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A importância da gestão da ergonomia para produtividade e bem-estar nas empresas

Postado em Para Empresas | 30 de outubro de 2025 | 6min de leitura
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A ergonomia tem ganhado cada vez mais destaque dentro das organizações modernas. Mais do que um simples cuidado com o conforto do trabalhador, trata-se de uma área estratégica que impacta diretamente a produtividade, a saúde ocupacional e os custos operacionais.

Implementar uma gestão eficiente de ergonomia exige planejamento, investimentos e mudança cultural, mas os resultados justificam cada esforço.

Apesar de sua relevância, muitas empresas ainda subestimam o tema ou o tratam apenas como uma exigência legal. O que poucas percebem é que ergonomia no trabalho é um dos pilares para a excelência operacional, contribuindo não só para o bem-estar dos colaboradores, mas também para a competitividade no mercado.

Neste artigo, vamos mostrar por que a gestão da ergonomia deve ser prioridade nas empresas, explorando seus benefícios, impactos financeiros, riscos da negligência e passos para implementar um programa estruturado.

Ergonomia no trabalho: um pilar de eficiência e bem-estar

A palavra ergonomia vem do grego ergon (trabalho) e nomos (regras), e refere-se ao estudo da relação entre o ser humano e seu ambiente de trabalho. Na prática, significa adaptar os espaços, equipamentos e processos para garantir conforto, segurança e eficiência.

Benefícios diretos para os colaboradores

  • Saúde física: redução de lesões por esforços repetitivos (LER) e distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT).
  • Bem-estar mental: ambientes ergonômicos reduzem o estresse e aumentam a satisfação.
  • Qualidade de vida: colaboradores mais saudáveis e confortáveis se sentem mais motivados.

Benefícios para a empresa

  • Eficiência operacional: postos de trabalho bem planejados reduzem retrabalhos e aumentam a velocidade de execução.
  • Clima organizacional: funcionários percebem o cuidado da empresa, gerando engajamento.
  • Redução do absenteísmo: menos afastamentos por problemas de saúde ligados ao trabalho.

Assim, a ergonomia deve ser vista como um investimento em capital humano, essencial para transformar talentos em resultados sustentáveis. 

O impacto financeiro: como a ergonomia aumenta a produtividade

Um dos principais argumentos a favor da gestão da ergonomia é o retorno financeiro. Muitas organizações ainda enxergam a ergonomia como custo, mas na verdade ela é uma poderosa ferramenta de aumento de produtividade e redução de desperdícios.

  • Menos afastamentos, menos custos

Segundo dados da Previdência Social, as doenças relacionadas a má postura e esforço repetitivo estão entre as principais causas de afastamento no Brasil. Cada funcionário afastado representa custos diretos (indenizações, substituições) e indiretos (queda de produtividade e sobrecarga de equipes).

  • Mais produção com menos esforço

Um posto de trabalho ergonomicamente adequado reduz a fadiga e aumenta a eficiência. Colaboradores gastam menos energia para realizar tarefas, o que se traduz em maior produção por hora de trabalho.

  • Redução de erros e retrabalhos

Ambientes mal planejados favorecem falhas humanas. Ajustar iluminação, ruído, altura de bancadas ou disposição de equipamentos reduz significativamente erros, impactando diretamente na qualidade dos produtos e serviços.

Em resumo, cada real investido em ergonomia retorna para a empresa na forma de menores custos operacionais e maior competitividade.

Os riscos de negligenciar a ergonomia: de multas a perdas de talentos

Ignorar a gestão da ergonomia pode gerar consequências sérias para uma empresa. Os riscos vão além de problemas de saúde dos colaboradores, atingindo a imagem e a sustentabilidade do negócio.

1. Multas e sanções legais

A legislação brasileira prevê normas específicas relacionadas à ergonomia, como a NR-17, que regulamenta as condições de trabalho. O descumprimento é capaz de resultar em multas significativas e processos trabalhistas.

2. Afastamentos e custos previdenciários

Funcionários afastados por LER ou DORT representam prejuízos constantes. Além do custo direto para a empresa, há impacto negativo no fluxo de trabalho e no cumprimento de prazos.

3. Perda de talentos

Profissionais estão cada vez mais atentos à qualidade do ambiente de trabalho. Ambientes que não priorizam ergonomia têm maior rotatividade, aumentando custos com recrutamento e treinamento.

4. Danos à reputação

Negligenciar o bem-estar dos colaboradores pode afetar a marca empregadora, dificultando a atração de novos talentos e prejudicando a imagem da empresa no mercado.

Portanto, investir em ergonomia não é apenas uma questão de saúde ocupacional, mas também uma forma de blindar a empresa contra riscos financeiros e reputacionais.

Como iniciar um programa de gestão de ergonomia na sua empresa

A implantação de um programa de ergonomia eficaz requer planejamento e envolvimento de diferentes áreas. Veja algumas etapas essenciais:

1. Diagnóstico inicial

O primeiro passo é realizar um mapeamento das condições de trabalho atuais. Ele pode ser feito por meio de análises ergonômicas preliminares, entrevistas com colaboradores e levantamento de riscos.

2. Planejamento das ações

Após o diagnóstico, a empresa deve elaborar um plano com prioridades e cronogramas, incluindo adequações físicas (mobiliário, iluminação, temperatura), treinamentos e políticas internas.

3. Treinamento e conscientização

Não adianta apenas investir em mobiliário ergonômico se os colaboradores não forem orientados a utilizá-lo corretamente. Treinamentos ajudam a criar uma cultura de prevenção.

4. Monitoramento contínuo

A ergonomia não é uma ação pontual. É preciso acompanhar indicadores de saúde, produtividade e satisfação, ajustando processos sempre que necessário.

5. Apoio de especialistas

Contar com consultorias especializadas ou instituições de referência garante maior assertividade na implementação. No Brasil, a Fundação Vanzolini é uma das organizações que oferecem suporte especializado em programas de gestão ergonômica.

A gestão da ergonomia nas empresas não deve ser tratada como uma obrigação burocrática, mas como uma estratégia essencial para garantir bem-estar, produtividade e competitividade.

Ao investir em ergonomia, as organizações reduzem custos com afastamentos, aumentam a eficiência operacional e fortalecem sua imagem diante de clientes e colaboradores.

Por outro lado, negligenciar esse aspecto pode gerar multas, perdas financeiras e até mesmo comprometer a retenção de talentos.

Portanto, mais do que uma exigência legal, a ergonomia é um diferencial estratégico que ajuda empresas a se manterem sustentáveis e inovadoras em um mercado desafiador.

Conte com a Fundação Vanzolini para desenvolver ambientes de trabalho mais seguros, saudáveis e produtivos, com soluções integradas em ergonomia e psicodinâmica do trabalho que promovem o bem-estar das pessoas e a eficiência das organizações.

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