A Lei da Informática (Lei nº 8.2481 , de 23 de outubro 1991), foi criada com o objetivo de aumentar a capacitação tecnológica e a competitividade do setor de Informática e Automação no Brasil, propondo um modelo de incentivos fiscais relacionados a à redução do IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados).
A Lei concede subsídios (benefícios) tributários ao setor, condicionando-os para as empresas que investem em atividades de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) e Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC).
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Do bordado ao videogame, a indústria da cultura cria riqueza e gera emprego e renda. Em São Paulo, a Fundação Vanzolini desenvolveu um plano para ajudar o governo a impulsionar a Economia Criativa.
Economia criativa. Negócios baseados no capital intelectual e cultural. Atividades em que a criatividade é a matéria-prima para a produção e distribuição de bens e serviços. Cadeia produtiva baseada no conhecimento e capaz de produzir riqueza, gerar empregos e distribuir renda.
O conceito veio da Austrália em 1994 e ganhou destaque na Inglaterra três anos depois, quando o governo trabalhista concluiu que a indústria do rock faturava mais que a do minério. Desde então, entrou em foco no mundo todo e deixou claro que tem um papel estratégico no desenvolvimento de muitos países. No mercado global, a Economia Criativa movimenta meio trilhão de dólares anualmente, segundo relatório da conferência da ONU sobre comércio e desenvolvimento.
Mas, que mercado é esse? Quais são as empresas desse campo e onde se localizam? Existem regiões com vocações diferenciadas? Se a criatividade é fundamental para um negócio ser bem-sucedido, como medir a contribuição das atividades criativas para o conjunto da economia? Quais os requisitos para identificar volume, processos, serviços e produtos criativos, no universo empresarial? Como organizar as políticas públicas de fomento? O governo do Estado de São Paulo precisava de respostas, para fortalecer e ampliar a Economia Criativa em seu território.
A Economia Criativa movimenta US$ 500 bilhões anualmente, em todo o mundo. São Paulo precisava de um estudo abrangente, para orientar os investimentos e as políticas nessa área.
Em 2015, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação apresentou a demanda e a Fundação Vanzolini foi a campo. Convocou economistas e consultores, disponibilizou gestores e técnicos, pesquisou as atividades criativas mais presentes em São Paulo. Foi o início de um trabalho de muita complexidade, que selecionou 44 classes de atividades econômicas criativas, divididas em dez categorias: arquitetura e design; artes performáticas; artes visuais, plásticas e escritas; audiovisual; edição e impressão; ensino e cultura; informática; patrimônio; pesquisa e desenvolvimento; publicidade e propaganda.
Como num tabuleiro de xadrez, os movimentos desse estudo exigiam precisão. Rodadas de discussão e pesquisas. Análises de dados. Novos conhecimentos na definição do escopo das indústrias. Mais pesquisas para entender a capilaridade das “ideias produtivas”. Uma sequência de lances muito bem planejados.
A Vanzolini entrevistou representantes de associações, empresas, governo, investidores e parceiros. Qualificou e quantificou empresas. Mapeou a posição de empregos informais. Identificou vocações regionais. E avançou, apontando eixos estratégicos na formação e profissionalização dos agentes econômicos, por meio de escolas técnicas.
Sugeriu ao governo implantar um Observatório Estadual de Economia Criativa, para realizar constantemente pesquisas, análises, monitoramentos e apoiar ações. Até porque esse tipo de indústria estimula a inovação em todos os setores da economia, gera riquezas, promove o desenvolvimento inclusivo, e apoia a construção de sociedades mais colaborativas.
Gestão de Operações em cursos operacionais: o que fazemos para aumentar a satisfação dos nossos alunos e alunas?
Cursos operacionais são treinamentos específicos voltados para profissionais de uma empresa ou setor, com o objetivo de desenvolver habilidades técnicas essenciais para a execução de atividades ou funções específicas.
Esses cursos combinam conhecimentos teóricos e práticos, além de avaliações para cada módulo, garantindo a compreensão e aplicação dos conteúdos apresentados.
O público-alvo desses cursos inclui profissionais que desejam aperfeiçoar suas competências e alcançar promoções e reconhecimento profissional. Além disso, são ideais para pessoas que buscam novas oportunidades de trabalho ou recolocação no mercado.
Para otimizar processos em cursos operacionais e melhorar a eficiência, qualidade e resultados do ensino, a Fundação Vanzolini segue certas estratégias. Siga com a leitura para conhecê-las.
Conheça as oito principais:
O primeiro passo de otimização consiste na identificação e mapeamento dos processos atuais do curso, isto é, a realização de um raio-x das operações em questão. Nesse caso, deve-se avaliar a eficiência de cada processo, identificar problemáticas, desperdícios de tempo e recursos, assim como áreas de melhoria.
A grade curricular, por exemplo, é uma etapa na qual a avaliação constante torna-se indispensável, por conta da importância de manter o curso atualizado e relevante.
Já imaginou um curso de informática que ensina os alunos a mexerem no Paint em vez do Excel? Ou um curso no qual 100% das operações são feitas presencialmente, do atendimento às matrículas?
Atualmente, não é viável e não faz tanto sentido, certo? Então! A análise dos processos serve justamente para otimizar as operações e torná-las práticas, eficazes e atender às demandas atuais.
Estabelecer metas específicas a serem alcançadas auxilia na tomada de decisões assertivas e eficientes.
Nessa etapa, os gestores devem avaliar quais são os pontos com demandas urgentes de melhoria: seria a taxa de conclusão? A satisfação do aluno? A qualidade do aprendizado? E assim por diante.
Na definição de metas, vale considerar a análise dos processos, explicada no tópico acima, e propor objetivos para cada um deles, objetivando a melhoria do curso em questão.
Essa é uma dica de ouro naqueles momentos em que não se sabe por onde começar e o que priorizar como objetivo.
Instituições desatualizadas quanto aos processos de otimização tecnológica naturalmente ficam para trás. Isso porque processos repetitivos, demorados, complicados e burocráticos atrasam o andamento do aprendizado e a experiência do usuário, ou seja, do aluno.
Atualmente, as Gestões de Operações devem, por exemplo, utilizar sistemas de gerenciamento de aprendizagem (LMS) para facilitar a administração do curso, distribuição de materiais, interação entre alunos e professores e avaliação do desempenho.
A automatização de inscrições, a geração de relatórios e o feedback aos alunos são alguns dos procedimentos facilitados por ferramentas, bem como diversos outros. Use a tecnologia a seu favor!
Em 2023, o Ministério da Educação revelou, por meio de pesquisa, o aumento de 189,1% nos cursos de Ensino à Distância (EaD) nos últimos quatro anos, revelando que métodos educacionais mudam constantemente devido às novas configurações sociais e tecnológicas.
Pensando nisso, é fundamental que as instituições adotem métodos de ensino personalizados, considerando as necessidades individuais dos alunos, mas, para isso, os coordenadores devem saber quais são essas carências.
Nesse caso, recomenda-se a análise de dados para entender melhor o progresso dos alunos e adaptar o ensino de acordo com suas habilidades e interesses.
Professores são a base do ensino. Sem eles, todas as automatizações não serão relevantes no que mais importa: a qualidade de ensino. No entanto, para um aprendizado verdadeiramente efetivo, os docentes devem ser qualificados.
Oferecer treinamento regular aos instrutores sobre as melhores práticas de ensino, uso de tecnologia educacional e gestão de sala de aula são alternativas de ações eficazes.
Além disso, também é importante que esses treinamentos sejam regulares e que haja suporte contínuo aos docentes, afinal, desafios pedagógicos e atualizações de práticas, ferramentas e conteúdos estão sempre em vigor.
O feedback não deve ser negligenciado na gestão de operações, pois a prática representa o termômetro da opinião dos alunos sobre o curso e as gestões operacionais.
Desse modo, os gestores podem realizar avaliações regularmente, para identificar o nível de satisfação dos estudantes, bem como as áreas de melhoria, para assim, efetuar as medidas cabíveis. Os indicadores de desempenho são os melhores meios para isso.
Parcerias são bem-vindas para enriquecer o conteúdo do curso e melhorar a experiência de ensino do aluno. Empresas especialistas da área podem oferecer oportunidades de ensino práticas ou, quem sabe, oportunidades de emprego.
Palestras com CEOs, visitas às corporações e demais atividades colaborativas são fontes de aprendizados e possibilidades proveitosas aos alunos, portanto, incentivar colaborações e parcerias deve estar entre as prioridades da coordenação pedagógica.
Gestão operacional sem avaliação dos resultados é desperdício de potencial e atraso de sucesso. O planejamento e a execução de ações, assim como as citadas até o momento, são fundamentais, e medir o desempenho delas é indispensável.
Então, após todas as execuções, deve-se medir regularmente o desempenho do curso em relação aos objetivos estabelecidos. O que está dando certo? O que não está? O que pode ser melhorado? Quais objetivos foram alcançados?
Os questionamentos servem como uma peneira para dar continuidade aos êxitos e para ajustar estratégias ineficazes.
A Gestão de Operações não é uma tarefa fácil, mas é fundamental fazê-la corretamente, para que o curso, ou as empresas em geral, sejam competentes em seus propósitos.
Sabendo dessa importância, a Vanzolini criou o MBA em Gestão Ágil, Inovação e Liderança, uma qualificação para quem tem interesse em liderar ambientes empresariais dinâmicos e digitalizados e querem ser destaques em suas áreas. Clique no link e conheça nosso programa!
Conheça também os cursos de Operações e Processos da Fundação Vanzolini.
Fontes:
blog.caju.com.br/cultura-organizacional/otimizacao-processos-internos/
Os Negócios Sociais têm, como essência, a busca por integrar objetivos sociais e econômicos. Desse modo, as empresas consideradas sociais são aquelas criadas – ou modificadas – com o objetivo de resolver um problema social e ou ambiental, por meio do uso de mecanismos de mercado.
Partindo desses princípios, as organizações com lastro social precisam firmar parcerias sólidas, sérias e seguras, além de captar recursos para que o negócio seja viável, sustentável e tenha capacidade competitiva no mercado.
Mas quais caminhos trilhar na busca por parcerias que realmente tenham match com a proposta de negócio social? Como buscar recursos e fazer com que a empresa cumpra seu propósito? Bem, vamos falar um pouco mais sobre essas questões ao longo deste artigo. Fique com a gente!
Para começar, vale voltar um pouco na definição dos termos: Negócios Sociais e B-Corporations. Negócios Sociais são empresas que têm como foco o equilíbrio entre objetivos sociais e ou ambientais e a geração de lucro (DOBSON et al., 2018).
Desse modo, os Negócios Sociais buscam impacto socioambiental positivo por meio do próprio core business da empresa, ou seja, a atividade principal da organização deve beneficiar diretamente o meio ambiente e ou pessoas com faixa de renda mais baixas.
No entanto, vale destacar que Negócios Sociais são diferentes de ONGs, pois possuem autonomia financeira total e fazem uso de métodos de mercado para a construção de suas formas de rentabilidade financeira, que não são focadas em ações filantrópicas ou em doações vindas de outras empresas.
Outra diferença entre Negócios Sociais e ONG é a motivação para a criação das empresas, que já nascem com um objetivo claro em relação à comunidade, ao mercado e ao ambiente em que estão inseridas.
Portanto, viabilidade econômica e preocupação social e ambiental possuem a mesma importância e fazem parte do mesmo plano de negócios.
Já o conceito B-Corporations diz respeito às empresas que possuem o certificado B-Corp, criado em 2006, responsável por atestar que estas organizações respeitam os mais altos padrões de desempenho social e ambiental, transparência e responsabilidade legal.
Ou seja, o selo avalia as operações das empresas e o modo como os seus modelos de negócio afetam colaboradores, comunidade, meio ambiente e clientes. Assim, uma B-Corporation é uma empresa que, ao seguir as normas e requisitos necessários, gera impacto socioambiental positivo e foi aprovada no processo de avaliação.
Como exemplos de empresas B-Corp, podemos destacar a Avante, sediada em São Paulo, capital, que tem como foco orientar seus clientes em relação aos produtos financeiros, recomendando aqueles mais adequados para o estilo de vida de cada pessoa, indo de um cartão pré-pago até um consórcio, crédito consignado, financiamento ou seguro.
Já um exemplo de negócio social, entre tantos que já existem, podemos destacar a Treebos, um crowdfunding aplicado à agricultura sustentável, com sede em Guarapari, no Espírito Santo.
Antes de entrarmos na questão das parcerias e captação de recursos, faremos um breve panorama da presença dos Negócios Sociais no Brasil. De acordo com o estudo “Mapeamento de Negócios Sociais e Organizações Congêneres no Brasil”, publicado na Revista de Ciências da Administração, a criação desse tipo de empresa passou a aumentar em 2006.
Ainda segundo a pesquisa, boa parte dos Negócios Sociais no país configuram-se como startups, ou seja, tratam-se, possivelmente, de fenômenos recentes e em crescimento. Em relação ao ramo de atividades dos Negócios Sociais, foram analisadas 10 categorias diferentes, sendo as três mais frequentes: Sustentabilidade, Educação e Saúde, com 29,5%, 18,5% e 12,0%, respectivamente.
Em 2023, a quarta edição do Mapa de Negócios de Impacto Socioambiental mostrou o desenho do empreendedorismo de impacto no Brasil e o crescimento do número de negócios sustentáveis financeiramente no setor. Considerando as receitas de 2022, 15% deles declararam ter faturado mais de R$ 2,1 milhões por ano. Na edição anterior, de 2021, somente 3% declararam estar nessa faixa de rendimento — o que, segundo o relatório, revela um amadurecimento do setor.
O levantamento mostrou também que a maior parte dos negócios de impacto se concentra na região Sudeste (58%), seguida por Sul e Nordeste. São Paulo (39%) e Rio de Janeiro (10%).
Para criar parcerias sólidas e captar recursos importantes para os Negócios Sociais, é possível percorrer alguns caminhos. Entre eles, podemos destacar:
Uma forma de fazer parcerias para os Negócios Sociais é por meio dos programas de incubação, que oferecem apoio gerencial e técnico, disponibilidade de mão de obra experiente e espaço físico com recursos como internet, para que a pessoa comece seu negócio. Os programas de incubação são oferecidos tanto por empresas como por iniciativas governamentais.
Aqui, temos as aceleradoras, e a diferença em relação às incubadoras é que a primeira tem foco direcionado aos negócios já em funcionamento. Desse modo, a relação envolve suporte financeiro e o objetivo de expandir o empreendimento social, o que também inclui mentoria e rede de apoio.
Para ter um negócio social, antes mesmo do investimento financeiro, é essencial ter conhecimento e orientação. Sendo assim, as universidades, que possuem aceleradoras e incubadoras, são também um ambiente propício para troca e surgimento de novos empreendimentos. A Universidade de São Paulo (USP), por exemplo, possui a Supera Incubadora, que foi eleita entre as 20 melhores do mundo.
O sistema de crowdfunding pode ser um caminho mais direto de captação de recursos destinados aos Negócios Sociais. Existem várias plataformas, como a Kickante, que fazem a ponte entre pessoas comuns e quem deseja tirar uma ideia do papel. Por meio de doações e contrapartidas, pode-se alcançar o valor estimado para o ponta pé inicial.
Há ainda a possibilidade de investimento em Negócios Sociais via Leis de Incentivo, como a Lei de Informática e o PROAC. Vale destacar que fundações e projetos sociais podem também captar recursos por meio de descontos de Imposto de Renda e ICMS.
Por fim, lembre-se de:
Os meios de se conseguir parcerias e recursos, citados acima, são apenas alguns dos caminhos possíveis para os Negócios Sociais, e contar com suporte e conhecimento nessa jornada é fundamental.
Por isso, a Fundação Vanzolini oferece o curso Negócios Sociais e B-Corporations, uma formação na qual os participantes vão aprender a:
Trata-se de um curso desenhado para o desafio de ampliar a visão para o crescimento sustentável e social, além do olhar para a expansão do negócio, por meio de ações conscientes e responsáveis.
Então, se você deseja a construção de políticas de sustentabilidade e práticas voltadas para questões sociais nas organizações, entre em contato conosco e aprenda como são estabelecidas parcerias, modelos de financiamento e medidas de impacto na prática.
Estamos juntos nessa!
Até o próximo :)
Conheça os cursos da Fundação Vanzolini:
Negócios Sociais e B-Corporations
Sustentabilidade em Gestão de Operações
Economia Circular e Sustentabilidade na Cadeia Produtiva
Fontes: