As transformações globais vêm impulsionando uma mudança significativa nos negócios. Nesse cenário, uma visão mais abrangente e sustentável tem ganhado cada vez mais espaço nas organizações. Com isso, as práticas de ESG (Ambiental, Social e Governança) nas empresas deixaram de ser um diferencial e passaram a ser essenciais.
Para mensurar essas ações, os indicadores ESG, surgem como ferramentas estratégicas para apontar metas e resultados financeiros e também para avaliar a competitividade e a resiliência das empresas no longo prazo.
Preparamos este artigo para desmistificar o papel desses indicadores, demonstrando como eles transcendem a mera conformidade, influenciando diretamente na atração de investimentos, na reputação institucional, na gestão de riscos e na longevidade empresarial. Acompanhe!
Mudanças climáticas, eventos extremos, escassez de recursos naturais. O mundo clama por mudanças na forma de viver, produzir, consumir e trabalhar. E os esforços devem partir de todas as esferas da sociedade, sobretudo dos governos e organizações.
As exigências cada vez maiores por sistemas sustentáveis têm feito com que a ESG deixe de ser uma tendência, um diferencial de uma marca, para se tornar uma necessidade estratégica das empresas.
Os negócios estão se dando conta de que o sucesso sustentável vai além da responsabilidade socioambiental, é também uma forma de estar preparado para as crises mundiais.
Assim, as empresas estão reconhecendo que a adoção de estratégias sustentáveis não é apenas uma questão de responsabilidade social, mas de retornos e benefícios econômicos associados a essas práticas.
De acordo com dados da B3, a Bolsa de Valores brasileira, a adoção de práticas ESG entre as empresas listadas tem experimentado um crescimento notável. Em 2021, aproximadamente 30% das empresas listadas já haviam incorporado algum aspecto de ESG em suas operações. Esse número saltou para mais de 70% até o final de 2023. Para 2024, a projeção era de mais de 90%.
Além disso, um estudo realizado pela McKinsey & Company demonstrou uma correlação positiva entre práticas ESG robustas e desempenho financeiro.
Segundo o artigo que cita a pesquisa, publicado na Plataforma RH, “empresas que adotam medidas sólidas de governança, promovem a diversidade e inclusão, e implementam estratégias ambientalmente sustentáveis, frequentemente superam seus concorrentes em termos de rentabilidade a longo prazo”.
A tendência das empresas é também reflexo de uma tendência do mercado. Uma pesquisa, realizada pela Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados, divulgada em setembro de 2024, revelou que 19% dos consumidores brasileiros consideram as práticas de ESG como um dos três principais pilares para a boa reputação de uma marca. A pesquisa aponta que o contrário, ou seja, a ausência de práticas ESG é o fator mais impactante para uma avaliação negativa das empresas (26% dos entrevistados).
Diante desse cenário, as organizações podem contar com indicadores ESG para que sua atuação sustentável possa ser medida, analisada, avaliada e aperfeiçoada.
Os indicadores ESG são métricas que avaliam o desempenho de uma empresa em três pilares fundamentais. Veja qual o foco de cada um:
E – Quanto a empresa impacta o meio ambiente?
S – Como a empresa impacta a comunidade?
G – Como a empresa impacta as pessoas?
Como sua empresa responde a essas perguntas?
Além disso, uma estratégia de ESG completa observa, além dos impactos que a empresa gera sobre o seu entorno (meio ambiente, sociedade e economia), também quais os impactos que o contexto gera sobre a empresa e também o quanto as problemáticas ambientais e sociais são capazes de impactar o desempenho econômico da empresa, sua estratégia e seu relacionamento com a comunidade.
Segundo a pesquisa Avanços e Desafios: A Maturidade ESG nas Empresas Brasileiras 2024”, realizada pela Nexus em parceria com a Beon ESG, 51% das empresas brasileiras têm estratégias de sustentabilidade. O volume representa um crescimento de 14 pontos em relação a 2021.
Outro dado relevante é a alta de 10 pontos percentuais da existência de estrutura ESG nas empresas, de 29% para 39% no mesmo período de comparação.
Mas é importante entender que essa ascensão da ESG não é um fenômeno isolado, mas sim o reflexo de mudanças profundas no mercado e na sociedade:
Cada vez mais, os investidores buscam empresas com práticas ESG sólidas, enxergando nelas um menor risco e um maior potencial de valorização a longo prazo.
Dados do Estudo Global do Consumidor da IBM: Ações de Sustentabilidade Podem Falar Mais Alto que a Intenção mostram que 49% dos consumidores pagaram mais caro por produtos classificados como sustentáveis nos últimos 12 meses, enquanto 59% dos consumidores já estão dispostos a boicotar as marcas que não agirem em relação às mudanças climáticas.
Uma falha em qualquer um dos pilares ESG pode acarretar em sérios danos à reputação da empresa, resultando em perda de clientes, desvalorização de ações e dificuldades em atrair e reter talentos. Por outro lado, um forte desempenho ESG fortalece a marca, construindo confiança e lealdade.
O mercado global está cada vez mais impulsionado por pressões regulatórias, que exigem maior transparência e responsabilidade das empresas. Além disso, as cadeias de valor sustentáveis estão se tornando um pré-requisito, com empresas cobrando de seus fornecedores o alinhamento com os princípios ESG. A não adaptação a essas tendências pode significar a perda de competitividade, perda de talentos e a exclusão de mercados importantes.
Para finalizar, é importante entender que os indicadores ESG transcenderam a esfera do discurso e da propaganda bonita e se consolidaram como pilares essenciais da estratégia das empresas modernas.A capacidade de medir, gerenciar e evoluir continuamente com base nesses indicadores é o que distingue as empresas preparadas para o futuro.
O ESG não é um modismo passageiro, mas sim um posicionamento e uma ação essenciais de médio e longo prazo, que garantem não apenas a sustentabilidade financeira, mas também o impacto positivo no planeta e na sociedade.
Portanto, empresas que abraçam o ESG com seriedade estão construindo um legado de valor, resiliência e inovação.
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Veja a seguir quais são eles e se aprofunde no tema:
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Fontes:
Maturidade ESG avança nas empresas brasileiras e 51% têm estratégia de sustentabilidade
IBM Global Consumer Study: Sustainability Actions Can Speak Louder Than Intent
2024: O ano do ESG no Brasil em 5 pontos
Consultoria em sustentabilidade: definindo a ‘década da ação’
ESG transforma reputação e marcas no mercado global
ESG: como a Sustentabilidade e a Governança moldam a reputação das empresas