A última palestra da Fundação Vanzolini na CASACOR São Paulo 2025 encerra o ciclo com provocações, dados e caminhos possíveis para o futuro
Encerrando com profundidade e senso de urgência o ciclo de palestras da Fundação Vanzolini na CASACOR São Paulo 2025, o encontro com o tema Eficiência energética, reduções de emissões e a arquitetura como protagonista em um mundo em colapso reuniu profissionais de referência para discutir como a construção civil pode — e precisa — liderar a transição rumo à sustentabilidade ambiental, econômica e social.
Realizado na mostra de arquitetura, design e paisagismo mais importante do Brasil, o evento teve como objetivo fomentar o debate técnico e ético sobre as responsabilidades da arquitetura em um contexto de crise climática global, desigualdade social e esgotamento de recursos naturais.
Na abertura do evento, Gabriel Novaes, assessor de ESG da Fundação Vanzolini, apresentou dados atualizados que evidenciam o impacto da construção civil no agravamento das mudanças climáticas. Segundo ele:
“A construção e as edificações respondem por 36% do consumo de energia final global e 37% das emissões de gases de efeito estufa (GEE). No Brasil, esse setor é responsável por cerca de 6% das emissões diretas e mais da metade do consumo de energia elétrica.”
Esses números refletem desde as emissões incorporadas — ligadas à fabricação de materiais, transporte e execução das obras — até as emissões operacionais, relacionadas ao consumo de energia e água durante o uso do edifício.
Gabriel destacou ainda que, embora soluções como painéis solares e sistemas de automação predial sejam importantes, elas não substituem o papel do projeto arquitetônico consciente, que deve priorizar o desempenho passivo do edifício desde o início.
“Não é só ter o sistema de ar-condicionado mais moderno do planeta. A pergunta mais importante é: como posso evitar que ele precise ser ligado?”
O arquiteto e professor Rodrigo Loeb trouxe uma fala provocadora e inspiradora ao relembrar que a arquitetura foi historicamente usada como instrumento de dominação e colonização, mas que hoje pode — e deve — ser um agente de restauração ecológica e social.
“A arquitetura só faz sentido se for capaz de promover um processo de restauração socioambiental que seja, ao mesmo tempo, ecossistêmico e humano.”
Rodrigo mostrou exemplos de projetos arquitetônicos que conciliam sustentabilidade, qualidade de vida e viabilidade econômica, como a Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin (USP) — que usou estratégias de conforto térmico passivo, ventilação cruzada e controle solar — e o Parque de Inovação e Sustentabilidade em Brasília, construído com fundações desmontáveis e envoltória térmica leve, adaptada ao clima do Cerrado.
Um dos pontos centrais da discussão foi a apresentação da nova versão do referencial AQUA-HQE™, lançada pela Fundação Vanzolini em 2024. A nova estrutura está mais conectada aos desafios atuais e internacionais, incorporando de forma explícita:
“O novo referencial não quer mais apenas que os edifícios compensem os impactos. Ele quer que eles evitem a geração do impacto desde o início, reduzindo a demanda sobre sistemas energéticos e promovendo conforto por meio de estratégias passivas”, explicou Gabriel.
Além disso, a certificação atualizada contempla mais de 70 referências técnicas brasileiras, garantindo maior aplicabilidade e contextualização dos critérios ambientais, sociais e de governança às realidades locais, especialmente em empreendimentos residenciais, comerciais e de infraestrutura urbana.
Em sua intervenção, o professor José Joaquim Ferreira, presidente do Conselho Curador da Fundação Vanzolini, destacou que o trabalho arquitetônico deve ser guiado por uma convicção ideológica e ética em favor da vida e da coletividade.
“Se o arquiteto não tiver a certeza de que seu trabalho pode melhorar o mundo, então tudo vira apenas uma métrica. A certificação só tem valor quando há propósito.”
Rodrigo complementou com a experiência de atuar em projetos sociais e acadêmicos, muitas vezes com orçamentos restritos e sem retorno financeiro imediato, mas com alto impacto positivo para comunidades e territórios vulnerabilizados. Ele enfatizou a necessidade de que a sociedade valorize e remunere corretamente esse tipo de trabalho:
“A maioria dos projetos com comunidades em risco são tratados como trabalho voluntário. Mas esses são os projetos mais importantes.”
Um dos trechos mais práticos e inspiradores da palestra foi quando Rodrigo falou sobre a execução das obras, destacando a importância de escutar e valorizar o conhecimento da mão de obra tradicional. Ele compartilhou o caso da biblioteca da USP, que contou com um mestre de obras de mais de 80 anos e uma equipe diversa em experiência e idade.
“Muitas soluções que aplicamos vieram da sabedoria prática da obra. A arquitetura precisa incorporar o cuidado com quem vai construir e manter os espaços.”
Rodrigo também alertou sobre a falsa promessa de sustentabilidade de algumas tecnologias, como grandes usinas solares e parques eólicos instalados de forma predatória:
“A tecnologia sem responsabilidade social e ambiental pode ser apenas uma nova forma de devastação.”
Fernando Berssanetti, executivo sênior da unidade de certificação da Fundação Vanzolini, encerrou o evento reforçando a importância do planejamento de longo prazo:
“Soluções sustentáveis reais nem sempre são imediatas. É preciso resistir ao curto-prazismo e entender que o bumerangue sempre volta. O barato hoje pode custar caro amanhã.”
Ele também fez um convite à comunidade técnica e acadêmica para participar dos projetos e pesquisas da Escola Politécnica da USP, lembrando que o Brasil é o país que mais publica artigos científicos sobre sustentabilidade no mundo, mas ainda precisa traduzir esse conhecimento em ação prática.
“A Fundação Vanzolini é a ponte entre a universidade e o mercado. E as portas estão abertas para quem quiser pesquisar, desenvolver e aplicar soluções sustentáveis com impacto real.”
A terceira e última palestra promovida pela Fundação Vanzolini na CASACOR São Paulo 2025 não foi apenas um encerramento. Foi uma convocação. Para arquitetos, engenheiros, gestores públicos, investidores e cidadãos conscientes, a mensagem é clara: a sustentabilidade não pode ser superficial. Ela exige postura, coerência, escuta, técnica e ação coletiva.
Como disse Rodrigo Loeb:
“Ou a gente muda, ou a gente muda.”
Esse assunto foi útil para você? Conheça mais sobre o novo referencial AQUA-HQE™, cursos e certificações da Fundação Vanzolini.
Consciência ambiental é gestão estratégica. Atualmente, as organizações que não incluem as práticas ambientais, sociais e de governança (ESG) em suas operações são facilmente passadas para trás. A exigência por iniciativas mais sustentáveis não emana apenas de regulamentações governamentais, mas também, e de forma cada vez mais expressiva, do mercado e da sociedade civil.
Consumidores, investidores, colaboradores e demais stakeholders demonstram uma clara preferência por empresas que, além do lucro, buscam responsabilidade e compromisso com um futuro mais sustentável e equitativo.
Diante desse novo contexto global, a implementação de uma agenda ESG robusta emerge como um diferencial competitivo importante. Empresas que adotam proativamente práticas ESG tendem a fortalecer sua reputação, atrair e reter talentos, melhorar a eficiência operacional, mitigar riscos e identificar novas oportunidades de mercado.
No entanto, a jornada rumo à sustentabilidade e à responsabilidade social corporativa não é simples. Ela demanda planejamento estratégico cuidadoso, estruturação de processos, engajamento de todas as áreas da organização e um acompanhamento constante dos resultados.
Para que você possa percorrer esse caminho da melhor forma, estruturando uma estratégia ESG eficiente, da análise inicial à medição de impacto, com frameworks e indicadores práticos, preparamos este artigo. Siga com a leitura!
O conceito de ESG começou a surgir no Brasil nos anos 2000 e, passados mais de 20 anos, suas práticas têm sido cada vez mais incorporadas – e valorizadas – pelas empresas brasileiras.
De acordo com o estudo “Panorama ESG 2024“, da Amcham Brasil, com 687 respondentes, houve um crescimento de 24 pontos percentuais na curva de adoção de práticas ambientais, sociais e de governança (ESG), em relação ao levantamento ocorrido em 2023. Ao todo, 71% das empresas participantes da pesquisa indicaram estar no estágio inicial (45%) ou avançado (26%) de implementação de práticas ESG.
Entre os motivos para esse aumento estão o impacto positivo sobre o meio ambiente e questões sociais (78%), o fortalecimento da reputação no mercado (77%) e o melhor relacionamento com os stakeholders (63%). Esses foram os principais motivadores para a adesão às práticas ESG pelas empresas.
Outro estudo que corrobora para esse engajamento da ESG nas empresas é o “A Maturidade ESG nas Empresas Brasileiras: Avanços e Desafios 2024”, conduzido pela Beon ESG e Aberje, com base em entrevistas realizadas com 401 líderes de médias e grandes corporações do país.
A pesquisa mostrou que 51% das empresas possuem uma estratégia de sustentabilidade formalizada, um crescimento de 14 pontos percentuais em relação a 2021.
Implementar práticas de responsabilidade ambiental, social e de governança não se trata mais de um verniz, mas sim de uma ação estrutural das empresas. A decisão de compra nos dias de hoje passa por esse posicionamento sustentável.
Segundo o levantamento “Reputação das marcas: o que move o comportamento dos brasileiros”, realizado pela Nexus, para 26% da população, o principal motivo para deixar de admirar ou passar a enxergar uma empresa ou marca de forma negativa é quando elas não adotam boas práticas ambientais, sociais e de governança.
As pessoas estão cada vez mais conscientes sobre a necessidade de cuidar do planeta hoje para ter vida amanhã.
O aumento médio da temperatura global e seus efeitos, a escassez de recursos naturais e outros aspectos do impacto no meio ambiente têm revelado a urgência de medidas sustentáveis por parte dos setores públicos e privados.
Mas, como implementar ações de ESG nas empresas que sejam eficientes e tragam os retornos esperados?
Para qualquer organização que almeja integrar os princípios ESG em sua gestão, o primeiro passo é a realização de um diagnóstico abrangente da sua situação atual. Esse processo envolve o mapeamento detalhado dos riscos e oportunidades relacionados às questões ambientais, sociais e de governança que são mais relevantes para o negócio.
Além disso, é essencial identificar os stakeholders da empresa – incluindo clientes, fornecedores, funcionários, comunidades locais, investidores e órgãos reguladores – e compreender suas expectativas e preocupações em relação às práticas ESG da organização.
A análise das práticas ESG já implementadas também é crucial para identificar lacunas e áreas que necessitam de aprimoramento.
Para realizar um diagnóstico ESG eficaz, diversas ferramentas podem ser utilizadas. A análise de materialidade, por exemplo, ajuda a identificar os temas ESG que são mais significativos para a empresa e seus stakeholders, direcionando os esforços para as questões prioritárias.
O benchmark setorial permite comparar o desempenho da organização com o de seus pares, identificando melhores práticas e oportunidades de diferenciação. Já o mapeamento de stakeholders oferece uma visão clara dos diferentes grupos de interesse e de suas respectivas influências e expectativas.
Com base no diagnóstico ESG, o próximo passo consiste em definir prioridades claras e estabelecer metas tangíveis e mensuráveis. Uma abordagem estratégica eficaz envolve o alinhamento dos objetivos corporativos com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).
Os ODS oferecem um framework global para abordar os desafios mais urgentes da humanidade, como a erradicação da pobreza, a promoção da igualdade de gênero, a proteção do meio ambiente e o combate às mudanças climáticas.
Assim, ao integrar os ODS em sua estratégia ESG, as empresas demonstram seu compromisso com um futuro sustentável e contribuem para o alcance de metas globais.
No episódio de Vanzolini Cast “ESG Descomplicado: da teoria à implementação”, Felipe Coelho, gerente de certificações e sustentabilidade da Fundação Vanzolini, destaca a importância da ESG quando se trata de alcançar objetivos.
“Na verdade esse é o conceito do termo ESG, para evitar o que acontecia – e ainda acontece – nas empresas. Ter medidas que são pontuais, ações esporádicas, que às vezes não tem relação uma com a outra – ou às vezes têm – mas não estão ligadas a um objetivo maior. Então, a ideia aqui é você planejar, você ter objetivos macros, a partir dos quais você estabelece planos de ação para cada um deles“.
Como dica, vale destacar que o estabelecimento de metas ESG deve seguir os princípios de serem específicas, mensuráveis, atingíveis, relevantes e com prazos definidos (SMART). Metas claras e bem definidas facilitam o monitoramento do progresso, a avaliação do impacto das ações implementadas e a comunicação transparente dos resultados aos stakeholders.
Para auxiliar as organizações na implementação e no reporte de suas práticas ESG, diversos frameworks e estruturas foram desenvolvidos por organizações internacionais e setoriais.
Entre os mais relevantes, destacam-se:
Esses frameworks e estruturas fornecem diretrizes claras sobre os temas ESG a serem abordados, os indicadores de desempenho a serem reportados e a forma como as informações devem ser estruturadas e divulgadas.
Dessa forma, ao adotar esses padrões, as empresas aumentam a comparabilidade e a confiabilidade de suas informações ESG, facilitando a tomada de decisão por parte dos investidores e demais stakeholders.
Além disso, esses frameworks orientam a governança das questões ESG dentro da organização, o acompanhamento do desempenho e a garantia da transparência das informações divulgadas.
Para que a estratégia ESG seja verdadeiramente eficaz, ela não pode ser tratada como um projeto isolado ou uma iniciativa periférica. É fundamental que os princípios ESG sejam integrados à cultura organizacional e incorporados em todos os processos da empresa, desde a tomada de decisões estratégicas até as operações do dia a dia.
Essa integração requer o engajamento ativo da liderança, que deve demonstrar um compromisso claro com a agenda ESG e promover uma cultura organizacional que valorize a sustentabilidade e a responsabilidade social.
Outra questão essencial é envolver os colaboradores em todos os níveis da organização, por meio de programas de conscientização, treinamentos e canais de comunicação que incentivem a adoção de práticas ESG no cotidiano do trabalho. A mudança, de fato, só acontece no coletivo.
Aqui, uma comunicação efetiva com todos os stakeholders também é crucial para garantir a transparência e construir confiança em relação às iniciativas ESG da empresa.
Para que as medidas adotadas sejam cada vez mais exercidas e abraçadas pela organização, o passo seguinte à implementação é fundamental: monitorar e relatar.
Acompanhar e medir o impacto das ações ESG é essencial para avaliar o progresso em direção às metas estabelecidas e para demonstrar o valor gerado pelas iniciativas de sustentabilidade. Para isso, é necessário definir indicadores-chave de desempenho (KPIs) e métricas relevantes para cada um dos pilares ESG – Ambiental, Social e de Governança.
No pilar ambiental, por exemplo, podem ser monitorados indicadores como o consumo de água e energia, a geração de resíduos, as emissões de gases de efeito estufa e o uso de recursos naturais.
Já no pilar social, podem ser acompanhados indicadores relacionados à diversidade e inclusão, à segurança e saúde no trabalho, ao engajamento dos colaboradores e ao impacto nas comunidades locais. Na governança, podem ser monitorados indicadores relacionados à estrutura de governança, à ética e compliance, à transparência e à gestão de riscos.
A elaboração de relatórios de sustentabilidade é uma prática cada vez mais importante para comunicar o desempenho ESG da empresa aos stakeholders. Esses relatórios, elaborados com base em frameworks como o GRI e o SASB, fornecem uma visão abrangente das práticas ESG da organização, dos seus resultados e dos seus desafios. Dessa maneira, a prestação de contas transparente e regular constrói credibilidade e fortalece o relacionamento com os diferentes públicos de interesse.
Na jornada da ESG, um aspecto importante de se destacar é a sua diferença em relação à sustentabilidade. Com um foco corporativo, a ESG inclui a sustentabilidade, mas uma não substitui a outra.
No episódio de Vanzolini Cast “ESG Descomplicado: da teoria à implementação”, os professores Felipe Coelho e Gabriel Novaes discutem o tema e destacam que, em geral, as pessoas confundem ESG com sustentabilidade.
“O conceito de sustentabilidade está muito mais associado a um conceito na escala da sociedade, das atividades humanas, econômicas, em dimensões como empresa, cidade, estado, país. Mas o ESG é uma aplicação mais corporativa desses conceitos. Você tem os pilares, mas ao invés de falar de pilar econômico, você tem o pilar da governança. (…) Então, o ESG é uma aplicação corporativa da sustentabilidade“, explica Gabriel Novaes, professor e gerente de projetos de ESG e sustentabilidade da Fundação Vanzolini.
Para que a implementação de uma estratégia ESG seja bem-sucedida, ela precisa contar com profissionais qualificados e preparados para lidar com os desafios e as oportunidades relacionados à sustentabilidade e à responsabilidade social corporativa.
A capacitação contínua e qualificada dos colaboradores em temas ESG é, portanto, um fator crítico de sucesso.
Investir no desenvolvimento das competências ESG dos profissionais não apenas melhora o desempenho da empresa nessa área, mas também contribui para a formação de uma cultura organizacional mais consciente e engajada com os princípios da sustentabilidade.
Como janela para qualificação em ESG, a Fundação Vanzolini oferece o curso In Company “ESG – Ambiental, Social e Governança”, no formato exclusivo In Company.
A formação é pensada sob medida para as demandas específicas de ESG de cada empresa, permitindo que os times aprendam a aplicar os princípios ESG para melhorar a sustentabilidade, atender às exigências do mercado e gerar resultados significativos e estratégicos para a organização.
Com aulas ao vivo ou presenciais, especialistas do setor e uma abordagem prática, o curso explora frameworks como ODS, GRI e SASB, além de estudos de caso reais que ajudam a aplicar o conhecimento diretamente no dia a dia corporativo.
DIFERENCIAIS DO CURSO:
PARA QUEM É O CURSO:
O QUE VOCÊ VAI APRENDER:
Para ter um time expert em ESG e implantar práticas eficientes, conte com as soluções de quem tem quase 60 de experiência no mercado de Educação Corporativa adaptando o treinamento às necessidades específicas da sua empresa.
Para finalizar, vale reforçar que a integração de práticas ambientais, sociais e de governança não é apenas uma questão de responsabilidade, mas também uma estratégia inteligente para estruturar a sustentabilidade do negócio a longo prazo e gerar valor para todos os stakeholders.
Empresas que estruturam bem sua jornada ESG estão mais preparadas para os desafios futuros!
Esse conteúdo foi útil para você? Para saber mais, assista ao VanzoliniCast ESG Descomplicado: da teoria à implementação, com especialistas da Fundação Vanzolini.
Fontes:
71% das empresas brasileiras adotam práticas ESG, aponta pesquisa da Amcham Brasil
ESG cresce no Brasil e 64% das empresas já consideram sustentabilidade como prioridade estratégica
Falta de políticas ESG é principal razão para brasileiros deixarem de consumir marca, diz pesquisa
Descubra como a arquitetura pode ser protagonista no enfrentamento da crise climática e na construção de alternativas sustentáveis que visam eficiência energética e redução de emissões
Para o planeta Terra não temos plano B e, diante de uma crise ambiental sem precedentes, marcada por intensas mudanças climáticas, um processo de urbanização acelerado e a crescente escassez de recursos naturais, se nada for feito agora, o futuro pode não ser uma possibilidade.
Assim, em meio ao colapso ambiental, desafios são impostos aos diversos setores da sociedade e da economia, e a arquitetura e a construção civil desempenham um papel crucial tanto na origem dos problemas quanto na busca por soluções.
A partir disso, é preciso criar espaços de reflexão e ação, como a CASACOR 2025 tem feito, pois, ao reunir profissionais, especialistas e o público em geral em torno das inovações e na arquitetura, está trazendo também a conscientização e o estímulo à ação em prol de uma arquitetura mais responsável e alinhada com os desafios do nosso tempo.
Para saber como a CASACOR – reconhecida como a maior e mais completa mostra de arquitetura, design de interiores e paisagismo das Américas – coloca a arquitetura e a construção como protagonistas de uma transformação sustentável, siga com a leitura!
O que provoca a doença também pode curá-la. Com essa premissa a CASACOR 2025 e a Fundação Vanzolini se unem para um ciclo de palestras que provoca e faz refletir sobre ações que podem mudar o rumo da construção civil e da arquitetura, tornando-as mais sustentáveis e agentes de uma mudança ambiental.
Entre os encontros previstos na mostra, para o dia 26 de junho, está programada a palestra Eficiência energética, redução de emissões e a arquitetura como protagonista em um mundo em colapso.
A conversa conduzida por especialistas tem como objetivo discutir a importância da eficiência energética e da redução de emissões de gases de efeito estufa no setor da construção civil, destacando o papel fundamental que a arquitetura desempenha na mitigação dos impactos ambientais e na construção de um futuro mais sustentável.
A presença da Fundação Vanzolini na CASACOR 2025 reforça o seu compromisso com a promoção de práticas inovadoras e sustentáveis no setor da construção, por meio de certificações e incentivando a adoção de soluções que sejam capazes de conciliar desempenho ambiental, conforto, design e viabilidade econômica.
Vale destacar que o evento é direcionado aos visitantes da mostra e as vagas limitadas. No entanto, o conteúdo será gravado e ficará disponível no site e no canal da Fundação Vanzolini, no YouTube.
A urgência em debater a eficiência energética e a redução de emissões na construção civil se justifica pelo impacto significativo que este setor exerce sobre o meio ambiente global.
Dados da Agência Internacional de Energia (IEA) colocam a construção civil mundial como responsável direta e indireta por 39% dos gases do efeito estufa liberados na atmosfera. Cerca de 11% deste volume estaria ligado à cadeia produtiva de aço e cimento. O restante refere-se à produção de energia para manter os edifícios sem funcionamento.
Outro levantamento mostra que, no mundo, o setor de energia é o maior responsável (34%) pelas emissões globais de GEE, segundo o 6º relatório do IPCC (Painel Internacional sobre a Mudança do Clima).
Em seguida, vem a indústria, com 24% das emissões; agricultura, florestas e uso da terra (AFOLU, na sigla em inglês) com 22%; transportes com 15%; e construção civil com 6% das emissões globais.
A elevada pegada de carbono da construção está intrinsecamente ligada à intensa demanda por recursos naturais, como água, madeira, minerais e combustíveis fósseis, além do consumo energético em todas as fases da construção e operação dos edifícios.
Sendo assim, falar sobre eficiência energética transcende uma mera tendência e se configura como uma necessidade global inadiável.
A otimização do uso de energia em edificações não apenas reduz as emissões de GEE, mas também proporciona economia de custos operacionais a longo prazo, ou seja, além de beneficiar o meio ambiente, é econômico, contribuindo para o conforto e a qualidade de vida dos usuários.
Além disso, a adesão a certificações ambientais, como a AQUA-HQE™ e o PBE Edifica/Selo Procel Edificações e a verificação dos inventários de gases de efeito estufa das organizações pela ISO 14064 promovem a adoção de práticas responsáveis e mensuráveis no setor, contribuindo também para um processo construtivo alinhado às necessidades ambientais atuais, além de soluções inovadoras e o cumprimento de padrões de sustentabilidade reconhecidos internacionalmente.
O cenário pede atitude, movimento, e como alternativas sustentáveis para a redução da pegada de carbono na arquitetura e construção civil, podemos destacar a implementação de uma série de boas práticas em todas as etapas do processo construtivo. Veja como:
Como falamos anteriormente, a arquitetura e a construção civil podem tanto ser a causa como a solução para a crise ambiental.
Sendo assim, diante dos clamores globais e da urgência de se lutar por um futuro possível, os segmentos podem assumir um papel de protagonismo no enfrentamento dos desafios ambientais.
Este é, inclusive, o pensamento defendido pelo arquiteto Rodrigo Loeb, especialista que ministra a palestra da Fundação Vanzolini na CASACOR 2025.
O arquiteto propõe uma reflexão sobre o papel da arquitetura em um mundo em colapso e discute a atuação do setor tanto nos processos de degradação quanto na construção de alternativas sustentáveis.
A análise parte do marco do Antropoceno (nova época geológica, caracterizada pelo impacto significativo da humanidade sobre o planeta e seus processos), associando-o à Sexta Extinção em Massa, e traça um panorama das transformações do modelo dominante e os sinais de um novo futuro possível.
Dessa forma, a reflexão proposta por Loeb é convite a repensar o modelo dominante de produção e consumo na arquitetura, buscando alternativas que priorizem a sustentabilidade em suas múltiplas dimensões.
Em sua fala, o profissional explora como a arquitetura pode se tornar protagonista na construção de futuros mais resilientes e ecologicamente equilibrados.
A ideia de Loeb está alinhada com uma tendência global: pesquisa da Johnson’s Controls, especializada em edificações sustentáveis, realizada no final de 2021, revelou que 72% dos líderes empresariais consideram prioridade investir na área de sustentabilidade de suas companhias nos próximos dois anos.
O levantamento ouviu 2,3 mil executivos de 19 setores distintos em mais de 25 países, mostrando que o esforço deve incluir a opção por escritórios, galpões e unidades fabris de baixo carbono.
O encontro na CASACOR 2025 será também um importante espaço para reflexão sobre a ética, a estética e a responsabilidade inerentes à atuação profissional dos arquitetos, incentivando a adoção de práticas que integrem: criação de espaços inovadores e a preservação do meio ambiente para as futuras gerações.
A palestra Eficiência energética, redução de emissões e a arquitetura como protagonista em um mundo em colapso contará com a expertise de dois renomados profissionais:
Sua atuação se destaca pela capacidade de integrar os aspectos ambientais, sociais e de governança nas estratégias empresariais, promovendo a adoção de práticas responsáveis e inovadoras que geram valor para as organizações e para a sociedade.
Sua participação enriquece o debate com uma perspectiva teórica sólida e uma visão abrangente das complexas questões envolvidas na crise ambiental global.
A combinação da expertise prática de Gabriel Bonansea e da visão crítica de Rodrigo Loeb promete uma discussão enriquecedora e inspiradora, durante a CASACOR 2025, capaz de estimular novas abordagens e soluções para a construção de um futuro mais sustentável, com a arquitetura no centro e fazendo a diferença.
Por fim, vale destacar a referência da Fundação Vanzolini em certificações, como a AQUA-HQE™ e o PBE Edifica/Selo Procel Edificações, que são ferramentas fundamentais para garantir que as construções sigam critérios de eficiência energética e sustentabilidade. Além do destaque da Fundação Vanzolini no mercado de verificação de projetos e inventários relacionados às emissões de gases de efeito estufa.
Elas oferecem uma visão detalhada sobre o desempenho energético, a eficiência no uso da água, a qualidade do ambiente interno e o impacto dos materiais utilizados na construção. As etiquetas de desempenho energético, em particular, fornecem informações importantes sobre o consumo de energia, permitindo escolhas mais conscientes em relação ao impacto ambiental.
Para saber mais sobre a AQUA-HQE™ e outras certificações para boas práticas, convidamos a acessar o site da Fundação Vanzolini
E, lembramos que, a palestra Eficiência energética, redução de emissões e a arquitetura como protagonista em um mundo em colapso, que acontece no dia 26 de junho, faz parte de um ciclo de encontros da Vanzolini na CASACOR 2025 e estará disponível, na sequência, no canal da instituição no YouTube.
Fontes:
Quais setores econômicos mais impactam o aquecimento global?Descarbonização mobiliza setor de construção do país
As mudanças climáticas e a preocupação com o futuro do planeta têm impulsionado as organizações a adotarem estratégias mais eficazes para a medição, monitoramento e redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE).
Diante da urgência climática e da pressão por ações concretas, empresas de diversos setores têm buscado ferramentas e metodologias que permitam não apenas mensurar suas emissões, mas também gerenciá-las de forma proativa e transparente.
Para isso, as organizações podem contar com a digitalização e as novas tecnologias, além de adotar a ISO 14064, um padrão internacional fundamental para organizações que desejam demonstrar seu compromisso com a sustentabilidade e a responsabilidade ambiental, e que é a base do programa GHG Protocol.
Ao estabelecer diretrizes para a quantificação e relato de emissões de GEE, a norma oferece um framework consistente e reconhecido internacionalmente, que facilita a comparação e o benchmarking entre empresas e setores. Para saber mais sobre a ISO 14064 e a digitalização no monitoramento de emissões de gases de efeito estufa, siga com a leitura!
Antes de falarmos sobre as formas de monitoramento de emissões de gases do efeito estufa, vamos entender o atual cenário.
Segundo dados do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (Seeg), divulgados no final de 2024 pelo Observatório do Clima, o Brasil emitiu 2,3 bilhões de toneladas de gás carbônico equivalente em 2023. A quantidade caiu 12% em relação a 2022, sendo a maior queda da poluição climática no país em 15 anos.
Importante destacar que a redução foi puxada pela queda no desmatamento na Amazônia em 2023. Mas, mesmo assim, as emissões do Brasil continuam altas.
O país é o quinto maior emissor de gases de efeito estufa do mundo. Por isso, as empresas têm papel fundamental para seguir com a redução do lançamento desses poluentes no enfrentamento da mudança climática.
A ISO 14064 é uma norma internacional que fornece princípios e requisitos às organizações – públicas ou privadas – para a quantificação, monitoramento, relatórios e verificação de emissões e remoções de gases de efeito estufa. Dessa forma, sua estrutura é composta por três partes:
Por meio do inventário de gases de efeito estufa, criado a partir das normas ISO 14064, as empresas ficam alinhadas aos valores de responsabilidade ambiental e otimizam as operações com foco na gestão dos gases do efeito estufa. O retorno da iniciativa favorece o meio ambiente e a própria organização com:
Na era digital, a tecnologia também atua em prol do meio ambiente e, nesse contexto, a digitalização tem transformado a forma como as organizações implementam e gerenciam a ISO 14064, proporcionando maior precisão, agilidade e confiabilidade na coleta e análise de dados.
Entre as principais inovações tecnológicas que contribuem para esse avanço estão:
Com sensores conectados via Internet das Coisas (IoT), as empresas podem monitorar emissões em tempo real, coletando dados precisos sobre consumo energético, processos industriais e impactos ambientais. Esses sensores permitem a detecção de vazamentos de gases e a rápida tomada de decisão para mitigar impactos.
As plataformas digitais especializadas permitem a automação da coleta, análise e geração de relatórios de emissões, reduzindo erros manuais e aumentando a eficiência no cumprimento dos requisitos da ISO 14064. Ferramentas como dashboards interativos ajudam as organizações a visualizar padrões e tendências para definir estratégias de mitigação.
A tecnologia blockchain tem sido aplicada para registrar e auditar transações ambientais de forma segura e imutável, garantindo maior transparência nos dados de emissões, facilitando auditorias e aumentando a confiabilidade das informações reportadas.
A utilização de Inteligência Artificial (IA) e Big Data permite analisar grandes volumes de dados ambientais, identificar anomalias e prever tendências de emissões. Com isso, as empresas podem otimizar processos produtivos e tomar decisões estratégicas baseadas em insights gerados automaticamente, além de mitigar riscos.
A tecnologia de drones e imagens de satélite auxilia no monitoramento de emissões em larga escala, especialmente em setores como energia, mineração e agricultura. Essas ferramentas permitem a análise remota de fontes emissoras e a identificação de áreas críticas para mitigação.
Ao adotar soluções tecnológicas para a gestão de emissões de gases do efeito estufa dentro do escopo da ISO 14064, , como as citadas acima, as empresas têm benefícios como:
Sendo assim, podemos ver como a digitalização e a tecnologia não apenas facilitam a conformidade com a ISO 14064, como também impulsionam a inovação e a competitividade, permitindo que as empresas identifiquem novas oportunidades de negócio, reduzam custos e fortaleçam sua reputação perante investidores, consumidores e a sociedade em geral.
Por fim, a ISO 14064, aliada a tecnologias como IoT, IA, blockchain e drones, permite que as organizações adotem práticas mais sustentáveis e transparentes na emissão de gases do efeito estufa.
Ao investir na digitalização da gestão ambiental, as empresas não apenas cumprem regulamentações internacionais, como também têm retornos competitivos e contribuem ativamente para um futuro mais sustentável e responsável.
Se você deseja saber mais sobre soluções tecnológicas para monitoramento de emissões, obter a certificação ISO 14064 e acompanhar tendências da digitalização na sustentabilidade, acesse o site da Fundação Vanzolini e veja como podemos te ajudar!
Para mais informações:
certific@vanzolini.org.br
(11) 3913-7100
Agendamento e Planejamento
(11) 9 7283-6704
Comercial
(11) 9 6476-1498
Fontes:
Mercado de Carbono: conheça empresas que pretendem compensar suas emissões
Como o Brasil reduziu suas emissões de gases de efeito estufa
As mudanças climáticas estão entre os maiores desafios do século XXI e o aquecimento global, causado principalmente pelas emissões de gases de efeito estufa (GEE), tem gerado consequências devastadoras.
As medidas para conter o agravamento da saúde do planeta demandam ações de todos os setores da sociedade. Na união de forças para um futuro possível e sustentável, as parcerias público-privadas (PPPs) têm sido utilizadas para estabelecer novos acordos setoriais, que buscam atingir as metas climáticas globais e regionais.
Esses acordos impactam pessoas e organizações e é essencial que as empresas se adaptem a esses novos desafios. Quer saber como? Acompanhe a leitura deste artigo e veja como as parcerias entre poder público e a iniciativa privada podem contribuir com melhores práticas para uma economia de baixo carbono.
As mudanças climáticas são inegáveis e suas consequências também. Enchentes, queimadas, temperaturas extremas. A cada momento uma nova catástrofe é noticiada no mundo, e reverter esse cenário é um desafio global que exige ação imediata.
Segundo relatório publicado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), em junho deste ano, há 80% de probabilidade de que a temperatura média global anual exceda temporariamente em 1,5°C os níveis pré-industriais, durante pelo menos um dos próximos cinco anos.
A temperatura média global próxima à superfície deve ser entre 1,1°C e 1,9°C mais alta entre 2024 e 2028, comparada com o período de referência 1850-1900.
O aquecimento global é uma das mudanças climáticas mais acentuadas e a elevação da temperatura na Terra se dá, essencialmente, pelo aumento das emissões de gases do efeito estufa.
Ao todo, as concentrações de CO2 na atmosfera aumentaram em 31% desde a Revolução Industrial. As emissões de dióxido de carbono são, hoje, 12 vezes maiores do que em 1900, de acordo com o Fundo Mundial Para a Natureza (WWF).
Ainda segundo o WWF, o dióxido de carbono (CO2) é responsável por mais de 80% da poluição que gera o aquecimento global. Os níveis atmosféricos de CO2 hoje são maiores do que em qualquer outro período nos últimos 420 mil anos. Vale destacar também que, aproximadamente, 97% do CO2 emitido pelos países industrializados do ocidente é resultado da queima de carvão, óleo e gás, usados para produzir energia.
Assim, diante desse cenário, há uma demanda cada vez mais crescente por metas climáticas rígidas, para as quais a colaboração de diversos setores se mostra essencial. Aqui, entra o papel das parcerias público-privadas (PPPs), com foco na criação de políticas e mandatos que aceleram a transição para uma economia de baixo carbono.
Os chamados acordos setoriais são instrumentos de colaboração entre governos, empresas e outras partes interessadas para desenvolver políticas e práticas sustentáveis em setores específicos.
Esses acordos são marcados por uma abordagem específica para setores como energia, transporte, agricultura, indústria, etc. Além disso, são fruto de uma colaboração público-privada, entre governos, empresas, ONGs e outras partes interessadas que trabalham juntas.
Entre os objetivos dos acordos setoriais estão:
Como exemplos de acordos setoriais, temos:
Para que as premissas estabelecidas nos acordos sejam viabilizadas e implementadas, uma das estratégias mais eficazes é a utilização das parcerias público-privadas (PPPs).
Essas parcerias são uma união de forças entre os setores público e privado para a realização conjunta de determinados projetos. De acordo com o Instituto de Planejamento e Gestão de Cidades – IPGC Brasil, o déficit de recursos para financiar as metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) até 2030, em países em desenvolvimento, supera US$ 4 trilhões — quase o dobro do PIB do Brasil.
Sem dúvida, esse valor representa um grande desafio para os orçamentos públicos, que muitas vezes não conseguem atender a demandas urgentes, como habitação e transição para uma economia de baixo carbono (Rodrigues & Jukemura, 2024).
Diante desse cenário, as Parcerias Público-Privadas (PPPs) têm se destacado como uma importante iniciativa para viabilizar projetos de infraestrutura fundamentais, especialmente nas áreas de energia limpa, saneamento, mobilidade urbana e habitação (Souza, Rossi & Pimenta, 2024).
Como exemplo de PPPs, podemos destacar a iniciativa Green Gigaton Challenge, uma ambiciosa parceria público-privada, apoiada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e parceiros. O objetivo é catalisar fundos para iniciativas de combate ao desmatamento, com a meta de reduzir uma gigatonelada (ou um bilhão de toneladas métricas) de emissões até 2025.
Dessa forma, o Green Gigaton Challenge canaliza o financiamento dos setores público e privado para os esforços liderados pelos governos para deter o desmatamento, enquanto estes ajudam as empresas a apoiar suas reduções de emissões internas com a compra de créditos de carbono.
Como falamos no início, os acordos setoriais têm impactado as organizações, que são agentes de transformação e que precisam se ajustar às novas demandas de práticas sustentáveis e responsáveis.
Sendo assim, os acordos têm gerado obrigações, desafios e também oportunidades para os negócios:
Das obrigações, destacamos:
Dos desafios, dentre os quais, muitos chamamos de riscos de transição:
Das oportunidades:
Com os acordos e necessidade de mudanças, as empresas também ganham em:
Um exemplo de uma parceria público-privada para redução na emissão de CO2 vem da indústria automotiva e do governo da União Europeia, que aprovou, no ano passado, uma lei histórica para acabar com as vendas de veículos novos que emitem gás carbônico em 2035.
A lei exige que todos os carros novos vendidos tenham zero emissões de CO2, a partir de 2035, e 55% menos emissões de CO2 a partir de 2030, em comparação com os níveis de 2021. Essas metas são projetadas para impulsionar a rápida descarbonização de novas frotas de veículos na Europa.
Para que as empresas possam se adaptar aos novos mandatos climáticos que surgem a partir desses acordos setoriais, um dos caminhos é a realização de verificações e auditorias de terceira parte, com a adesão a certificações ambientais, como a ISO 14001 (Sistema de Gestão Ambiental), ISO 50001 (Sistema de Gestão de Energia) e a Certificação AQUA-HQE de Construção Sustentável, a validação de inventários de emissões de gases de efeito estufa, como com a ISO 14064 e o Programa Brasileiro GHG Protocol, e a colaboração com stakeholders para cumprir as metas climáticas estabelecidas.
Para as verificações, auditorias e certificações voltadas às boas práticas organizacionais, as empresas podem contar com o suporte e as formações da Fundação Vanzolini.
O investimento em inovação tecnológica e em projetos de mitigação de impacto ambiental também são ações importantes, que devem ser levadas em consideração por parte das organizações na adequação aos novos acordos setoriais em defesa do meio ambiente e da vida na Terra.
À medida que as metas climáticas se tornam mais ambiciosas – como a meta de zerar emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2050 -, os acordos setoriais também devem evoluir. Como ação futura próxima, temos a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em Belém, no Pará, em novembro de 2025.
De acordo com estimativas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), é esperado um fluxo de mais de 40 mil visitantes durante os principais dias da Conferência. Desse total, aproximadamente sete mil compõem a chamada “família COP”, formada pelas equipes da ONU e delegações de países membros.
A questão do financiamento climático – possível por meio da PPPs – está entre os principais assuntos que devem estar na pauta da COP 30:
Portanto, diante de todo o contexto apresentado, o papel das PPPs se torna fundamental para possibilidade de um futuro mais sustentável, no qual a preservação e o cuidado com o meio ambiente vão guiar os negócios.
Para mais informações sobre normas e certificações da Fundação Vanzolini, contate:
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Agendamento e Planejamento
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Fontes:
Financiamento climático: realidade e desafios
Causas das Mudanças Climáticas
UE aprova fim de vendas de veículos que emitem gás carbônico em 2035
As parcerias público-privadas poderiam desempenhar um papel fundamental no combate ao desmatamento
A matriz energética brasileira é considerada uma das mais renováveis dentre todas as grandes economias mundiais, apesar de ainda contar com a presença de fontes poluentes.
A Agenda 2030 da ONU (Organização das Nações Unidas), também conhecida como Plano de Ação Global para o Desenvolvimento Sustentável, é “um plano de ação para as pessoas, para o planeta e para a prosperidade” com o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável em três dimensões: econômica, social e ambiental.
Ela abrange 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), distribuídos entre as áreas econômica, social e ambiental, além de 169 metas a serem alcançados até 2030.
O acordo, assinado em 2015 pelos 193 estados-membros da ONU durante a Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, realizada em Nova York, é uma referência quando se trata de pensar um futuro sustentável. Ele impacta diretamente as empresas, que precisam compreender como agir e o que fazer para atuar de forma responsável e comprometida com as novas problemáticas e diretrizes globais, dentre elas, a emergência climática.
A Agenda 2030 foi construída com base no princípio de “não deixar ninguém para trás”, buscando um equilíbrio entre crescimento econômico, inclusão social e proteção ambiental, e seus ODS abrangem temas como erradicação da pobreza, fome zero, saúde e bem-estar, educação de qualidade, igualdade de gênero, água potável e saneamento, energia limpa, trabalho decente, redução das desigualdades, cidades sustentáveis, consumo responsável, combate às mudanças climáticas, proteção dos ecossistemas e fortalecimento das instituições.
Sendo assim, preparamos este artigo para destacar a importância de acompanhar as mudanças no cenário global e os benefícios para as empresas, adotando práticas sustentáveis e inovadoras para cumprir todas as exigências. Acompanhe a leitura!
A Agenda 2030 da ONU é composta por 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. São eles:
1. Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares;
2. Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável;
3. Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades;
4. Assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos;
5. Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas;
6. Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos;
7. Assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia para todos;
8. Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todos;
9. Construir infraestruturas resilientes, promover a industrialização inclusiva e sustentável e fomentar a inovação;
10. Reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles;
11. Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis;
12. Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis;
13. Tomar medidas urgentes para combater a mudança climática e seus impactos;
14. Conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável;
15. Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade;
16. Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis;
17. Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável.
Ao longo dos anos, durante as “COPs” (Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima), diversos acordos e protocolos foram discutidos e estabelecidos com o objetivo de fortalecer a resposta global às mudanças climáticas e aumentar a capacidade dos países para enfrentar seus impactos.
Um exemplo é o Acordo de Paris, aprovado na 21ª Conferência das Partes (COP21), em 2015, realizada em Paris, para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) no contexto do Desenvolvimento Sustentável.
Os principais pontos do Acordo de Paris são:
A redução das emissões de gases do efeito estufa é um dos temas mais relevantes para as empresas, desafiando-as a repensar seus modelos de produção e a adotar práticas mais sustentáveis, que estejam alinhadas com as atuais demandas da sociedade acerca das condições climáticas e com a responsabilidade com o futuro do planeta.
Para manter o aquecimento global abaixo de 1,5°C, cerca de metade das reduções de emissões devem ser implementadas até 2030.
Em 2023, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, pediu um acordo para zerar as emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2050, durante as discussões sobre transporte marítimo em Londres.
Na ocasião, foi explicado que a navegação, que transporta cerca de 90% do comércio mundial e é responsável por quase 3% das emissões mundiais de dióxido de carbono, tem enfrentado apelos de ambientalistas e investidores para adotar ações mais concretas, incluindo a implementação de um imposto sobre carbono.
Em novembro deste ano, o Brasil se prepara para receber a COP 30 – a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, que será realizada em Belém, no Pará.
De acordo com estimativas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), é esperado um fluxo de mais de 40 mil visitantes durante os principais dias da Conferência.
Entre os principais temas que devem ser discutidos na COP 30 estão:
As diretrizes climáticas globais da ONU e as orientações para alcançar os objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que hoje são voluntárias, podem evoluir para mandatos regulatórios que impactarão diretamente em diferentes setores empresariais e, por isso, é fundamental que as companhias estejam preparadas.
Pois, quando se trata de mudanças sociais e globais, o setor empresarial exerce um papel crucial, já que é responsável pela produção de bens, serviços e comportamentos.
Diante da importância da atuação das organizações na sociedade e para coordenar as empresas de modo conjunto rumo a um progresso sustentável, surgiu o Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU).
Idealizado pelo seu ex-secretário geral, Kofi Annan, o pacto tem como objetivo “encorajar o diálogo entre empresas, governos, sociedade civil e demais componentes, aproximando-os pela busca do desenvolvimento de um mercado global mais justo, inclusivo e sustentável.
As diretrizes da iniciativa foram pensadas para serem aplicadas universalmente e atender diferentes setores da economia, independente da nacionalidade da organização. Considerada a maior iniciativa de sustentabilidade corporativa do mundo, o Pacto é composto atualmente por mais de 11 mil companhias de 156 países diferentes.”
No entanto, vale destacar que o Pacto Global não é um órgão regulador, um código de conduta obrigatório ou uma ferramenta para fiscalizar as políticas e práticas gerenciais. “Trata-se de uma iniciativa totalmente voluntária, aberta a qualquer instituição, orientadora de lideranças corporativas comprometidas com a promoção do crescimento sustentável.”
Entre os fatores que podem se transformar em mandatos obrigatórios podemos destacar:
De uma forma ou de outra, toda a economia pode e deve ser afetada pelos compromissos firmados por um Desenvolvimento Sustentável. No entanto, há setores que podem ser impactados de forma mais acentuada. Alguns deles são:
No Brasil, estão em vigor sete leis ambientais para empresas que tratam de obrigações voltadas à responsabilidade com a fauna e a flora. Com base nas resoluções e leis ambientais para empresas existentes hoje, podemos citar algumas ações ambientais obrigatórias para as empresas:
Ajustar a rota para atender às novas necessidades climáticas é fundamental para qualquer empresa que deseja permanecer em atividade e em ascensão nos próximos anos.
Quem não olhar para a questão ambiental corre sério risco de ficar a ver navios. E a melhor maneira de evitar isso é se preparar desde já para os desafios que as mudanças climáticas e os órgãos responsáveis vão exigir dos negócios e da sociedade como um todo.
Assim, é preciso ter desde já uma visão estratégica sobre como se antecipar às mudanças e adotar práticas de sustentabilidade. Nesse sentido, destacamos a importância da implementação de medidas ESG e da inovação tecnológica.
Como vimos acima, ações voltadas ao meio ambiente podem render benefícios econômicos – economia na conta de energia -, além de reconhecimento por parte da sociedade – prêmios e preferência dos consumidores.
Aderir à agenda climática é uma forma de se colocar perante o mercado e uma forma de se destacar nos dias de hoje. Trata-se de uma atitude que demonstra comprometimento com a vida, com as pessoas, e que também repercute em saúde para a própria empresa.
Portanto, empresas que se posicionam na vanguarda da agenda climática tendem a cavar oportunidades importantes, como novos mercados – inclusive expansão para negócios no exterior -, melhor reputação corporativa, acesso a capital sustentável e redução de riscos financeiros e legais associados à falta de conformidade com as atuais e futuras regulamentações.
Se você deseja liderar essa transformação na sua empresa, conte com a Fundação Vanzolini e suas formações para a obtenção de certificações voltadas à sustentabilidade, às práticas empresariais responsáveis e à gestão ambiental.
Fontes:
Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável ONU
O que é a Agenda 2030 da ONU e o que ela tem a ver com as mudanças climáticas?
ONU pede acordo para zerar emissões líquidas de carbono na navegação
O que é o Pacto Global da ONU?
Leis Ambientais para Empresas — Conheça as Principais Normas
Certificação, acreditação, selo ou declaração? O que minha empresa realmente precisa para comprovar sua eficiência, compromisso e posicionamento?
Diante dos termos, fica a dúvida sobre qual deles uma organização realmente precisa para atestar ou comunicar aquilo que pode torná-la mais competitiva no mercado.
Em geral, os termos certificação, acreditação, selo e declaração são usados em contextos de qualidade, conformidade e reconhecimento, e saber o que cada um significa, qual seu propósito e finalidade é essencial para um investimento mais assertivo e uma divulgação adequada, alinhada às regras específicas de cada forma de reconhecimento organizacional.
Para desfazer as dúvidas e orientar as empresas sobre certificação, acreditação, selo e declaração, preparamos este artigo. Aproveite a leitura!
A certificação é um processo, formal e independente, realizado por um organismo de avaliação da conformidade qualificado para avaliar se uma empresa, produto ou serviço atende aos requisitos exigidos para sua operação, atividade, utilidade, etc. Em outras palavras, a certificação é um mecanismo de avaliação de terceira parte, que serve para checar se há conformidade com normas, padrões ou requisitos específicos nas organizações.
Dessa maneira, o objetivo da certificação é comprovar que um sistema, produto, processo ou pessoa atende aos requisitos estabelecidos por normas ou regulamentos nacionais ou internacionais, de acordo com a estratégia da organização. Podemos citar a ISO 9001, voltada para a Gestão da Qualidade; a ISO 14001, que trata da Gestão Ambiental; a ISO 45001 voltada para Saúde e Segurança Ocupacional dentre tantos outros padrões normativos disponíveis no mercado.
Nos últimos anos, as certificações empresariais ganharam ainda mais destaque, em razão da centralidade da agenda ESG (Ambiental, Social e Governança) nas organizações.
As certificações agregam valor e geram impactos positivos nas empresas e no meio, pois:
Quando se trata de acreditação, estamos falando do reconhecimento formal da competência técnica de um organismo de avaliação da conformidade para realizar atividades específicas, como certificações, inspeções ou ensaios.
Ou seja, acreditação é o processo pelo qual uma instituição ou órgão acreditador competente atesta a capacidade técnica de uma certificadora conduzir auditorias, avaliações ou inspeções com a finalidade de recomendar a certificação.
Na área da saúde, o termo acreditação é utilizado como sinônimo de certificação. Isto se deve ao foco da avaliação, que diferentemente da certificação é sistêmico, e não por escopos delimitados.
Um exemplo é a Acreditação ONA, que olha para a qualidade e a segurança da assistência à saúde no Brasil e no mundo. A ONA analisa e verifica se as instituições de saúde estão dentro dos padrões exigidos e se atendem às demandas de segurança e qualidade, com foco em evitar danos aos pacientes, erros de diagnósticos e outras situações que podem colocar vidas em risco.
Segundo uma pesquisa da ONA, realizada em hospitais com a acreditação, os erros de diagnóstico reduziram em mais de 31%, para quase 33% dos entrevistados.
No Brasil, das mais de 380 mil organizações de saúde, segundo CNES (Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde), 1932 são acreditadas. Desse total, a ONA é responsável por 72,1% no mercado de acreditação, o que corresponde a mais de 1400 organizações de saúde acreditadas, das quais 422 são hospitais.
Agora, passamos para uma categoria que diz respeito ao reconhecimento organizacional por meio visual. O selo é um distintivo visual ou gráfico que simboliza e comunica a conformidade ou o cumprimento de uma determinada norma, padrão ou atributo específico de um produto, serviço ou organização.
Dessa forma, o selo é uma imagem que representa o esforço de uma determinada empresa e atesta que ela cumpre com seus requisitos.
Podemos dizer que o selo é o porta-voz de uma certificação ou de uma acreditação, pois a função do selo é comunicar ao consumidor ou ao público em geral, de forma visual e simples, que um produto ou serviço atende a critérios específicos.
Como exemplo de selo, podemos destacar o Selo Procel Edificações, que identifica as edificações mais eficientes em termos de consumo de energia, e o Selo Suíno Paulista, criado pelo Governo do Estado, por meio da Lei nº 10.481, que tem como objetivo promover a excelência dos processos e a eficiência produtiva e gerencial das granjas, assegurando a oferta de produtos de qualidade e o fortalecimento a produção agropecuária paulista.
Por fim, temos a declaração, que é um documento ou comunicado formal, emitido por uma organização ou pessoa, atestando a conformidade com critérios específicos, mas sem a necessidade de auditorias externas. Sendo assim, o foco da declaração é “declarar-se de acordo com as normas ou padrões estabelecidos”.
Como exemplos de declaração, temos as declarações de validação dos inventários de emissões de gases do efeito estufa, conforme a ISO 14064 e o GHG Protocol, e a declaração de conformidade com a ISO 31000.
Portanto, as certificações e acreditações são os processos pelos quais as organizações passam para avaliação das normas e requisitos exigidos, e os selos e declarações são os meios que comunicam, de forma visual ou escrita, essa avaliação e, consequentemente, o cumprimento dos padrões.
Então, vimos que os termos certificação, acreditação, selo e declaração estão relacionados a contextos de qualidade, conformidade e reconhecimento, mas possuem diferenças significativas em relação a seus objetivos, abrangência e aplicação.
Para ajudar no reconhecimento organizacional da sua empresa, com responsabilidade e segurança, conte com a experiência da Fundação Vanzolini. Entre em contato com nossos especialistas e saiba mais!
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(11) 3913-7100
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