Veja como a Certificação ONA (Organização Nacional de Acreditação) pode ser uma ferramenta estratégica para o enfrentamento de futuras pandemias e crises de saúde global.
As práticas de qualidade, segurança e gestão hospitalar promovem, aos hospitais e demais instituições de saúde, o fortalecimento de sua resiliência, adaptabilidade e capacidade de resposta rápida diante de situações de emergência em saúde pública.
Com as mudanças climáticas e as doenças respiratórias cada vez mais em evidência, contar com um processo que torna o atendimento hospitalar mais ágil e seguro é essencial.
Então, para saber como a ONA pode ser essa poderosa ferramenta para enfrentar situações críticas e promover um ambiente seguro e pronto para receber as demandas de saúde, siga com a leitura deste artigo!
A acreditação hospitalar ONA é um processo que envolve a avaliação de processos e práticas em instituições de saúde. O objetivo da ONA é garantir que os padrões de qualidade e segurança sejam atendidos pelos hospitais.
Dessa forma, uma instituição com a acreditação ONA significa uma instituição comprometida com as melhores práticas de mercado em termos de gestão de saúde, com destaque para a qualidade dos processos e segurança do paciente.
A acreditação hospitalar ONA traz diversos benefícios para a qualidade do serviço de saúde, impulsionando melhorias contínuas nos processos hospitalares, aumentando a eficiência operacional e elevando a qualidade dos serviços prestados.
As instituições acreditadas são vistas como mais confiáveis pelo resultado do trabalho em busca da segurança do paciente.
Nesse sentido, a relevância da ONA para os hospitais e espaços de saúde está no fortalecimento da gestão da qualidade, indicando caminhos, por meio de padrões para um atendimento mais eficiente e seguro.
Como falamos acima, a acreditação ONA pode ser uma ferramenta estratégica no enfrentamento de situações sanitárias, como o caso da pandemia de COVID19.
Quando eclodiu a crise sanitária global do Coronavírus, muitos hospitais tiveram que lidar com desafios como superlotação, falta de EPI e escassez de mão de obra, entre outros.
Sem o preparo para lidar com situações extremas como a da COVID-19, os estabelecimentos de saúde precisaram se ajustar às novas demandas enquanto atendiam mais e mais pacientes, sem parar. Tudo junto e ao mesmo tempo.
Com a acreditação ONA, os hospitais têm diretrizes a seguir, fazendo com que seus procedimentos sejam realizados a partir de critérios rigorosos, com foco na qualidade, na segurança e na eficiência do atendimento ao paciente.
De acordo com o estudo “Acreditação hospitalar como estratégia de melhoria: impactos em seis hospitais acreditados”, (Chen et al., 2003; El-Jardali et al., 2008; Figueiredo, 2012), dentre os potenciais impactos da acreditação estariam a melhoria do gerenciamento da organização hospitalar e a da qualidade da assistência prestada ao usuário. Além disso, a acreditação pode garantir reconhecimento público ao hospital acreditado (Feldman et al., 2005).
Sendo assim, em períodos de pandemia e crises de saúde, um hospital com acreditação ONA está melhor estruturado para lidar com a demanda pois sabe, de antemão, exatamente o que e como fazer para garantir um atendimento de qualidade, com eficiência e segurança.
Além disso, os padrões da ONA em termos de protocolos de segurança, fluxos de atendimento e controle de infecções aumentam a resiliência dos hospitais e otimizam tempo e recursos.
Segundo dados divulgados pela Associação Médica Brasileira, em julho deste ano, mais de 45 mil brasileiros morrem anualmente devido a infecções hospitalares.
De acordo com o CDC (Centros de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos), as infecções hospitalares representam até 10 bilhões de dólares anuais em despesas com saúde.
Diante desse cenário, temos uma das principais contribuições da acreditação ONA em saúde: a gestão de riscos, que, em tempos de crise, se mostra ainda mais necessária. Instituições certificadas pela ONA desenvolvem e implantam protocolos, capazes de minimizar os riscos associados aos cuidados de saúde.
Esses protocolos englobam desde a prevenção de infecções hospitalares até a garantia de procedimentos cirúrgicos seguros.
Dessa forma, a gestão de riscos eficaz é vital para todos os ambientes de saúde, não apenas para garantir a segurança do paciente, mas também para otimizar recursos e melhorar a eficiência operacional.
Na metodologia proposta pela ONA, a instituição define uma ferramenta para identificação dos riscos, definição de medidas preventivas e corretivas, além do gerenciamento dos riscos, e também há a participação de toda a equipe envolvida. Esse monitoramento contínuo dos riscos fortalece a segurança da assistência.
Também pensando em futuros cenários pandêmicos ou crises em saúde, especialmente ligados aos quadros respiratórios, em razão das mudanças climáticas, a OMS lançou uma iniciativa para melhorar a preparação para pandemias.
A organização propõe que 80% dos países desenvolvam ou atualizem seus planos pandêmicos de patógenos respiratórios até 2031.
Vale destacar que, antes da pandemia de Covid-19, o total de Estados-membros que relataram ter planos de preparação para tal situação chegava a 92, ou 47%. Com a iniciativa, a OMS espera que 80% dos países desenvolvam ou atualizem seus planos pandêmicos de patógenos respiratórios até 2031.
Para atingir essa meta, os hospitais podem contar com acreditação ONA e suas exigências de práticas de segurança do paciente, que se tornam ainda mais críticas em situações de pandemia.
A ONA oferece as orientações para que as instituições de saúde saibam lidar com o contingente de pacientes, em tempos de crise, de modo eficiente e com mais qualidade.
Como um negócio, os hospitais precisam estar preparados para lidar com momentos de incertezas e crises. Assim, o olhar para a questão administrativa e financeira também é fundamental para a manutenção das atividades em situações críticas.
Assim, ter um Plano de Continuidade de Negócios (PCN) é essencial para os hospitais, pois se trata de um processo capaz de proporcionar um nível de funcionamento operacional suficiente mesmo durante ou após algum incidente.
Na prática, o PCN está relacionado à prevenção e planejamento diante de incidentes ou ocorrências, que impactam na operação empresarial, reunindo um conjunto de procedimentos para o gerenciamento de crises.
Com o objetivo de evitar maiores danos à instituição, o PCN pode ser integrado aos requisitos da ONA, exigindo que as ações de prevenção sejam incorporadas pela gestão hospitalar e promovendo uma cultura organizacional que atue com planejamento e antecipação.
Outro benefício da ONA para situações de crise está nas vantagens de protocolos claros de controle de infecções e no treinamento de equipe, fazendo com que todos os envolvidos estejam na mesma página, para atuar de forma ágil, consciente e segura assim que houver necessidade.
Leia mais aqui: Gestão de Saúde: benefícios e níveis de Acreditação ONA
Inovação e sustentabilidade também fazem parte da ONA que, durante seu processo de acreditação, incentiva a implementação de práticas sustentáveis, que beneficiam tanto os pacientes quanto o meio ambiente.
Além disso, a ONA envolve a educação continuada e o desenvolvimento de lideranças. As instituições acreditadas tendem a investir mais em programas de treinamento para assegurar que a equipe esteja atualizada e alinhada com estratégias do hospital.
O investimento no capital humano não só melhora a qualidade do atendimento, como também contribui para um ambiente de trabalho mais satisfatório e produtivo.
Diante disso, podemos ver como a ONA é uma acreditação que permeia todo o hospital, envolvendo pessoas e promovendo mudanças de forma integral.
Por fim, vale ressaltar: diante da incerteza de futuras pandemias e crises globais, a acreditação ONA se torna um diferencial estratégico para hospitais.
A obtenção do certificado traz inúmeros benefícios ao serviço de saúde, como:
A acreditação ONA permite uma visão sistêmica e integrada de setores dentro da instituição. Os processos e riscos são mapeados, as interações entre processos definidas e todos passam a trabalhar no sentido de um objetivo comum, definido no planejamento estratégico.
Então, se você é gestor de um hospital e deseja oferecer mais segurança à organização de saúde, busque pela certificação e se prepare para os desafios futuros.
A Fundação Vanzolini é parceira da Organização Nacional de Acreditação (ONA) e pode ajudar você no passo a passo dessa conquista.
Para mais informações sobre normas e certificações, contate:
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Fontes:
Plano de continuidade de negócios: o que é e qual é a sua importância?
OMS lança iniciativa para melhorar a preparação para pandemias
Acreditação hospitalar como estratégia de melhoria: impactos em seis hospitais acreditados