O uso da Inteligência Artificial (IA) tem avançado em muitas áreas, inclusive na medicina, e as novas tecnologias, que chegam com o propósito de melhorar o serviço de assistência à saúde, suscitam também novos desafios.
Como aliada da inovação na medicina, gestores de clínicas e hospitais, profissionais das áreas da saúde e tecnologia e instituições públicas e privadas podem contar com a Acreditação ONA (Organização Nacional de Acreditação), que tem se adaptado à incorporação da Inteligência Artificial nos processos clínicos para prevenção de erros de diagnóstico.
Para saber como a IA pode atuar na melhoria da precisão e na segurança dos diagnósticos médicos, além de como a Acreditação ONA pode assegurar que essas tecnologias sejam integradas de forma eficaz, com foco na qualidade e na segurança do paciente, siga com a leitura deste artigo.
A Acreditação ONA é um processo que avalia a qualidade e segurança dos serviços de saúde. Para isso, a ONA analisa e verifica se as instituições de saúde estão dentro dos padrões exigidos e se atendem às demandas de segurança e qualidade.
Diante disso, o papel da ONA é:
Por meio da Acreditação ONA, os espaços de saúde e as empresas que prestam serviços voltados à área podem alcançar níveis de excelência, garantindo segurança e qualidade aos pacientes e profissionais.
Com o avanço das tecnologias e do uso da IA na medicina, a Acreditação ONA passa a desempenhar um novo papel, o de colaborar para que os processos inovadores também sejam realizados dentro de padrões e normas, evitando erros, especialmente de diagnósticos.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Inteligência Artificial é uma grande promessa para melhorar a prestação de serviços de saúde em todo o mundo, promovendo:
Os avanços e benefícios da IA na medicina são inegáveis, no entanto, é fundamental compreender que ainda há desafios técnicos, éticos e legais que precisam ser enfrentados, mesmo diante dos volumosos investimentos.
Sem dúvidas, uma das maiores preocupações está no cuidado com a precisão dos diagnósticos. Falhas desse tipo podem gerar danos irreversíveis ao paciente e à instituição.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), erros de diagnóstico representam 16% dos danos evitáveis que um paciente pode sofrer, incluindo eventos graves, danos permanentes ou morte.
Ainda de acordo com a OMS, é estimado que cerca de 5% dos atendimentos em ambulatório não recebam um diagnóstico correto, impactando todo o tratamento. Nos Estados Unidos, por exemplo, isso significa entre 40 e 80 mil casos todos os anos.
No Brasil, em 2022, foram registrados 292 mil incidentes envolvendo falhas na assistência à saúde, segundo dados da Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e da Segurança do Paciente (Sobrasp), com base em informações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Entre os incidentes estão erros de diagnóstico, medicação equivocada ou problemas envolvendo comunicação entre as equipes durante a transição de cuidado.
Além das vidas colocadas em risco e das muitas mortes que poderiam ser evitadas, os erros de diagnóstico podem gerar sobrecarga no sistema de saúde, multas e indenizações altíssimas, e também afetar profundamente a imagem de uma instituição.
Com esses dados, fica evidente a necessidade de melhorar a precisão diagnóstica, dessa forma, o papel da Acreditação ONA se destaca como aliada na implementação de protocolos capazes de minimizar riscos.
Para orientar quanto ao uso da IA na medicina e evitar falhas como as citadas acima, a Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou uma publicação na qual detalha as principais considerações regulatórias em relação à Inteligência Artificial (IA) para a saúde.
Entre as principais orientações de regulação sugeridas pela OMS estão:
Assim, a ONA é capaz de propor e discutir as melhores práticas recomendadas para transparência e ética no uso de IA, especialmente em termos de privacidade dos dados e decisões automatizadas.
Em conjunto, a IA e a Acreditação ONA desempenham papéis fundamentais para melhoria da assistência em saúde, veja só:
Além disso, podemos destacar como exemplos de aplicação da IA na medicina:
Mesmo diante dos benefícios e melhorias provocadas pelo uso da IA na medicina, não são poucos os desafios para a adoção da tecnologia nos hospitais e por parte dos profissionais. Entre eles, podemos destacar:
Nesse sentido, nos hospitais acreditados com a ONA, é realizado um trabalho integrado com as pessoas envolvidas, com o objetivo de treinar, esclarecer, orientar e indicar os melhores caminhos.
Dessa forma, é possível obter maior engajamento por parte dos profissionais, mais segurança no uso das tecnologias e melhor aproveitamento de suas aplicações.
A Acreditação ONA está preparada para acompanhar a revolução tecnológica na saúde, permitindo que instituições de saúde acreditadas tenham a oportunidade de liderar essa transformação.
O futuro da saúde passa pela incorporação de tecnologia e as instituições de assistência à saúde acreditadas podem avançar com mais segurança rumo à inovação.
Ao adotar a Inteligência Artificial como uma ferramenta estratégica, pode-se garantir mais precisão e segurança nos diagnósticos, sempre dentro dos padrões de qualidade exigidos pela ONA.
Para mais informações sobre Acreditação ONA, contate a Fundação Vanzolini:
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Fontes:
O Brasil registrou 292 mil incidentes envolvendo falhas na assistência à saúde no ano de 2022.
Falhas no diagnóstico respondem por 16% dos danos graves a pacientes
Inteligência artificial chega à saúde
OMS: Orientações sobre regulação da Inteligência Artificial em saúde
Revolução da inteligência artificial: uso na saúde traz novas possibilidades