
  3. Canteiro de obras

Eco-Gestão

  1. Energia
  2. Água
  3. Resíduos
  4. Manutenção

Conforto

  1. Conforto higrotérmico
  2. Conforto acústico
  3. Conforto visual
  4. Conforto olfativo

Saúde

  1. Qualidade dos ambientes
  2. Qualidade do ar
  3. Qualidade da água

Já na década de 2000, a ideia de “sustentabilidade” continua a crescer conjuntamente a conceitos como o do ESG (Environmental, Social and Governance), que enfatiza a integração de critérios ambientais, sociais e de governança nos processos de tomada de decisão empresarial.

Nesse contexto, a Certificação HQETM já se alinhava perfeitamente, promovendo padrões rigorosos nessas três dimensões.

No ano de 2002, com participação ativa das partes interessadas, o conceito do “processo HQETM foi utilizado para a criação de um processo de certificação, com requisitos para edifícios em cada uma das 14 categorias, levando a criação da primeira versão do referencial “Qualidade Ambiental do Edifício” (QAE). 

Esse foi o início da certificação HQETM (Haute Qualité Environnementale), um exemplo paradigmático da evolução da sustentabilidade, traçando uma trajetória que reflete, além dos avanços na construção sustentável, o amadurecimento da consciência ambiental global.

Globalização da Certificação HQETM e o caso Brasileiro

No Brasil, a busca por soluções sustentáveis na construção civil cresceu consideravelmente nas últimas décadas, em sintonia com a conscientização global sobre a urgência das práticas ecologicamente e socialmente responsáveis.

No início dos anos 2000, a Fundação Vanzolini identificou essa necessidade e realizou um estudo de todas as certificações existentes voltadas aos edifícios sustentáveis. De tal pesquisa, conclui-se que a Certificação HQETM é a certificação mais adequada para o Brasil, sendo apontados como alguns de seus principais pontos fortes:

Auditorias de terceira parte presenciais nas etapas-chave do empreendimento (fases pré-projeto, projeto e execução)

Na época chamávamos as três fases de programa, projeto e realização. Essas auditorias realizadas em momentos cruciais no desenvolvimento do empreendimento auxiliam até hoje na gestão dos projetos. As auditorias de 3ª parte também trazem maior confiabilidade nos resultados e incentivam a melhoria contínua da atividade de incorporadoras e ou construtoras.

Requisitos de sistema de gestão

Apesar do foco da certificação ser o desempenho das edificações, avaliar o sistema de gestão permite que os empreendedores tenham um maior controle de seus processos.

Requisitos de desempenho

Desde as primeiras versões, a certificação HQETM leva em conta a variedade de soluções técnicas e arquitetônicas, que contribuem para o desempenho das edificações. Aqui vale ressaltar que, na época, os franceses foram pioneiros no desenvolvimento do próprio conceito de desempenho aplicado a edifícios, o qual é, hoje, no Brasil, tão largamente aplicado nas avaliações dessa mesma natureza, conforme NBR15575.

Respeito e interesse nas preocupações locais

Um dos objetivos da primeira versão AQUA-HQETM, de 2007, era realizar aplicações piloto da certificação HQETM fora da França e analisar a sua aderência.

Considerando esses e outros fatores, em 2007, a Fundação Vanzolini estabeleceu um contrato de cooperação com o Certivéa, organismo responsável pela certificação do “processo HQETM” para edifícios não residenciais na França.

Após um trabalho de quase um ano para criar um referencial de certificação adequado ao Brasil, a Fundação Vanzolini, em parceria com a Escola Politécnica da USP, publicou a primeira versão do “Processo AQUA” (Alta Qualidade Ambiental).

A partir de então, foram publicados vários referenciais de certificação AQUA. Dentre esses eventos, destaca-se o ano de 2010, quando a Fundação Vanzolini, em parceria com o Qualitel-Cerqual, lançou a primeira versão do Referencial de Certificação AQUA para edifícios residenciais.

Em 2013 foi lançado o “HQETM International”, a 2ª geração da certificação HQETM. Neste trabalho, foi considerado os anos de experiência na França, no Brasil e em outros países.

Na época, já havia mais de 300 edifícios certificados AQUA no Brasil, assim, foi possível caracterizar quais critérios eram globais – requisitos comuns independentemente de qual país a certificação será aplicada e quais os critérios locais – requisitos que os aspectos locais, tais como cultura, clima e normalização têm um impacto relevante.

Nesse momento, as 14 categorias se mantiveram, porém, foram reorganizadas em quatro temas:

EDIFÍCIOS RESIDENCIAIS EDIFÍCIOS NÃO RESIDENCIAIS
ENERGIA E ECONOMIAS 4. Energia ENERGIA 4. Energia
5. Água MEIO AMBIENTE 1. Edifício e seu entorno
7. Manutenção 2. Materiais
MEIO AMBIENTE 1. Edifício e seu entorno 3. Canteiro de obras
2. Materiais 5. Água
3. Canteiro de obras 6. Resíduos
6. Resíduos 7. Manutenção
SAÚDE E SEGURANÇA 12. Qualidade dos ambientes SAÚDE 12. Qualidade dos ambientes
13. Qualidade do ar 13. Qualidade do ar
14. Qualidade da água 14. Qualidade da água
CONFORTO 8. Conforto higrotérmico CONFORTO 8. Conforto higrotérmico
9. Conforto acústico 9. Conforto acústico
10. Conforto visual 10. Conforto visual
11. Conforto olfativo 11. Conforto olfativo

Além das atualizações dos Referenciais de Certificação para edifícios, outros esquemas de certificação foram lançados.

Planejamento Urbano foi lançado em 2010 na França e em 2011 no Brasil, nele foram estabelecidos 17 temas, em vez das 14 categorias. Em 2015, foi publicado o Referencial de Certificação para Infraestrutura Portuária, que contém 15 categorias, e, em 2019, a Fundação Vanzolini publicou a certificação AQUA-HQETM para Infraestruturas.

A Evolução da Certificação HQETM e AQUA-HQETM em sintonia com os ODS da ONU

Em 2015, a ONU (Organização das Nações Unidas) propôs aos seus países membros uma nova agenda de desenvolvimento sustentável para os próximos 15 anos, a Agenda 2030, composta pelos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Em linhas gerais, os ODS estabelecem metas globais ambiciosas, para abordar questões como saúde e bem-estar, cidades e comunidades inteligentes, água potável e saneamento, energia limpa, trabalho decente, indústria, inovação, consumo e produção responsáveis, ação contra a mudança climática, vida na água e vida terrestre, paz e parcerias.

É possível correlacionar temas da agenda global de forma bastante estreita com os critérios da Certificação AQUA-HQETM, demonstrando o seu alinhamento com os interesses internacionais e sua atualidade. 

Ao incorporar critérios específicos em conformidade com esses objetivos globais, a Certificação AQUA-HQETM tornou-se um instrumento prático para que edificações e empreendimentos contribuam de forma positiva para a consecução dos ODS.

Em harmonia com os ODS, a nova revisão do AQUA-HQETM 2024 foi estruturada com base em uma abordagem que traz inovação e uma visão global multicritério, em torno de 4 compromissos inseparáveis:

Isso significa que, a partir de 2024, todos os Referenciais de Certificação AQUA-HQETM terão os mesmos quatro compromissos como estrutura que se desdobram em categorias.

Como conclusão, a Certificação HQETM é uma demonstração da progressiva conscientização global sobre a necessidade de práticas sustentáveis na construção. França e Brasil, cada um à sua maneira, desempenham papéis significativos nessa trajetória, contribuindo para um futuro mais sustentável e equilibrado.

A história da Certificação AQUA-HQETM é, portanto, um capítulo fascinante na narrativa da busca por um mundo mais verde e sustentável, integrando-se de maneira notável com datas-chave na evolução da sustentabilidade global.

Caso seja de interesse, também recomendamos a leitura do nossos E-books:

Por Felipe Queiroz Coelho, responsável técnico pela certificação AQUA-HQETM e auditor líder na certificação AQUA-HQETM.

Revisado por Bianca Bonachela de Oliveira.

Entenda como obter a certificação AQUA-HQE™ e transforme o padrão de sustentabilidade nas construções.

No cenário atual da construção civil, onde a preservação ambiental e a eficiência energética ganham cada vez mais destaque, a certificação se estabelece como uma resposta vital às crescentes preocupações com a sustentabilidade.

Esse reconhecimento, que já alcançou renome internacional, vai além de simplesmente elevar os padrões de construção sustentável – ele transforma a maneira como os projetos de construção são concebidos, implementados e valorizados no mercado.

Neste artigo, mergulharemos profundamente no processo para alcançar a certificação AQUA-HQE™, uma jornada que não só reflete o compromisso com práticas construtivas ambientalmente responsáveis, mas também um investimento no valor e na relevância futura das edificações.

Exploraremos desde os princípios básicos da certificação ambiental para edificações até os detalhes específicos da certificação AQUA-HQE™, sustentabilidade, oferecendo um panorama abrangente que aborda tanto a teoria quanto a prática.

Ao entender esse processo, profissionais e empresas do setor de construção poderão atender às demandas atuais do mercado, além de se posicionar na vanguarda do desenvolvimento sustentável.

Compreendendo a certificação AQUA-HQE™

A certificação AQUA-HQE™ é mais do que um selo de sustentabilidade, é um compromisso com práticas construtivas que respeitam o meio ambiente e promovem a eficiência energética.

Adaptada para o Brasil a partir de um modelo francês, a certificação avalia aspectos críticos, como o uso racional de recursos, a minimização do impacto ambiental e a qualidade do ambiente construído. Saiba mais sobre a certificação e seu impacto no setor imobiliário em Certificação AQUA-HQE para negócios imobiliários.

Modalidades de certificação AQUA-HQE no Ciclo Construção.
Fonte: FCAV (2022).

Etapas para obter a certificação AQUA-HQE™

O processo de obtenção da certificação AQUA-HQE™ é detalhado e rigoroso. Começa com a avaliação dos critérios de sustentabilidade do projeto, seguido pela implementação de práticas que atendam ou superem esses padrões. Avaliações regulares e auditorias são parte integrante do processo, garantindo que o projeto permaneça alinhado com os objetivos da certificação.

A certificação AQUA-HQE™ pode ser obtida para vários tipos de empreendimentos: residenciais, comerciais, infraestruturas, etc., tanto no ciclo construção como no de operação. Em ambos os ciclos, o empreendimento será avaliado sob a ótica de sua gestão e desempenho ambiental, por meio dos requisitos dispostos nos referenciais técnicos AQUA-HQE.

Neste artigo, iremos tratar especificamente do processo de certificação para o ciclo construção.

No ciclo de construção, a certificação AQUA-HQE™ é dividida em três fases:

  1. Pré-projeto: fase inicial da certificação. Nessa fase, espera-se que o desempenho ambiental almejado do edifício tenha sido definido, bem como os projetos básicos das disciplinas tenham sido finalizados, no entanto, é importante que o desenvolvimento do projeto esteja em uma fase onde ainda é possível absorver mudanças que possam ser necessárias após a primeira auditoria;
  2. Projeto: nessa etapa, espera-se que os projetos executivos de todas as disciplinas estejam finalizados, bem como seja possível realizar estudos mais aprofundados de desempenho termoenergético, acústico, etc.;
  3. Execução: é a etapa final da certificação, ela deve ocorrer quando a obra está finalizada, mas ainda não foi entregue ao cliente final, assim, é possível conferir se as soluções de projeto foram efetivamente adotadas e se o edifício construído atingiu o desempenho ambiental esperado;   

Em cada uma das fases é realizada uma auditoria, que tem como finalidade verificar a conformidade do projeto e sistema de gestão com os requisitos dos referenciais técnicos, ao final de cada auditoria são emitidos dois certificados: um com validade nacional (AQUA) e outro com validade internacional (HQE). Os certificados de cada etapa têm validade até a etapa seguinte, exceto os certificados da Fase Execução, que têm validade vitalícia e atestam o desempenho ambiental do edifício construído.

Ciclo construção.

O que é o dossiê AQUA-HQE™?

É a documentação que o empreendedor elabora, justificando o atendimento ao referencial técnico AQUA-HQE™.

Nas auditorias de todas as fases, o empreendedor deve fazer uma autoavaliação do desempenho ambiental e do sistema de gestão do empreendimento, com base nos referenciais técnicos. Nesse documento, devem ser apresentadas as justificativas de atendimento a cada um dos requisitos do referencial. É com base nele, denominado dossiê, que os auditores conduzem a avaliação. Além disso, o empreendedor pode encaminhar arquivos de projeto, memoriais e outros estudos necessários para corroborar com as justificativas apresentadas no dossiê.    

Passo a passo da certificação AQUA-HQE™ para edifícios no ciclo construção

Fase pré-projeto

O ponto de partida para a certificação é estabelecer o sistema de gestão do empreendimento, conforme o referencial técnico SGE, o qual inclui um comprometimento do empreendedor com as práticas ambientais e a hierarquização das 14 categorias do referencial técnico QAE, conforme o desempenho ambiental almejado – aqui, nesse ponto, o empreendedor deve definir quais são suas estratégias e motivações para a certificação.

Um dos pontos importantes para a definição do desempenho ambiental do empreendimento é a elaboração da análise do local do empreendimento (conforme anexo A1 do referencial SGE), no qual devem ser identificadas as características, potências e restrições do local.

Em seguida, com base nos projetos básicos da edificação, deve-se avaliar o cumprimento dos requisitos do referencial técnico QAE, no qual estão dispostas as 14 categorias de desempenho ambiental e suas exigências mínimas.

O conjunto dessas autoavaliações deve compor uma documentação (dossiê), a ser enviada para a Fundação Vanzolini, que irá conduzir a auditoria de certificação. Após finalizado o processo de auditoria e comprovada a conformidade com os requisitos dos referenciais técnicos, serão emitidos os certificados AQUA-HQE da fase pré-projeto.

No final da fase pré-projeto e antes da auditoria dessa fase, responda às perguntas:

Fase projeto

Na segunda etapa, o empreendedor deve manter e atualizar a documentação do sistema de gestão e da qualidade ambiental do edifício. Nesse momento, espera-se que sejam apresentados estudos mais aprofundados e projetos mais consolidados, demonstrando o cumprimento das exigências do referencial técnico.

É importante ressaltar que nessa etapa podem ocorrer modificações em relação ao desempenho ambiental apresentado na fase anterior, conforme o amadurecimento do projeto. 

O empreendedor deve encaminhar à Fundação Vanzolini a documentação referente à fase Projeto, que inclui dossiê, projetos atualizados e eventualmente estudos e relatórios de desempenho.

Após finalizado o processo de auditoria, são emitidos os certificados da fase Projeto, que substitui os certificados da fase anterior.

No final da fase projeto e antes da auditoria desta fase, responda à pergunta: O projeto atende o perfil de QAE?

Fase execução

Nessa última etapa, assim como nas anteriores, deve-se atualizar o dossiê, considerando as soluções adotadas.

Ao receber o dossiê, a Fundação Vanzolini irá conduzir a auditoria, em que será verificada a aderência das exigências técnicas do referencial ao edifício construído. Aqui, o auditor irá buscar as evidências de cumprimento dos requisitos na edificação, logo, é importante que nessa fase a obra esteja em vias de ser concluída, mas ainda não tenha sido entregue ao cliente final.

Ao final dessa auditoria, são emitidos os certificados AQUA-HQE da última fase do ciclo construção, que atestam o desempenho ambiental alcançado pelo empreendimento.     

No final da fase execução e antes da auditoria dessa fase, responda à pergunta: O empreendimento entregue atinge o perfil de QAE visado?

Benefícios da certificação AQUA-HQE™

A obtenção da certificação AQUA-HQE™ traz uma série de benefícios significativos para projetos de construção, estendendo-se desde vantagens ambientais até melhorias econômicas e sociais. Vamos explorar alguns dos principais benefícios dessa certificação:

Melhoria da eficiência ambiental

Um dos maiores benefícios da certificação AQUA-HQE™ é a melhoria na eficiência ambiental dos edifícios. Projetos certificados são projetados e construídos com foco na redução do consumo de energia, na gestão eficiente da água e no uso responsável de materiais. Isso não apenas minimiza o impacto ambiental da construção, mas também resulta em operações mais sustentáveis a longo prazo.

Conforto e saúde dos ocupantes

Projetos que seguem os padrões da certificação são projetados com o bem-estar dos ocupantes em mente. Isso inclui a melhoria da qualidade do ar interior, a otimização da luz natural e a garantia de um ambiente interno confortável e saudável. Esses aspectos contribuem para o bem-estar e a produtividade dos usuários do espaço.

Reconhecimento e liderança no mercado

Ao obter a certificação, as empresas demonstram liderança e compromisso com a sustentabilidade. Isso pode fortalecer a marca e a reputação da empresa no mercado, além de posicionar a organização como uma líder no campo da construção sustentável.

Contribuição para o desenvolvimento sustentável

Finalmente, ao adotar os padrões, os projetos contribuem ativamente para o desenvolvimento sustentável. Eles ajudam a estabelecer novas normas no setor de construção, incentivando práticas mais responsáveis e sustentáveis em toda a indústria.

Impacto no mercado imobiliário

A certificação ecológica para imóveis está se tornando um diferencial no mercado imobiliário. Com a crescente consciência ambiental, edificações que possuem a certificação AQUA-HQE™ destacam-se, oferecendo não apenas um espaço de vida sustentável, mas também uma declaração de responsabilidade ecológica.

Desafios e soluções na certificação

Embora a jornada para a certificação AQUA-HQE™ possa apresentar desafios, como o investimento inicial em tecnologias sustentáveis e a adaptação dos processos de construção, as soluções são numerosas e acessíveis.

Com o planejamento adequado e a colaboração com especialistas em sustentabilidade, esses desafios podem ser superados, resultando em um projeto que não apenas atende, mas excede as expectativas de sustentabilidade.

Navegando pelos critérios da certificação AQUA-HQE™

Para alcançar a certificação, é crucial entender e atender a uma série de critérios rigorosos, que abrangem desde o planejamento e design do projeto até a execução e operação do edifício.

Esses critérios são projetados para garantir que as construções certificadas atendam aos mais altos padrões de sustentabilidade e eficiência. A conformidade com esses critérios não apenas assegura a obtenção da certificação, mas também contribui para a criação de espaços mais saudáveis e ambientalmente responsáveis.

Sustentabilidade integrada: além da certificação

Além de atender aos critérios, é essencial que os projetos de construção abracem uma abordagem integrada à sustentabilidade. Isso significa considerar aspectos ambientais, sociais e econômicos em todas as fases do projeto, desde a escolha dos materiais até as práticas de gestão de resíduos e a eficiência energética.

A busca pela certificação AQUA-HQE™ é um passo crucial para empresas e profissionais da construção civil que se comprometem com a sustentabilidade. Esse processo melhora a qualidade e eficiência dos projetos de construção e também estabelece um novo padrão no mercado imobiliário, demonstrando um compromisso genuíno com a construção sustentável.

Agora que você sabe da importância da certificação AQUA-HQE™ para o conceito de construções sustentáveis, conheça seus referenciais técnicos.

Você também pode baixar o e-book: A Certificação AQUA-HQE™ e suas contribuições à consolidação do perfil ESG de uma empresa

Até o próximo!