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Cibersegurança e software seguro: princípios e práticas

23 de fevereiro de 2024 | 7min de leitura
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Capacitação em cibersegurança é um dever do profissional de desenvolvimento de software: conheça as razões dessa afirmação  e como se destacar na área.

No desenvolvimento de software, deve-se considerar a segurança do início ao fim do projeto, pois criar uma ferramenta segura é a base de tudo e o princípio pelo qual os usuários a buscam.

Nesse contexto, deixar essa prática de lado pode arriscar todo o planejamento, assim, você deve voltar-se à capacitação em cibersegurança.

Até porque, atualmente, as ameaças vêm de todos os “lados” e estão cada vez menos perceptíveis, ou seja, por não serem facilmente detectadas, torna-se mais fácil cair em armadilhas cibernéticas.

Isso significa que os desenvolvedores devem compreender os diferentes tipos de ameaça que um software pode enfrentar, dos malwares aos ataques de negação de serviço, e o malefício mais frequente atualmente, a violação de dados.

Com isso, os profissionais devem, sim, abordar a segurança como uma prioridade fundamental, não somente como um acessório no desenvolvimento, mas sim como princípio.

Garantir que todas as etapas do desenvolvimento estejam conforme as premissas da cibersegurança é uma prática essencial, mas como colocá-la em vigor? Acompanhe!

Regras básicas para um desenvolvimento seguro

Há um conjunto de regras fundamentais para padronizar as boas práticas de criação e os desenvolvedores devem seguir tais diretrizes, para assegurar a confiabilidade dos softwares.

Nesse caso, algumas das regras, em geral, são:

  • Validar entradas de usuário;
  • Evitar a execução de código não confiável;
  • Implementar autenticação e autorização adequadas;
  • Criptografar dados sensíveis, a cibersegurança da informação;
  • Manter uma postura defensiva em relação às ameaças conhecidas.

Além das normatizações mais generalistas,  igualmente atente-se para:

Revisar o código

A revisão do código é uma ação importante no decorrer da criação, pois isso garante a adequação da configuração, fazendo com que ela seja resistente aos possíveis ataques.

A constante inspeção não deve ser subestimada, pois serve como um guia para a equipe responsável, que fica incumbida de realizar os testes mais comuns e certificar a confiabilidade da ferramenta.

Em resumo, o momento da revisão serve para encontrar brechas despercebidas ao longo do processo, que podem colocá-lo em risco. Esta prática é uma das mais abordadas em uma capacitação em cibersegurança.

Criar um ambiente seguro como um todo

Fornecer segurança por meio dos códigos é algo amplamente discutido, porém, às vezes, esquecido, refere-se a criar um ambiente físico seguro, além da seguridade digital.

Assim, deve-se estruturar um ambiente no qual não haja vestígios de vulnerabilidade nos espaços físicos em que a criação ocorre. Um exemplo, é implementar um sistema de controle de acesso aos setores responsáveis pelo desenvolvimento.

Além disso, ainda vale isolá-los para impedir o acesso de pessoas não autorizadas, para assim garantir a integridade de todas as fases do processo. Confiança deve, sim, estar inerente à cultura da empresa, mas, nesses casos, certas medidas são indicadas.

Focar na segurança dos métodos de transferência e armazenamento

Outra ação fundamental é a comunicação segura, isto é, definir diretrizes cujo papel seja o de garantir a transmissão segura de dados entre os sistemas. Basicamente, a comunicação divide-se em três níveis:

  • Mínimo: utilização de um canal de comunicação com controle de duplicação e perda de informações e ou mensagens, assim como um canal que vise a integridade dos dados a serem transmitidos;
  • Padrão: canal de comunicação com controle de autenticação (HTTPS, certificados digitais e VPNs, por exemplo), armazenamento seguro dos dados e utilização de um canal de comunicação que priorize a confidencialidade deles;
  • Forte: canal de comunicação que ateste a não repudiação dos dados transmitidos, bem como a utilização de logs confiáveis das informações transmitidas, com confirmação de entrega e recepção das mensagens.

Leia mais: Segurança da informação: ISO 27001 Metodologia e boas práticas

Conheça duas abordagens eficientes que garantem a segurança do início ao fim

Nenhum processo relacionado à segurança deve ser descartado, devido à agilidade das ameaças veladas, então, todo cuidado é necessário. Por esse motivo, conheça duas abordagens responsáveis por auxiliar a manter a integridade e confiabilidade do software produzido.

KPIs

KPIs são métricas de avaliação de desempenho utilizadas para medir a performance de uma equipe, principalmente relacionada à gestão de projetos. Assim como há o processo de revisão de dados, a “revisão” do rendimento do time é igualmente necessária.

Isso porque, caso haja quaisquer comprometimentos responsáveis por prejudicar o andamento do programa, eles poderão ser ajustados, sendo esses ajustes o aperfeiçoamento de técnicas ou a escolha de metodologias mais eficazes, por exemplo.

Em relação à cibersegurança de softwares, os KPIs têm função de medi-la e, nos casos em que houver falhas, a equipe poderá saná-las por meio de métodos mais seguros.

SDL

O SDL (Security Development Lifecycle), ou, em português, Ciclo de Desenvolvimento Seguro, é um processo importante no desenvolvimento de softwares, pois atesta a segurança do projeto do início ao fim, a partir de: identificação e mitigação de vulnerabilidades de segurança; realização de revisões de código; testes de segurança e adoção de práticas seguras de codificação.

Importância da capacitação em cibersegurança

Até aqui, citamos processos fundamentais de segurança cibernética, mas, na prática, para garantir a seguridade das ferramentas desenvolvidas,  a capacitação é necessária.

Conhecer a teoria por cima, assim como as definições citadas neste artigo, faz com que os profissionais descubram caminhos para o melhor exercício de suas ocupações. No entanto, a capacitação em cibersegurança será, de fato, o guia definitivo para não correr riscos.

Na área da tecnologia, atualizar-se em relação às práticas de trabalho deve ser encarado como uma obrigação, e não como um diferencial. Afinal, todos os dias são termos, métodos, técnicas e até ameaças diferentes.

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Fontes:

trt4.jus.br/portais/media/175722/guia-desenvolvimento-seguro-2018.pdf

blog.convisoappsec.com/seguranca-no-desenvolvimento-de-softwares/

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