Fundação Vanzolini

Uma reflexão mais profunda sobre a sustentabilidade começou na década de 1990. Dentre outros eventos, foi nessa época que John Elkington introduziu o conceito conhecido como “Triple Bottom Line” (ou “Tripé da Sustentabilidade”), cuja ideia principal foi a ênfase na importância de considerar não apenas os resultados financeiros, mas também os impactos sociais e ambientais das organizações.

Uma vez iniciada a materialização do conceito de sustentabilidade e gestão sustentável, começa-se a busca de como estabelecer, medir e assegurar essa qualidade a uma organização ou seus produtos.

Sendo o setor de construção civil um dos maiores causadores de impactos ao meio ambiente, não é surpresa ter sido logo incluído na discussão sobre sustentabilidade, já durante esse período. 

Em 1996, foi criada na França a Associação HQETM (HQETM: Haute Qualité Environnementale), com o objetivo de reunir as partes interessadas para criar uma linguagem comum de conceitos e critérios e fornecer a referência que foi, mais tarde, chamada de “processo HQETM”.

O “processo HQETM” foi definido em 14 categorias, que deveriam ser consideradas para o desenvolvimento sustentável numa construção.  Nesse momento, essas quatorze categorias do processo HQETM foram divididas em quatro famílias:

Eco-construção

  1. Edifício e seu entorno
  2. Materiais
  3. Canteiro de obras

Eco-Gestão

  1. Energia
  2. Água
  3. Resíduos
  4. Manutenção

Conforto

  1. Conforto higrotérmico
  2. Conforto acústico
  3. Conforto visual
  4. Conforto olfativo

Saúde

  1. Qualidade dos ambientes
  2. Qualidade do ar
  3. Qualidade da água

Já na década de 2000, a ideia de “sustentabilidade” continua a crescer conjuntamente a conceitos como o do ESG (Environmental, Social and Governance), que enfatiza a integração de critérios ambientais, sociais e de governança nos processos de tomada de decisão empresarial.

Nesse contexto, a Certificação HQETM já se alinhava perfeitamente, promovendo padrões rigorosos nessas três dimensões.

No ano de 2002, com participação ativa das partes interessadas, o conceito do “processo HQETM foi utilizado para a criação de um processo de certificação, com requisitos para edifícios em cada uma das 14 categorias, levando a criação da primeira versão do referencial “Qualidade Ambiental do Edifício” (QAE). 

Esse foi o início da certificação HQETM (Haute Qualité Environnementale), um exemplo paradigmático da evolução da sustentabilidade, traçando uma trajetória que reflete, além dos avanços na construção sustentável, o amadurecimento da consciência ambiental global.

Globalização da Certificação HQETM e o caso Brasileiro

No Brasil, a busca por soluções sustentáveis na construção civil cresceu consideravelmente nas últimas décadas, em sintonia com a conscientização global sobre a urgência das práticas ecologicamente e socialmente responsáveis.

No início dos anos 2000, a Fundação Vanzolini identificou essa necessidade e realizou um estudo de todas as certificações existentes voltadas aos edifícios sustentáveis. De tal pesquisa, conclui-se que a Certificação HQETM é a certificação mais adequada para o Brasil, sendo apontados como alguns de seus principais pontos fortes:

Auditorias de terceira parte presenciais nas etapas-chave do empreendimento (fases pré-projeto, projeto e execução)

Na época chamávamos as três fases de programa, projeto e realização. Essas auditorias realizadas em momentos cruciais no desenvolvimento do empreendimento auxiliam até hoje na gestão dos projetos. As auditorias de 3ª parte também trazem maior confiabilidade nos resultados e incentivam a melhoria contínua da atividade de incorporadoras e ou construtoras.

Requisitos de sistema de gestão

Apesar do foco da certificação ser o desempenho das edificações, avaliar o sistema de gestão permite que os empreendedores tenham um maior controle de seus processos.

Requisitos de desempenho

Desde as primeiras versões, a certificação HQETM leva em conta a variedade de soluções técnicas e arquitetônicas, que contribuem para o desempenho das edificações. Aqui vale ressaltar que, na época, os franceses foram pioneiros no desenvolvimento do próprio conceito de desempenho aplicado a edifícios, o qual é, hoje, no Brasil, tão largamente aplicado nas avaliações dessa mesma natureza, conforme NBR15575.

Respeito e interesse nas preocupações locais

Um dos objetivos da primeira versão AQUA-HQETM, de 2007, era realizar aplicações piloto da certificação HQETM fora da França e analisar a sua aderência.

Considerando esses e outros fatores, em 2007, a Fundação Vanzolini estabeleceu um contrato de cooperação com o Certivéa, organismo responsável pela certificação do “processo HQETM” para edifícios não residenciais na França.

Após um trabalho de quase um ano para criar um referencial de certificação adequado ao Brasil, a Fundação Vanzolini, em parceria com a Escola Politécnica da USP, publicou a primeira versão do “Processo AQUA” (Alta Qualidade Ambiental).

A partir de então, foram publicados vários referenciais de certificação AQUA. Dentre esses eventos, destaca-se o ano de 2010, quando a Fundação Vanzolini, em parceria com o Qualitel-Cerqual, lançou a primeira versão do Referencial de Certificação AQUA para edifícios residenciais.

Em 2013 foi lançado o “HQETM International”, a 2ª geração da certificação HQETM. Neste trabalho, foi considerado os anos de experiência na França, no Brasil e em outros países.

Na época, já havia mais de 300 edifícios certificados AQUA no Brasil, assim, foi possível caracterizar quais critérios eram globais – requisitos comuns independentemente de qual país a certificação será aplicada e quais os critérios locais – requisitos que os aspectos locais, tais como cultura, clima e normalização têm um impacto relevante.

Nesse momento, as 14 categorias se mantiveram, porém, foram reorganizadas em quatro temas:

EDIFÍCIOS RESIDENCIAISEDIFÍCIOS NÃO RESIDENCIAIS
ENERGIA E ECONOMIAS4. EnergiaENERGIA4. Energia
5. ÁguaMEIO AMBIENTE1. Edifício e seu entorno
7. Manutenção2. Materiais
MEIO AMBIENTE1. Edifício e seu entorno3. Canteiro de obras
2. Materiais5. Água
3. Canteiro de obras6. Resíduos
6. Resíduos7. Manutenção
SAÚDE E SEGURANÇA12. Qualidade dos ambientesSAÚDE12. Qualidade dos ambientes
13. Qualidade do ar13. Qualidade do ar
14. Qualidade da água14. Qualidade da água
CONFORTO8. Conforto higrotérmicoCONFORTO8. Conforto higrotérmico
9. Conforto acústico9. Conforto acústico
10. Conforto visual10. Conforto visual
11. Conforto olfativo11. Conforto olfativo

Além das atualizações dos Referenciais de Certificação para edifícios, outros esquemas de certificação foram lançados.

Planejamento Urbano foi lançado em 2010 na França e em 2011 no Brasil, nele foram estabelecidos 17 temas, em vez das 14 categorias. Em 2015, foi publicado o Referencial de Certificação para Infraestrutura Portuária, que contém 15 categorias, e, em 2019, a Fundação Vanzolini publicou a certificação AQUA-HQETM para Infraestruturas.

A Evolução da Certificação HQETM e AQUA-HQETM em sintonia com os ODS da ONU

Em 2015, a ONU (Organização das Nações Unidas) propôs aos seus países membros uma nova agenda de desenvolvimento sustentável para os próximos 15 anos, a Agenda 2030, composta pelos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Em linhas gerais, os ODS estabelecem metas globais ambiciosas, para abordar questões como saúde e bem-estar, cidades e comunidades inteligentes, água potável e saneamento, energia limpa, trabalho decente, indústria, inovação, consumo e produção responsáveis, ação contra a mudança climática, vida na água e vida terrestre, paz e parcerias.

É possível correlacionar temas da agenda global de forma bastante estreita com os critérios da Certificação AQUA-HQETM, demonstrando o seu alinhamento com os interesses internacionais e sua atualidade. 

Ao incorporar critérios específicos em conformidade com esses objetivos globais, a Certificação AQUA-HQETM tornou-se um instrumento prático para que edificações e empreendimentos contribuam de forma positiva para a consecução dos ODS.

Em harmonia com os ODS, a nova revisão do AQUA-HQETM 2024 foi estruturada com base em uma abordagem que traz inovação e uma visão global multicritério, em torno de 4 compromissos inseparáveis:

Isso significa que, a partir de 2024, todos os Referenciais de Certificação AQUA-HQETM terão os mesmos quatro compromissos como estrutura que se desdobram em categorias.

Como conclusão, a Certificação HQETM é uma demonstração da progressiva conscientização global sobre a necessidade de práticas sustentáveis na construção. França e Brasil, cada um à sua maneira, desempenham papéis significativos nessa trajetória, contribuindo para um futuro mais sustentável e equilibrado.

A história da Certificação AQUA-HQETM é, portanto, um capítulo fascinante na narrativa da busca por um mundo mais verde e sustentável, integrando-se de maneira notável com datas-chave na evolução da sustentabilidade global.

Caso seja de interesse, também recomendamos a leitura do nossos E-books:

Por Felipe Queiroz Coelho, responsável técnico pela certificação AQUA-HQETM e auditor líder na certificação AQUA-HQETM.

Revisado por Bianca Bonachela de Oliveira.

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Um selo que atesta a preocupação com o meio ambiente, um selo que fala sobre a responsabilidade de construir o presente e pensar no agora e no futuro, isto é, sustentabilidade ambiental, social e econômico.

Este selo é a certificação AQUA-HQE™, também chamado de “selo verde”, que chancela empreendimentos imobiliários – residenciais e comerciais – como sendo construções alinhadas às atuais demandas ambientais e sociais.

Dessa maneira, no mundo de tantas mudanças digitais e tecnológicas, estamos diante de uma transformação no olhar da construção civil, que passa a usar novas lentes, na busca por soluções práticas mais conscientes, sustentáveis e inclusivas.

Nesse sentido, temos a certificação AQUA-HQE™, que pode ser compreendida como uma estratégia de sustentabilidade que extrapola os grandes empreendimentos e chega às construções de casas e prédios.

Então, quer saber mais sobre a certificação AQUA-HQE™ e quais aspectos técnicos ela considera para a garantia de uma construção verde? Acompanhe a leitura deste artigo!

Construção civil, impactos ambientais e certificações

Para começar, é importante compreender o cenário e os impactos ambientais produzidos pela construção civil atualmente, mostrando, assim, como é urgente olhar para as questões ligadas à sustentabilidade.

Bem, cerca de 35% do volume total de recursos naturais empregados no setor produtivo é consumido pela construção civil. Segundo dados do Balanço Energético Nacional (BRASIL, 2008), os edifícios brasileiros consomem cerca de 45% do total da energia elétrica produzida.

Já em relação aos resíduos, os materiais descartados pela construção e demolição constituem de 41% a 70% da massa dos resíduos sólidos urbanos. Além disso, pesquisadores apontam impactos sonoros e visuais, além da poluição do ar, gerados durante a execução de obras.

Dessa forma, como contraponto aos efeitos causados pela construção civil, algumas iniciativas que tratam de diretrizes e requisitos com soluções sustentáveis vêm sendo tomadas com o objetivo de reduzir os impactos ambientais do setor e colaborar para uma tomada de consciência social.

No Brasil, a certificação ambiental de prédios tem ganhado impulso e é tida pelos responsáveis do setor da construção civil como uma estratégia e uma condição importantes para posicionamento e competitividade no mercado.

Assim, o primeiro sistema de certificação ambiental de edifícios brasileiro para o setor da construção civil foi criado em 2008, o  Referencial Técnico de Certificação: edifícios do setor de serviços, sistema Alta Qualidade Ambiental (AQUA), da Fundação Vanzolini.

O que é a certificação AQUA-HQE™?

A certificação AQUA-HQE™, lançada em 2008, é baseada na renomada norma francesa Démarche HQE™.

Hoje é a norma que mais atende à realidade do Brasil, pois mesmo tendo referenciais técnicos estrangeiros, as documentações da certificação AQUA-HQE™ foram adaptadas, em 2007, pela Fundação Vanzolini, em parceria com a Escola Politécnica da USP, levando em consideração a cultura, o clima, as normas técnicas e as regulamentações brasileiras.

Além disso, desde 2014, o HQE™ possui referenciais técnicos de nível internacional que levam em conta a experiência brasileira.

Mas, do que é feita a certificação AQUA-HQE™? Bem, ela é composta de mais de 270 requisitos e etapas com foco em promover um melhor aproveitamento de materiais nas etapas da construção, evitar desperdícios e reduzir o consumo de energia e água, entre outros impactos fundamentais que geram impactos positivos tanto para os empresários e profissionais da construção civil como para os futuros moradores.

Dessa maneira, atualmente, existem mais de 230 mil projetos já certificados no mundo e, no Brasil, são mais de 14 milhões de m² construídos com selo AQUA-HQE™ no projeto.

Por aqui, o destaque vai para a cidade de São Paulo, que conta com 206 dos 455 edifícios certificados no país. Eles estão localizados, especialmente, no bairro da Vila Mariana, onde se concentram 23 construções entregues ou em processo de certificação.

Portanto, ​​o selo AQUA-HQE™ propõe um novo olhar para a sustentabilidade nas construções brasileiras, aperfeiçoando práticas, seguindo regulamentações nacionais e visando sempre a melhoria contínua de desempenho.

Quais os benefícios da certificação AQUA-HQE™ para construções, construtores, moradores, frequentadores e meio ambiente?

Antes de destacar os aspectos técnicos considerados pela norma AQUA-HQE™ para uma construção sustentável, vale destacar as vantagens da certificação para todas as pessoas envolvidas. Lembrando que o selo AQUA-HQE™ pode ser aplicado em casas residenciais, condomínios, prédios comerciais, escolas e outros espaços privados ou coletivos.

Para o empreendedor:

Para os moradores e frequentadores:

Para a sociedade em geral e para o meio ambiente:

Aspectos técnicos da certificação AQUA-HQE™ 

Desse modo, para que os benefícios possam ser desfrutados por todos, é fundamental que a construção de prédios e casas esteja alinhada com os requisitos da certificação AQUA-HQE™ e com os aspectos técnicos que ela preconiza. Entre eles, podemos destacar:

A certificação AQUA-HQE™ na prática: Residência Verde

Vamos agora para um exemplo prático da norma AQUA-HQE™. Trata-se da Residência Verde, localizada em Piracicaba, uma edificação concebida e programada em todos os detalhes para proporcionar o máximo de conforto e saúde, minimizando o impacto no ecossistema local.

A casa, construída em um condomínio, atendeu aos critérios do referencial técnico da certificação AQUA-HQE™, citados acima, ao longo de todo o processo de concepção do projeto, levando em conta as necessidades dos usuários, o contexto da casa, seu entorno e a gestão integrada do empreendimento.

Nesse sentido, a Residência Verde conta com soluções sustentáveis que reduzem o consumo de energia elétrica, água, recursos naturais e de emissão de gases efeito estufa, poluentes aéreos, líquidos e sólidos.

Assim, o projeto conta com aquecimento da água de banho com sistemas de aquecimento solar e utilização de energia fotovoltaica – tecnologias que ajudam a mitigar a emissão de CO² e a reduzir o valor da conta de energia.

Além disso, a gestão ecológica da água será feita por meio de reservatórios com filtros que captam água da chuva  e propiciam o reuso na irrigação de áreas verdes e abastecimento das bacias sanitárias.

A combinação dessas estratégias deve garantir uma redução de 46% no consumo de água potável. Outra iniciativa está relacionada ao tratamento de esgoto da residência, que passará por um biodigestor antes de ser lançado na rede pública.

A acessibilidade, como requisito da norma, também esteve presente no projeto na Residência Verde.

A edificação foi programada para se adequar às etapas e necessidades do envelhecimento e, como exemplo, há a leve rampa na frente do lote calculada conforme a Norma de Acessibilidade ABNT NBR 9050, que possibilita o acesso universal a todos os locais, inclusive ao jardim.

Portanto, seguir os processos da certificação AQUA-HQE™ e aplicar as práticas de construção citadas são as lentes que olham de forma holística para o projeto e resultam em economia para o usuário e para a cidade, e geram impactos positivos ao meio ambiente.

A Fundação Vanzolini é a única entidade no país que aplica a certificação AQUA-HQE™

Em parceria com a Cerway, órgão certificador responsável pelas normas da marca HQE™, a Fundação Vanzolini aplica com exclusividade a certificação AQUA-HQE™ no Brasil.

A instituição foi a responsável pela adequação da norma francesa para a realidade brasileira, como citamos anteriormente e, desde 2008, realiza auditorias em construções para garantir que os parâmetros de Gestão e Qualidade Ambiental sejam cumpridos e efetivados, alcançando, assim, o maior nível de sustentabilidade possível.

A Fundação Vanzolini, inclusive, foi responsável pela certificação AQUA-HQE™ da Residência Verde.

Por isso, se você também quer implementar a certificação em seu empreendimento residencial ou comercial, entre em contato com a Fundação Vanzolini e saiba como obter o selo de alta qualidade ambiental para seus projetos.

Fonte:
A certificação de desempenho ambiental de prédios: exigências usuais e novas atividades na gestão da construção

Uma gestão sustentável diz respeito a boas práticas de empresas que se preocupam com seus impactos no meio ambiente, na sociedade e nas demais esferas que influenciam.

Essas ações não devem ser somente pautadas nas leis e nas regras impostas, mas devem ser genuínas e proativas, pois, além de garantir a perenidade do planeta, acarretam inúmeros benefícios para as organizações, inclusive na lucratividade.

Vamos falar mais sobre os desafios e oportunidades de se promover a sustentabilidade na gestão de operações nas empresas. Desejamos uma boa leitura!

Principais desafios para gestão sustentável

Para começar a trabalhar a sustentabilidade em uma organização, primeiramente, é fundamental compreender o atual posicionamento de uma empresa. Deve-se analisar a cadeia de produção, seus impactos ao meio ambiente, à sociedade e aos demais stakeholders que influencia.

Dessa forma, é possível ter insights sobre como criar um sistema produtivo sustentável e como mantê-lo.

Compreender a proporção de responsabilidade

Uma empresa tem uma responsabilidade proporcional aos impactos e influências que gera no ambiente. Quando estamos falando de uma grande empresa, ela terá mais responsabilidades do que uma empresa de menor porte.

Grandes corporações devem assumir planos de ação mais elaborados, para que gerenciem e amenizem as consequências de suas ações para o meio ambiente de forma assertiva. Porém pequenas e médias empresas também podem e devem elaborar boas ações estratégicas nesse sentido.

Implementar uma cultura organizacional com foco em sustentabilidade

Uma empresa nada mais é do que a soma dos esforços de seus colaboradores e de todas as outras partes envolvidas. Dessa forma, faz-se necessário que todos estejam conscientes e envolvidos na intenção de construir uma organização mais sustentável.

É importante estabelecer regras e hábitos simples, mas que caminhem nesse sentido, por exemplo: uso de copos, papéis e canetas não descartáveis, conscientização sobre uso correto de água e luz etc.

É fundamental que esses hábitos não se restrinjam ao trabalho no escritório, mas que também sejam transferidos para as casas dos colaboradores.

Assim, a empresa estará ajudando a transformar a abordagem e consciência das pessoas com relação à sustentabilidade e influenciando seus hábitos, o que é muito relevante.

As perspectivas para o futuro no quesito sustentabilidade

Um estudo realizado pelo Instituto FSB e publicado no site da Exame entrevistou mais de 400 CEOs e empresários para avaliar o nível de maturidade das empresas brasileiras na gestão da sustentabilidade.

A pesquisa constatou que, embora 80% dos executivos entendam que questões sociais são importantes e presentes na estratégia de negócios, somente 22% gerenciam e acompanham temas de ESG (Environmental, Social and Governance), em português: Meio ambiente, social e de governança.

Segundo Marcelo Tokarski, sócio-diretor do Instituto FSB Pesquisa e da FSB Inteligência, o assunto sustentabilidade vem ganhando destaque em todo o mundo, no entanto, as empresas ainda têm um longo caminho a percorrer para implementar e gerenciar, de forma assertiva e eficaz, as práticas socioambientais.

Um dos desafios é partir do discurso e consciência para a prática efetiva e implementação de medidas que façam a diferença nesse sentido, Tokarski afirma.

O estudo levantou também que 60% das empresas entrevistadas não possuem nenhuma estratégia de sustentabilidade e que somente um terço dos empresários diz que o nível de importância atribuído à agenda sustentável é alto.

Segundo Danilo Maeda, Head da Beon, consultoria de ESG do grupo FSB, o estudo demonstra que existe um descompasso em relação à conscientização/intenção e a ação, de fato.

De acordo com o executivo, embora muitas organizações possuam iniciativas, poucas elaboram estratégias integradas e direcionadas, que possam, de fato, fazer a diferença em prol de um mundo mais verde.

E você, o que acha disso? Percebeu a importância da sustentabilidade para as empresas? Quer saber mais sobre o assunto? A Fundação Vanzolini oferece um curso Introdução à Sustentabilidade em Gestão de Operações, com 4h de duração, EaD gravado, para você assistir quando e onde quiser.

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Até a próxima!

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Mercados de energias renováveis, energia limpa e o papel das agências reguladoras: esses serão os temas debatidos entre especialistas no Fórum Energia e Sustentabilidade, promovido pela Fundação Vanzolini no dia 31 de março de 2022, data em que a instituição celebra seus 55 anos de existência.

No debate, participarão Rubens Ometto, presidente do Grupo Cosan; Leonam dos Santos Guimarães, presidente da Eletronuclear; e o professor doutor de Economia da Fundação Getúlio Vargas, Arthur Barrionuevo. O moderador do Fórum será o professor do Departamento de Engenharia de Produção da Poli/USP Erik Eduardo Rego, diretor de Estudos de Energia Elétrica da EPE (Empresa de Pesquisa Energética).