Se antes a Gestão de Projetos estava baseada em previsibilidade e tinha como principais parâmetros de sucesso o cumprimento do prazo e do custo estimado, agora profissionais que desejam aproveitar as oportunidades da área deverão ampliar os horizontes a compreender o gerenciamento em um novo contexto.
Afinal, coloque na receita: a velocidade da era digital, a pressão do mundo moderno, a efervescência das novas tecnologias e a pandemia, como o evento que gerou mudanças do dia para a noite. E pronto! Você tem a combinação perfeita para que a Gestão de Projetos desse um passo para se integrar com as novas metodologias e passasse a exigir um novo perfil de pessoas para ocupar a cadeira de gestor ou gestora.
É por isso que a ‘bíblia’ do gerenciamento de projetos, o Guia PMBOK®, passou por uma revisão que representa a evolução da área diante de tantas mudanças.
Então, se está nos seus planos construir uma carreira sólida em Gestão de Projetos, continue com a gente! Vamos te explicar mais sobre os movimentos do mercado e quais as principais diretrizes do PMBOK® 7º Edição para você se preparar para a certificação. Vamos?
O gerenciamento de projetos, como ciência, surgiu no começo da década de 60. De uma disciplina restrita a alguns segmentos, saltou para uma demanda enorme de profissionais em praticamente todas as áreas: segundo o PMI (Project Management Institute), até 2027, as empresas precisarão de 88 milhões de profissionais capacitados para a função.
E o Brasil tem posição de destaque. Segundo Ricardo Triana, diretor-geral do PMI na América Latina, o país “é o quarto que mais demanda profissionais qualificados na gestão de projetos. China e Índia terão o maior crescimento, seguidas pelos Estados Unidos”.
Para ele, o futuro do gerenciamento de projetos não só é rico em oportunidades, mas também indica uma maior necessidade de unir diferentes modelos de gestão, para dar conta de um mundo que não para de mudar e de se integrar.
Ou seja, profissionais precisam ter uma visão global do projeto, migrando para uma compreensão sistêmica e holística.
Isso nos leva não somente a um novo perfil profissional, que requer ainda mais competências humanas – as soft skills -, como colaboração, empatia, influência e capacidade apurada de adaptabilidade e resiliência, mas também abre caminhos para que as formas mais tradicionais de gerenciamento de projetos façam um casamento interessante com outras metodologias, como o pensamento ágil e Lean.
E isso já vem acontecendo no mundo real. De acordo com a revista HSM, gestores de projeto que trabalhavam seguindo a forma tradicional já estavam incorporando metodologias ágeis em suas rotinas. A pesquisa da Digital.ai aponta para esse comportamento:
O que estamos assistindo no mercado hoje é o modelo mais previsível e estável se encontrando com a gestão mais flexível e dinâmica. Os especialistas, inclusive, apostam que esse formato híbrido é o que mais faz sentido para os profissionais atuarem de maneira estratégica.
Cabe a cada gestor identificar quais ferramentas, frameworks, rituais e métodos aplicar e, principalmente, combinar, de acordo com o projeto. E a 7º edição do PMBOK® reflete justamente isso.
Foi em 1969 que o PMI – esse mesmo que citamos anteriormente – foi formado por profissionais que discutiram as melhores práticas de gestão de projetos, provocando, assim, uma maior assimilação das estratégias por parte do mercado. Hoje, é uma das maiores associações do mundo para profissionais de GP, oferecendo certificações, treinamentos, pesquisas e padrões globais para a comunidade.
Neste sentido, desde 1996 vem lançando – e relançando – o Guia PMBOK®, o qual contém um robusto direcionamento sobre como o gerenciamento de projetos deve acontecer. De lá para cá, a preocupação do instituto é a de trazer os profissionais para o centro da transformação nas organizações.
Diante disso, entendeu-se que era a hora de apresentar uma nova perspectiva: a gestão de projetos orientada a mudanças.
Na 7º edição do PMBOK®, a principal novidade é a visão que sai de processos para falar sobre princípios. Isso significa que essas condutas são o norte para a boa gestão de projetos, com foco muito maior na geração de valor do que no resultado final.
Para isso, são elencados 12 princípios centrais que traduzem as necessidades do mundo contemporâneo e abrem espaço para o guia ser aplicado independentemente da metodologia ou ferramenta, permitindo a combinação. A seguir, resumimos as principais diretrizes para você:
É fácil identificar que esses pilares estão alinhados ao panorama que falamos acima, não é mesmo? Outra mudança também importante na abordagem de gerenciamento de projeto dessa edição é a chegada dos Domínios de Desempenho do Projeto, que vêm para complementar a visão das 10 áreas do conhecimento. Veja quais são:
Se você quer se aprofundar na 7º edição do PMBOK®, nossa dica é assistir ao webinar que Prof. André Ricardi fez em nosso canal do YouTube. No conteúdo, ele apresenta as mudanças com mais detalhes e também fala sobre como se preparar adequadamente para conquistar a aprovação no exame que concede a certificação do PMI.
Toda empresa que preza por manter a sustentabilidade do negócio e está atenta às necessidades do mundo atual, certamente, deseja e procura pessoas capazes de assumir os desafios de gerenciar projetos, com toda a complexidade que eles carregam.
As oportunidades evidentemente estão em alta! Mas para você aproveitar o melhor delas, é preciso estar ciente do novo sentido e da amplitude que a Gestão de Projetos conquista no mercado.
Gostou do conteúdo? Te ajudou a projetar sua carreira como GP? Esperamos que sim!
Até o próximo artigo! :)
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