Como elaborar um planejamento estratégico empresarial
O planejamento estratégico é fundamental para que as empresas definam seus objetivos, metas e propósitos no presente e se preparem para o futuro.
Do mesmo modo, é primordial conhecer as ferramentas e práticas necessárias para que o planejamento estratégico seja elaborado e executado de forma eficaz. Vamos abordá-las neste texto.
Desejamos uma boa leitura!
Planejamento estratégico: da análise do
negócio ao estudo dos resultado
Missão, Visão e Valores
São definições do que consiste a empresa, quais são suas razões de existir, por quais meios ela vai existir e quais são seus objetivos de longo prazo.
- Missão: Razão da existência da empresa;
- Visão: Onde a empresa quer chegar e o que quer ser;
- Valores: Princípios e meios pelos quais vai atuar.
Essas informações devem estar disponíveis para todos os funcionários da organização, de forma que todos tenham consciência sobre elas e saibam o seu papel, para que elas sejam cumpridas.
Importância da análise dos ambientes interno e externo
Para um planejamento estratégico bem-sucedido, é essencial considerar o ambiente em que a empresa está inserida, seu mercado, fatores competitivos, diferenciais, concorrentes, barreiras de entrada e de saída etc.
Tudo isso vai influenciar no posicionamento da empresa e em seus processos, de maneiras diretas ou indiretas. Para isso, existem algumas ferramentas disponíveis:
Análise SWOT
A sigla SWOT (ou FOFA) significa Strength (Forças), Weakness (Fraquezas), Opportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças). As Forças e as Fraquezas estão associadas ao ambiente interno da empresa. Já as Oportunidades e as Ameaças estão associadas a fatores externos.
Por exemplo:
S – Forças: Valor de marca, confiabilidade, produtos e serviços personalizados, preço competitivo, qualidade na entrega, logística etc.
W – Fraquezas: Funcionários desmotivados, lentidão nos processos, falta de know-how, finanças instáveis etc.
O – Oportunidades: Falta de concorrência, nicho lucrativo, tecnologia única, novidades no mercado, incentivos econômicos etc.
T – Ameaças: Muita concorrência, impostos mais altos, crises políticas e econômicas, fatores ambientais etc
Análise setorial
A análise setorial é feita ao se identificar tendências que possam ter impacto nos negócios, o que possibilita avaliar o contexto econômico em que uma empresa está atuando, além de avaliar suas oportunidades, fraquezas, concorrência, fatores de risco e o desempenho dos setores.
A análise fatorial estuda:
- Mercado;
- Concorrência;
- Público-alvo;
- Demandas pelo que está sendo oferecido
Normalmente, a análise setorial é feita por equipes de Marketing e seus principais objetivos são entender a situação atual da empresa, potenciais de mudança, características do seu setor de atuação e como ela pode ser adequar a ele com relação aos seguintes fatores:
- Forças e fraquezas da empresa;
- Oportunidades de vendas, negócios e parcerias;
- Tendência e novidades;
- Novas descobertas não antes mapeadas com relação à oferta de produtos e serviços, processos, legislações, oportunidades de investimento etc.
As 5 forças de Porter
Criada pelo professor de Harvard, Michael Porter, em 1979, a ferramenta se tornou uma das mais importantes para analisar o potencial de um certo mercado, bem como suas características em termos de competitividade e clientela. São elas:
Ameaça de substitutos
Refere-se à chance de seus clientes encontrarem um produto ou serviço que atenda à necessidade deles e que seja diferente do seu. Isso está diretamente ligado à necessidade de existir diferenciais que evitem essa substituição. Esses diferenciais podem estar ligados tanto à qualidade do que está sendo ofertado, como com relação ao custo, entrega, atendimento, interação etc.
Ameaça de novos entrantes
A chegada de um novo player pode afetar toda a posição de uma empresa. É preciso estudar, então, o que é necessário para conseguir uma posição no seu segmento de mercado, quais são as barreiras de entrada, quais são os diferenciais que o colocam à frente de uma possível nova concorrência, o quão atrativo é o seu segmento de mercado aos olhos da concorrência em potencial, entre outros fatores.
Poder de barganha do cliente
Quão importante é o cliente para você e quão importante você é para ele? Se o cliente tem um ticket médio alto e relevante para você, ele vai saber disso, e poderá barganhar por preço menores, sob ameaça de trocar seus produtos e serviços pelo da concorrência.
Além disso, deve-se analisar como o cliente enxerga o que você oferece a ele. Se ele vê um alto valor no que está sendo ofertado e bons diferenciais com relação à concorrência, provavelmente vai estar disposto a pagar o preço por aquilo e até demonstrar fidelidade perante a sua empresa, comprando apenas de você. Porém, caso não enxergue tanta diferença perante a concorrência, poderá barganhar ou também lhe substituir, como foi falado.
Poder de barganha do fornecedor
Aqui se aplica o mesmo princípio da força anterior. Se você tiver apenas um fornecedor, este vai poder negociar preços e prazos de forma mais agressiva com você, pois você terá uma alta dependência dele.
Por outro lado, se você tiver muitos fornecedores e fazer encomendas de altos e relevantes valores para eles, poderá também negociar sob seus próprios termos.
Concorrência
Para essa força é importante analisar o número de players no mercado em questão, como eles competem, quais são suas vantagens competitivas perante a eles, quais são as vantagens competitivas deles comparado ao que você oferece, como as marcas se posicionam aos olhos do cliente, em que cada oferta se difere etc.
A importância dos KPI’s
KPI’s, ou Key Performance Indicators, são fundamentais para se planejar e gerenciar um negócio. Servem para medir o desempenho e influências de cada ação feita pela empresa.
Ou seja, eles mensuram, em valores quantitativos, os seus principais processos internos, permitindo um melhor acompanhamento e gestão de cada etapa, apontando os ajustes necessários para que a empresa tenha uma performance cada vez melhor.
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