Todos na mesma direção e na direção dos indicadores certos. A gestão por resultados é uma abordagem organizacional que prioriza o estabelecimento de metas claras, mensuração contínua do desempenho e acompanhamento de indicadores-chave para o sucesso empresarial.
Essa metodologia enfatiza a importância de alinhar os esforços de todos os colaboradores com os objetivos estratégicos e comuns da organização, promovendo uma cultura de responsabilidade e com foco em resultados.
A mensuração e o acompanhamento dos indicadores estratégicos contribuem para tomadas de decisão informadas, alinhamento, melhoria contínua, avaliação de desempenho, transparência e responsabilização.
Siga com a leitura e veja como a gestão por resultados pode transformar a realidade das empresas e como se tornar um líder nessa área.
O termo “gestão por resultados” foi apresentado pela primeira vez por Peter Drucker, importante teórico da administração moderna, em seu livro The Practice of Management, de 1954.
O conceito de gestão por resultados vem do inglês Management by Objectives (MBO) ou Management by Results (MBR). Como atuação prática desse modelo de gestão, um dos primeiros exemplos vem do setor público do EUA, com a Government Performance and Results Act (GPRA).
De acordo com o artigo Orçamento por desempenho: uma análise qualitativa comparada dos modelos de avaliação dos programas governamentais no Brasil e nos Estados Unidos, na onda do movimento de reinvenção do governo norte-americano, foi aprovado um conjunto de leis, em especial a Government Performance and Results Act (GPRA), em 1993, que introduziu princípios da gestão voltados para resultados nos programas federais.
“Dando continuidade à reforma, em 2001 foi criado o Program Assessment Rating Tool (PART), um abrangente modelo avaliativo que objetiva integrar as informações de desempenho ao processo orçamentário.”
Já no setor privado, o conceito da gestão por resultados se popularizou por meio do Balanced Scorecard (BSC), metodologia criada por Robert Kaplan e Edward Norton, em 1992.
Essa metodologia possibilita uma gestão muito mais eficiente para as empresas, ao observar não apenas os indicadores financeiros, mas também indicadores relacionados aos clientes, processos internos, aprendizado e crescimento.
Para que a gestão por resultados possa acontecer, ela precisa de informações, dados e indicadores. Assim, os OKRs (Objetivos e Resultados-Chave) e KPIs (Indicadores-Chave de Desempenho) são ferramentas de gestão que ajudam a medir o desempenho de uma empresa.
É por meio delas que decisões informadas podem ser tomadas, alinhamentos estratégicos e avaliações podem ser feitas, além da identificação das necessidades de melhoria contínua.
Assim, enquanto o OKR define o objetivo e os indicadores para alcançar esse objetivo, os KPIs são os meios ideais para assegurar que esses indicadores e os objetivos sejam alcançados.
Como exemplo bem-sucedido do uso dos OKRs, metodologia desenvolvida por Andrew Grove, na Intel, durante a década de 1970, temos o Google. Desde 1999, a empresa utiliza os OKRs para estabelecer metas ambiciosas e monitorar seu progresso, promovendo alinhamento e foco em toda a organização. A adoção pelo Google dos OKRs acabou influenciando outras empresas como LinkedIn, Airbnb e Spotify.
Segundo estudos recentes, organizações que adotam OKRs registram um aumento de até 30% na produtividade.
KPIs e OKRs são complementares entre si e o uso das duas metodologias integradas tem sido essencial para conquistar bons resultados de maneira ágil.
Dessa forma, os KPIs (Key Performance Indicators) são parâmetros importantes que as empresas devem ter para acompanhar o objetivo principal, instituído na definição do OKR. Uma informação importante quando falamos de KPIs é entender a diferença entre métricas úteis e dados irrelevantes.
De acordo com a Agency Analytics, tudo o que é rastreado em uma empresa é uma métrica, mas apenas algumas dessas métricas são diretamente relevantes para o principal objetivo do negócio, tornando-se, então, os KPIs (indicadores-chave de desempenho).
Esses KPIs são cruciais, pois se alinham com os objetivos gerais do negócio, orientando o planejamento estratégico e a avaliação de desempenho. Ou seja, todos os KPIs são métricas, mas nem todas as métricas são KPIs.
Devemos entender como KPIs as medidas específicas usadas para rastrear o progresso em direção a objetivos específicos. Já as métricas podem ser qualquer tipo de dado irrelevante coletado como parte de operações comerciais de rotina.
Segundo levantamento da Gartner, “dados de baixa qualidade custam às organizações uma média de US$ 12,9 milhões. Além do impacto imediato na receita, a longo prazo, dados de baixa qualidade aumentam a complexidade dos ecossistemas de dados e levam a uma tomada de decisão ruim.”
Um exemplo prático do uso adequado e estratégico dos KPIs é na área de vendas. Se o time está longe de bater a meta de crescimento dos resultados, os indicadores podem ajudar a equipe a avançar por meio de ações como recuperação de oportunidades de vendas perdidas, ou focar em segmentos com ciclo mais rápido de fechamento.
Agora que sabemos o que é e como funciona a gestão por resultados – de maneira geral, uma metodologia baseada em dados estratégicos – vamos aos benefícios dela para o sucesso empresarial:
No estudo A importância da Gestão por Indicadores de Desempenho para a competitividade organizacional, a comunicação entre lideranças e equipes de trabalho, a busca pelo atingimento de metas, além da eficiência e eficácia de ações de correções de processos foram resultados positivos e aspectos que melhoraram, significativamente, após a implementação da gestão por resultados.
Como vimos acima, os benefícios da gestão por resultados são muitos e significativos para as organizações. No entanto, há também um perigo que pode rondar as empresas: o fenômeno da “paralisia por análise”.
A chamada paralisia por análise é a incapacidade de tomar decisões devido a uma sobrecarga de informações ou opções. A enxurrada de dados e indicadores pode acabar por comprometer e atrapalhar os objetivos da empresa.
Dessa forma, é essencial saber quais dados são relevantes, quais métricas, de fato, são KPIs e para onde olhar.
Como forma de evitar a paralisia por análise, é possível tomar algumas medidas:
Para contribuir com o uso dos dados de forma inteligente e não sobrecarregada, um levantamento da Mckinsey indicou que o apoio das lideranças é um dos aspectos que mais define o sucesso ou fracasso de iniciativas de uso de dados nos empreendimentos. Inclusive, o apoio do CEO foi elencado pelos entrevistados na pesquisa como fator decisivo na vantagem quando os assuntos são dados e analytics.
Assim, a presença e o papel do líder em apoiar e acompanhar iniciativas técnicas são fundamentais para o sucesso no uso dos indicadores.
Diante dessa necessidade da figura do líder para melhor tratamento e aplicação dos dados, a Fundação Vanzolini oferece o curso Gestão por Resultados e Indicadores de Desempenho. Nele, o profissional acessa os saberes para cumprir o seu principal objetivo: transformar estratégias em resultados.
Com a formação, é possível liderar com foco e unificar os esforços da empresa, além de aplicar indicadores de forma alinhada aos objetivos do negócio e implementá-los em todos os níveis da organização.
Então, se você deseja atuar como liderança na gestão por resultados, indicadores estratégicos e análise de desempenho para otimizar a performance de suas empresas, inscreva-se no curso Gestão por Resultados e Indicadores de Desempenho da Fundação Vanzolini.
Para mais informações:
Fontes:
A importância da Gestão por Indicadores de Desempenho para a competitividade organizacional
Gestão Estratégica: Um novo paradigma para o setor público
As principais diferenças entre KPIs e métricas
Como aplicar a técnica usada pelo Google para definir metas eficientes e medir resultados?
Cinco razões pelas quais sua iniciativa de governança de dados pode falhar
OKRs e KPIs: como definir metas e medir o sucesso da estratégia