Aprenda como a comunicação multigeracional pode superar desafios e impulsionar estratégias eficazes de Gestão de Pessoas em equipes diversificadas.
Quatro gerações reunidas em uma mesma mesa de reunião e a comunicação geracional se coloca como um dos principais desafios – e estratégias – para a Gestão de Pessoas no atual mundo do trabalho.
O encontro entre profissionais de diferentes gerações em um mesmo projeto exige habilidades interpessoais específicas e uma comunicação bem construída para reduzir distâncias, evitar conflitos e aproximar ideias.
Quando um time multigeracional – com pessoas das chamadas gerações baby boomers, geração X, millennials e geração Z – está em campo, é fundamental contar com uma Gestão de Pessoas pronta para lidar com a diversidade de interesses, pontos de vista e histórias de vida.
A partir de uma Gestão de Pessoas capaz de reconhecer, valorizar e dialogar com as diferenças, a organização poderá colher os melhores frutos desse encontro de gerações.
Para saber mais sobre comunicação multigeracional, as estratégias e desafios, siga com a leitura deste artigo!
Pela primeira vez na história, quatro gerações estão trabalhando juntas e de forma ativa. Entre os motivos desse inédito encontro geracional está o aumento da expectativa de vida.
Segundo o IBGE, em 1940, no Brasil, a expectativa de vida ao nascer era de 45,5 anos. Esse número vem subindo desde então e, em 2018, chegou aos 76,3 anos.
A projeção é que, até 2050, a média de vida dos brasileiros seja de 80,57 anos. Com o tempo de vida mais longo, as pessoas seguem mais ativas e passam a compartilhar os espaços com os mais jovens que vão chegando.
Atualmente, no ambiente organizacional, cada vez mais pessoas das chamadas gerações baby boomers, geração X, millennials e geração Z estão dividindo as mesas de reunião e tomando decisões juntas. Esse encontro geracional pode ser muito precioso para as empresas.
De acordo com um relatório da consultoria McKinsey, empresas com equipe multigeracional têm 21% mais chances de superar seus concorrentes em rentabilidade.
Outro benefício importante do encontro geracional para as organizações está na melhoria da sua imagem perante o mercado. Um estudo da consultoria PwC mostrou que cerca de 86% dos consumidores acreditam que as marcas devem promover a diversidade em todas as suas formas.
No entanto, para que um time multigeracional possa atuar de forma eficiente, colaborando com o desempenho da empresa, é necessário contar com uma Gestão de Pessoas pronta para lidar com a diversidade.
Para isso, as lideranças modernas precisam ter conhecimento e desenvolver habilidades interpessoais capazes de reduzir ruídos, evitar conflitos e aproximar ideias. Uma delas é a comunicação multigeracional, que pode contribuir para:
Quando há esse encontro tão diverso, sem dúvidas, um dos desafios é fazer com que todo mundo fale a mesma língua. Mas são pessoas diferentes, que tiveram a vida atravessada por contextos histórico-políticos e sociais bem distintos.
Assim, os desejos, anseios e expectativas em relação ao trabalho serão diferentes. As mudanças tecnológicas, por sua vez, também acentuam essas diferenças, especialmente na era digital.
Dessa maneira, é fundamental compreender como cada geração tende a se comportar no ambiente de trabalho, para que, juntas, colaborem de forma sinérgica, compartilhando conhecimentos e experiências em prol de um objetivo em comum.
As pessoas nascidas nesse período podem ser vistas, hoje em dia, como os profissionais mais experientes no mercado de trabalho.
Os chamados baby boomers cresceram em uma época na qual a estabilidade ditava as regras. Desse modo, segundo o estudo da WeWork, 30% dos baby boomers se mostram particularmente interessados em um aumento salarial e 20% valorizam o reconhecimento e o apoio na tomada de decisões.
Aqui, os profissionais, hoje, têm entre 44 e 59 anos e compõem 25,4% da força de trabalho no Brasil, segundo pesquisa da WeWork. Nesse grupo, a prioridade está no equilíbrio entre as atividades de casa e do trabalho.
De acordo com a pesquisa, para 23% da geração X, o principal desejo é ter mais qualidade em processos, planejamento e foco estratégico, 22% não dispensam flexibilidade e 8% querem ter mais influência na tomada de decisões.
São a maior parte da força de trabalho atualmente e devem compor 75% dos profissionais até 2025, segundo pesquisa da empresa de pesquisa Pew Research Center.
As pessoas dessa geração valorizam o propósito no trabalho. Entre as prioridades dos millennials no trabalho estão a flexibilidade e um bom alinhamento entre processos e planejamento. Além disso, o protagonismo também é algo bastante importante para eles.
Os nascidos nesse período são conhecidos por trazerem uma nova gama de prioridades e objetivos para dentro das empresas. A geração mais jovem a entrar no mercado de trabalho é a que tem impulsionado discussões e mudanças no mercado, assim como tem desafiado gestores.
A prioridade desses profissionais está no desejo de trabalhar de forma híbrida ou remota, recusando ofertas de emprego ou promoções que obrigam o trabalho presencial todos os dias.
Diante das especificidades de cada geração e da forma como cada uma enxerga o trabalho, é essencial que a liderança desenvolva habilidades capazes de unir, agregar e incluir as gerações dentro de um mesmo objetivo comum.
Vale lembrar que o objetivo pode ser comum, mas as formas de comunicá-lo e de alcançá-lo podem variar de acordo com a vivência de cada pessoa, e aí está a riqueza do potencial humano.
Assim, para as lideranças que desejam fazer uma Gestão de Pessoas multigeracional, inclusiva e eficiente, as soft skills que fazem a diferença são:
São competências relacionadas aos aspectos mais subjetivos e, por isso mesmo, mais desafiadores para os líderes modernos. O desenvolvimento dessas habilidades na Gestão de Pessoas em um ambiente multigeracional é essencial para reduzir conflitos e promover a colaboração.
Uma liderança nos dias de hoje precisa olhar para as pessoas, escutá-las e entendê-las . É preciso saber analisar comportamentos, aprender com suas potências e suas fraquezas.
Como exemplo, podemos destacar a importância de saber lidar com um imediatismo da geração Z e a busca da estabilidade da geração X. Ou, por exemplo, uma possível dificuldade de acompanhar a transformação digital dos baby boomers. O papel da liderança é transitar pelas gerações para poder compreendê-las e extrair o melhor delas.
Como estratégias para uma liderança eficiente na Gestão de Pessoas multigeracionais, é importante destacar algumas iniciativas:
Assim, com ações que têm por objetivo aproximar as pessoas e entendê-las em sua especificidade, as lideranças podem transformar o desafio de um time multigeracional em oportunidades de crescimento para os profissionais e para a própria empresa. Investir no desenvolvimento das soft skills é o primeiro passo para isso.
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Fontes:
Mauro Wainstock: Integrar gerações impulsiona a lucratividade
A era da diversidade geracional no mercado de trabalho
Etarismo: 86% das pessoas com mais de 60 anos sofrem preconceito no trabalho
Dos baby boomers à geração Z: o que cada profissional quer no trabalho?
Diversidade geracional: por que as empresas precisam falar disso