O aumento da produtividade é essencial para as Pequenas e Médias Empresas (PMEs) se manterem competitivas tanto no mercado nacional, quanto internacional.
Como forma de atender às demandas e apresentar soluções para melhoria da produtividade de Pequenas e Médias Empresas, a Fundação Vanzolini oferece soluções personalizadas de baixo custo para PMEs.
Por meio de algumas reuniões virtuais, com especialistas em melhoria contínua de processos, são discutidas e elaboradas abordagens eficazes e personalizadas, para impulsionar a produtividade em manufatura, serviços, centros de distribuição e processos administrativos.
Para saber mais sobre a experiência de soluções personalizadas online para melhoria da produtividade em PME, confira a entrevista com o professor, Paulino G Francischini, responsável pelo novo serviço da Fundação Vanzolini.
Diria que o maior desafio é o fato de terem poucos recursos para investimento. Por isso, o foco desse serviço está na melhoria com pouco investimento.
Em geral, o crescimento das PMEs é desorganizado e o processo produtivo fica muito prejudicado com layout ruim, excesso de transporte, movimentação de pessoas e estoques intermediários.
Esses problemas podem ser melhorados com ações contra os desperdícios do processo produtivo, como: a redução de estoques intermediários; a redução de estoques de produto acabado; a redução de movimentação de materiais pela fábrica; a melhoria do layout; a redução de processos desnecessários; a redução de defeitos e retrabalhos; a redução de esperas dos operadores, etc.
Como soluções personalizadas, temos: projeto de células de trabalho; dispositivos à prova de erros (Pokayoke); nivelamento da produção (Heijunka); equipamentos de movimentação e armazenagem de materiais; técnicas de aumento de produtividade de recebimento; separação e expedição de produtos; produção puxada (Kanban); gerenciamento da rotina e condução de grupos Kaizen.
São ferramentas já conhecidas, mas que devem ser aplicadas em problemas específicos das empresas. A teoria é de fácil acesso, mas o problema está na correta aplicação da ferramenta.
Como solução para as demandas das PMEs, costumo usar as seguintes ferramentas e metodologias:
Cada cliente tem um problema específico, mas todos podem ser resumidos em questões de qualidade, tempo e custo. No entanto, definir, claramente, e entender o problema que o cliente está apresentando é o item mais importante para o sucesso do projeto.
Assim, o problema pode ser classificado e atacado com ferramentas já conhecidas. Em essência, os processos produtivos têm os mesmos problemas, mas eles aparecem de maneiras distintas, o que sugere que são específicos de uma determinada empresa. Mas, na verdade, não são. São problemas que todas as empresas têm, mas que aparecem de uma maneira diferente.
Sendo assim, nosso trabalho é diagnosticar a causa principal do problema, com a ajuda dos participantes da empresa, e atacar a causa com as ferramentas disponíveis. Como na medicina, um médico deve aplicar o remédio correto na dosagem correta.
Em processos nos quais nunca havia sido aplicado um projeto de melhoria, os ganhos iniciais são de 10% a 20%, em relação ao valor base do início do projeto.
Em projetos subsequentes, esse percentual diminui porque já foi retirado o “mato alto”, mas os ganhos são sempre cumulativos a cada projeto de melhoria.
Em uma fábrica de utensílios domésticos, por exemplo, o lead time foi reduzido em 15% com a implantação de células de manufatura. Já em uma fábrica de suportes de monitores, o estoque intermediário foi reduzido em 50% e houve uma redução do lead time em 20% com a modificação do layout.
Outro exemplo de resultado tangível foi em uma fábrica de chapas de acrílico, na qual a produtividade aumentou 20%, com balanceamento de linha, e lead time reduziu 15%, com sequenciamento de produção. Em um distribuidor de lubrificantes, o tempo de desembarque e embarque de cargas reduziu 15%.
Ao meu ver, trata-se do ataque aos desperdícios no processo produtivo causado pelo crescimento desorganizado da área de produção das PMEs.
No início não é necessário automatizar o processo produtivo e nem implementar ferramentas de Inteligência Artificial, Fábrica 4.0, Internet das Coisas, etc. Isso pode ser feito, se necessário, em uma etapa muito posterior, depois de ter resolvido problemas mais básicos.
Os principais desperdícios que serão atacados são: geração de refugos e retrabalhos; excesso de movimentação e transporte; processamentos desnecessários; excesso de estoques de matéria-prima; produto acabado e, principalmente, estoques intermediários e ociosidade de máquinas e operadores. Também serão foco das soluções o ataque ao processo gargalo, tempos e métodos, trabalho padronizado, manutenção de equipamentos e excesso de esforço dos operadores.
Depois de melhorar o processo produtivo com ferramentas simples de ataque aos desperdícios, e dependendo das necessidades específicas de cada empresa, deve-se considerar a implementação de automação da produção e movimentação de materiais.
Mas isso vai requerer novas competências dos colaboradores da empresa, focadas em novas tecnologias de produção. Ou seja, a empresa vai precisar de mais mão-de-obra qualificada para operação e manutenção dos novos equipamentos
Não investir em automação do processo ou outras tecnologias disponíveis sem antes melhorar o processo produtivo com ferramentas simples e com pouco investimento por meio do ataque aos desperdícios.
Gostaria de salientar que nesse projeto de soluções de baixo custo para PMEs de Vanzolini, o problema a ser resolvido deve ser de pequena ou média complexidade. Ou seja, que não leve mais de 2 meses para ser resolvido e implementado.
Não faz parte do escopo das soluções oferecidas o anteprojeto ou projeto de uma nova unidade industrial, um novo galpão com várias linhas de montagem, etc. Importante destacar que são focos dos serviços personalizados: o aumento de produção de uma determinada linha de produção; aumento de produtividade de uma operação ou atividade; a redução do tempo de recebimento, separação e expedição, etc.
Agora que você sabe mais sobre esse serviço e quer contar com o suporte da Fundação Vanzolini para melhoria da produtividade em sua pequena ou média empresa, veja o passo a passo para dar início a uma guinada nos negócios:
Sobre o facilitador, Paulino G Francischini
É professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, no Departamento de Engenharia Industrial, e atua nas áreas de pesquisa: Lean Manufacturing, Lean Service, Lean Office e Indicadores de Desempenho.
Para mais informações, acesse o site da Fundação Vanzolini.
Esperamos por você!