Na mesma velocidade em que a inovação avança, crescem também os perigos no mundo digital. As ferramentas tecnológicas, com base na Inteligência Artificial, como é o caso do famoso ChatGPT, estão entre as inovações que mais têm revolucionado as formas de produção e comunicação no mundo atualmente.
Junto com essa potência toda de transformar cenários e impulsionar negócios, chegam também ameaças maiores de ataques cibernéticos.
Isso porque a Inteligência Artificial tanto pode servir para o desenvolvimento de ferramentas colaborativas nos processos, como servir de instrumento de hackers.
Sendo assim, quando olhamos para empresas e a gestão de projetos, a segurança da informação ganha visibilidade e passa a ser uma prática fundamental para proteção de dados e para que as tecnologias disponíveis não sejam uma ameaça, mas sim uma aliada.
Quer entender mais sobre ChatGPT e cibersegurança? Então, siga com a leitura deste artigo que preparamos.
Bem, para começar, vamos falar sobre o que é o ChatGPT. A sigla se refere ao termo “Generative Pre-Trained Transformer”, que é um modelo de linguagem baseado na aprendizagem profunda – ou deep learning – um braço da Inteligência Artificial.
A ferramenta foi desenvolvida em 2019 pela empresa norte-americana OpenAI, que funciona como um laboratório de pesquisa em IA.
Dessa forma, o ChatGPT foi desenvolvido com os recursos da Inteligência Artificial e, na prática, a plataforma utiliza um algoritmo baseado em redes neurais, que permitem gerar uma conversa com o usuário, por meio do processamento de um imenso volume de dados.
Com isso, o ChatGPT tem feito muito barulho, pois sua tecnologia se apoia em milhares de exemplos de linguagem humana, transformando os dados coletados em textos mais humanizados.
Uma pergunta sobre um tema qualquer, dos mais variados assuntos possíveis, e o resultado vem em um texto estruturado. É um robô gerando conteúdo, que busca se aproximar ao máximo de uma criação humana.
Uma pergunta sobre um tema qualquer, dos mais variados assuntos possíveis, e o resultado vem em um texto estruturado. É um robô gerando conteúdo, que busca se aproximar ao máximo de uma criação humana.
Como falamos acima, o ChatGPT é uma ferramenta criada por meio da Inteligência Artificial (IA) e mostra como essa tecnologia tem evoluído, permitindo, assim, uma conversa bem mais natural entre pessoas e máquinas.
No entanto, é justamente essa aproximação com a linguagem humana que nos leva a pensar, cada vez mais, sobre a segurança on-line, já que a IA pode ser um instrumento de impactos negativos nas mãos de hackers, por exemplo.
Nesse sentido, pessoas mal-intencionadas podem fazer uso do ChatGPT para cometer crimes cibernéticos, como:
Desse modo, o desafio que envolve o ChatGPT e a segurança da informação está na possibilidade de hackers usarem a Inteligência Artificial para desenvolver ameaças cibernéticas mais sofisticadas, como o último item, os chamados e-mails de phishing (e-mails enganosos) realistas, que podem servir para roubar dados pessoais ou acessar contas on-line.
Ou seja, a mesma tecnologia da Inteligência Artificial que pode contribuir com a reunião de dados e a distribuição de informação pode, também, ser utilizada para aplicar golpes cibernéticos.
Temos aí um embate da inovação e esse antagonismo nos pede atenção e iniciativas de cibersegurança em ambientes comerciais, empresariais e até mesmo domésticos.
Diante das questões colocadas, vale destacar a necessidade da relação cada vez mais afinada e próxima entre IA e segurança da informação. A segurança da informação é um conjunto de ações e estratégias que visam proteger os dados produzidos e armazenados em uma empresa.
Dessa maneira, para o Security Design Lab (SDL), rede global de pesquisa e desenvolvimento de cibersegurança, com operação na América do Sul e Europa, a Inteligência Artificial e a Segurança Cibernética estão trilhando caminhos de integração e a convivência entre ambas será inevitável.
Um fato que ilustra essa integração é a Microsoft, parceira da OpenAI, criadora do GhatGPT: enquanto anunciou a injeção de bilhões de dólares na evolução da ferramenta, fez, ao mesmo tempo, um anúncio de que irá dobrar o investimento em pesquisa e desenvolvimento em segurança cibernética, para cifras na casa de US$ 20 bilhões.
Ou seja, do mesmo modo que se investe na tecnologia para seu aprimoramento, é preciso investir em ferramentas capazes de fazer a sua proteção.
Uma evolução chama a outra e é preciso compreender que, hoje em dia, a segurança da informação não se trata apenas de fazer uso de um antivírus mais.
Depois de percorrido esse caminho para compreender o ChatGPT e sua relação com ataques cibernéticos, chegamos ao uso da Inteligência Artificial na gestão de projetos e em empresas, além do medo de um roubo de dados estratégicos.
Bem, como falamos anteriormente, é fundamental pensar em ações de segurança da informação, que envolvam boas práticas e políticas, chamadas de compliance, com foco em controlar os riscos e evitar qualquer tipo de ameaça à integridade, à confidencialidade, à disponibilidade e à autenticidade dos dados.
No entanto, o consultor da Fundação Vanzolini, José Finocchio, especialista em temas de gerenciamento de projetos, programas e portfólio, alerta que o ChatGPT não vai “roubar” as informações da maneira tradicional, como estávamos acostumados.
“A lógica do ChatGPT é uma lógica completamente diferente da lógica computacional que a gente está acostumado até hoje. O ChatGPT constrói uma rede neural, ou seja, mimetiza o cérebro humano. Assim, ele faz uma leitura da internet e vai fazendo conexões de dados e conceitos. Ele aprende com sua empresa, ele aprende com o conhecimento humano. Então, o computador, hoje, interpreta semanticamente as informações e te rouba. Desse modo, a segurança da informação também precisa mudar sua lógica para poder dar conta”, explica.
Ainda de acordo com o professor, mesmo que a empresa não permita o uso do ChatGPT na gestão de projetos, isso não significa que ela não poderá sofrer com os ataques cibernéticos.
“Não adianta dizer que não pode usar o ChatGPT, pois ele te “ouve” pelo celular, pela televisão, ele te lê pelas suas falas e vai captando as informações. E, além de ouvir, ele te compreende semanticamente. Esta é a evolução da Inteligência Artificial que atua pela comunicação natural”, ressalta Finocchio.
Portanto, diante dessa mudança na interpretação dos dados, da lógica por trás da ferramenta de IA e por todo o cenário digital atual, a segurança da informação tem novos – e mais difíceis – desafios para enfrentar diante da evolução da IA.
Então, a IA também deve evoluir em favor de mecanismos de cibersegurança, para colaborar com a proteção de empresas, projetos e pessoas no mundo virtual.
Por fim, vale pontuar que, na gestão de projetos, o uso adequado do ChatGPT pode tornar alguns processos mais ágeis e colaborar com a evolução da ideia. Além disso, é importante ressaltar que seu uso não significa, necessariamente, colocar os dados em risco.
Assista ao webinar completo agora mesmo para entender de que forma as Inteligências Artificiais, como o ChatGPT, estão revolucionando o gerenciamento de projetos.
Neste webinar, apresentamos uma das mais importantes transições da história da computação, que permite a utilização da linguagem natural para aliviar a carga de trabalho dos gerentes de projetos, ampliando suas habilidades:[vc_video link=”https://www.youtube.com/watch?v=Nkv5dgR9c18″]Este conteúdo foi útil para você? A Fundação Vanzolini oferece cursos com especialistas na área para você ampliar o seu repertório sobre o assunto e transformar a sua carreira.
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Até o próximo!