Educar como caminho para transformar. Conheça a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento essencial para a promoção dos direitos de aprendizagem e desenvolvimento de todos os estudantes da Educação Básica
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento, desenvolvido pelo Ministério da Educação, com a participação de especialistas e da sociedade, que estabelece as aprendizagens essenciais que devem ser garantidas a todos os alunos das escolas brasileiras ao longo da Educação Básica, desde a Educação Infantil até o Ensino Médio.
De acordo com a própria BNCC, trata-se de “um documento valioso [para cada uma das redes de ensino e instituições escolares] tanto para adequar ou construir seus currículos como para reafirmar o compromisso de todos com a redução das desigualdades educacionais no Brasil e a promoção da equidade e da qualidade das aprendizagens dos estudantes brasileiros.”
A primeira versão da BNCC foi disponibilizada pelo MEC em 2015. Após diversas etapas de consulta pública e revisão, em 2017, foi promulgada a BNCC para a educação infantil e o ensino fundamental. O documento referente ao ensino médio, elaborado em conformidade com a Lei nº 13.415/2017 (que instituiu a reforma posteriormente conhecida como Novo Ensino Médio), foi homologado somente em 2018.
Em 2025 deve começar o processo de revisão da BNCC de Educação Infantil e Ensino Fundamental, previsto para acontecer após cinco anos do início da implementação.
Para ajudar a se aquecer para o que vem por aí, entenda como a BNCC tem podido colaborar para a redução das desigualdades educacionais e saiba como a Fundação Vanzolini participou dessa história.
De acordo com a definição do próprio material, “A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica, de modo a que tenham assegurados seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento, em conformidade com o que preceitua o Plano Nacional de Educação (PNE).”
Ou seja, a BNCC descreve aprendizagens essenciais que todos os estudantes precisam desenvolver na Educação Básica, tendo em vista a formação de pessoas capazes de participar ativamente da sociedade democrática.
Para atender a esse e a outros marcos legais que a sustentam – como a Constituição Federal de 1988, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 (LDB) e as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica de 2010 (DCN) –, a BNCC assume dois fundamentos pedagógicos que entende serem deles decorrentes: o desenvolvimento de competências e a formação integral. Segundo fragmentos do próprio documento:
“Ao adotar esse enfoque, a BNCC indica que as decisões pedagógicas devem estar orientadas para o desenvolvimento de competências. Por meio da indicação clara do que os alunos devem “saber” (considerando a constituição de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores) e, sobretudo, do que devem “saber fazer” (considerando a mobilização desses conhecimentos, habilidades, atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho), a explicitação das competências oferece referências para o fortalecimento de ações que assegurem as aprendizagens essenciais definidas na BNCC.”
“A BNCC afirma, de maneira explícita, o seu compromisso com a educação integral. Reconhece, assim, que a Educação Básica deve visar à formação e ao desenvolvimento humano global, o que implica compreender a complexidade e a não linearidade desse desenvolvimento, rompendo com visões reducionistas que privilegiam ou a dimensão intelectual (cognitiva) ou a dimensão afetiva. Significa, ainda, assumir uma visão plural, singular e integral da criança, do adolescente, do jovem e do adulto – considerando-os como sujeitos de aprendizagem – e promover uma educação voltada ao seu acolhimento, reconhecimento e desenvolvimento pleno, nas suas singularidades e diversidades. Além disso, a escola, como espaço de aprendizagem e de democracia inclusiva, deve se fortalecer na prática coercitiva de não discriminação, não preconceito e respeito às diferenças e diversidades.”
No contexto federativo brasileiro, a BNCC desempenha, então, um papel fundamental, pois expressa os parâmetros de igualdade educacional com base nos quais as diversidades e singularidades locais devem ser consideradas e atendidas.
Portanto, é somente por meio do pacto interfederativo para a implementação da BNCC que os sistemas e redes de ensino e as instituições escolares puderam e continuam podendo se planejar e atuar com foco claro na promoção da equidade, o que pressupõe não somente o reconhecimento das diferenças e o acolhimento das necessidades de cada estudante, mas principalmente um forte compromisso e atuação de todos os profissionais da educação para desnaturalizar as desigualdades educacionais e reverter a situação de exclusão histórica de grupos e pessoas do direito à educação.
A ideia de uma base nacional comum para os currículos começou a ganhar fôlego no Brasil há mais de 30 anos, no âmbito da Constituição Federal de 1988, passando pela LDB (Lei de diretrizes e bases) de 1996, na qual a educação infantil foi reconhecida pela primeira vez como etapa essencial da educação básica.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) de 1997/8 e as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) de 2001-2012 foram documentos elaborados em nível federal orientados na direção de uma base comum, mas não eram detalhados no sentido de especificar as aprendizagens essenciais, além de não terem caráter normativo.
Talvez também por isso, a implementação dessas propostas não possibilitou a constituição, em nível nacional, de uma base nacional comum, como pôde ser evidenciado no processo de elaboração da BNCC, cuja primeira versão considerou os currículos intencionalmente implementados em nível nacional.
Durante todo o processo, as diferentes versões do documento passaram por consulta pública com mais de 12 milhões de participações na plataforma online colocada à disposição de toda a sociedade, de acordo com o Observatório Movimento pela Base, seminários promovidos pelo Consed (conselho Nacional de Secretários da Educação) e pela Undime (União Nacional de Dirigentes Municipais de Educação) nas 27 Unidades Federativas e, por fim, audiências públicas do Conselho Nacional de Educação realizadas nas cinco regiões do País.
Todo esse processo participativo possibilitou a elaboração de um documento democrático e plural, representativo dos interesses e das necessidades reconhecidos pela sociedade brasileira para a educação básica.
Além desse engajamento em sua construção, o impacto gerado pela BNCC também é bastante representativo. Segundo o monitoramento do MEC, realizado pelo Caed, cerca de 80% dos professores brasileiros apontam que a BNCC tem efeitos positivos sobre suas práticas em sala de aula.
Outro fator positivo é que a implementação da BNCC reforça a centralidade dos currículos e os aproxima das realidades das comunidades escolares locais, de acordo com 70% dos professores.
Ainda assim, vale lembrar que a “BNCC é um documento vivo, que precisa estar conectado ao mundo em que vivemos para garantir uma aprendizagem realmente significativa. Por isso, de tempos em tempos, precisa ser revista e atualizada”. Esse processo de revisão deve acontecer cinco anos após o início da implementação para Educação Infantil e Ensino Fundamental e três anos após a implementação do Ensino Médio, ou seja, após 2025.
Por meio da unidade de negócios Gestão de Tecnologias em Educação (GTE), a Fundação Vanzolini foi convidada pelo MEC para apoiar as ações de produção, discussão e sistematização da terceira versão (versão final) do documento da BNCC. Este processo se deu sob coordenação pedagógica da profª Ghisleine Trigo Silveira.
Para isso, a GTE disponibilizou um assessor pedagógico sênior para trabalhar diretamente com a Profª Ghisleine Trigo na coordenação do processo e na elaboração dos documentos propriamente ditos (BNCC Educação Infantil/Ensino Fundamental e BNCC Ensino Médio). “Nesse processo, nossa participação foi bastante significativa, principalmente se considerarmos a relação de respeito profissional e parceria na coordenação pedagógica, que permitia que atuássemos não somente como executores, mas como partícipes de um processo de discussão e construção coletiva de um documento curricular dessa importância no contexto nacional”, destaca Paulo Mendes, consultor da GTE nesse projeto.
No apoio à coordenação, a atuação da GTE envolvia desde a participação em reuniões contínuas com especialistas redatores para discussão do documento ou reuniões periódicas com o Comitê Gestor da Base Nacional Comum Curricular e Reforma do Ensino Médio para apresentação e aprovação dos textos até o trâmite de documentos com leitores críticos e sistematização de contribuições das audiências públicas e de leitores críticos.
Finalizada a redação da terceira versão da BNCC, a GTE ofereceu suporte técnico à realização das audiências públicas promovidas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) nas cinco regiões do país para apresentar e discutir o documento, com o objetivo de mais uma vez garantir a transparência do processo de elaboração e favorecer a participação da comunidade educacional e de toda a sociedade civil na construção desse documento de impacto nacional.
E para garantir ainda mais a transparência do processo, a Fundação Vanzolini atuou na produção de um site da BNCC que não apenas disponibilizou o documento homologado, mas que ofereceu, a qualquer pessoa, o acesso a todos os documentos preliminares (versões, leituras críticas, contribuições das audiências públicas, relatórios de análise técnica especializada das contribuições, relatório pedagógico comparativo entre as versões 2 e 3/final etc.) que constituíram a história da elaboração desse marco educacional brasileiro.
Com a homologação da BNCC Educação Infantil/Ensino Fundamental, a Fundação Vanzolini recebeu prontamente um novo convite do MEC. “Unindo prática e teoria, desenvolvemos cursos à distância para formar professores e gestores educacionais, impactando a aprendizagem de milhões de alunos”, completa Natália de Mesquita Matheus, profissional de Gestão de Tecnologias em Educação da Fundação Vanzolini.
Foi um trabalho de fôlego e longo alcance, e as soluções implementadas pela Fundação Vanzolini encurtaram distâncias num país continental e efetivaram a comunicação entre os diferentes atores da educação e da sociedade. Dentre essas soluções, foram organizados e discutidos nos cursos cadernos digitais com práticas de implementação da BNCC, a partir de depoimentos de educadores de todo o país.
“Os cursos conseguiram desmistificar vários aspectos e demonstrar como a organização da BNCC em competências e habilidades contribui para o planejamento pedagógico e a formação integral dos alunos”, destaca Natália.
De maneira geral, a elaboração da versão final da BNCC exigiu um diálogo com as versões anteriores e com as contribuições feitas pela sociedade civil, isso sem considerar as ideias e convicções de especialistas redatores, leitores críticos e demais profissionais envolvidos mais diretamente na produção do documento. Nesse contexto, a diversidade de realidades e pontos de vista atravessa todo o processo.
Ainda assim, “toda essa diversidade” não dificultou a elaboração do documento em si, já que é, justamente, um dos princípios fundamentais que orientam a educação nacional – claramente reconhecida e defendida em seus marcos legais, em especial na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei nº 9.394/1996) e nas DCN (destaque-se aqui o Parecer CNE/CEB nº 7/2010).
“Ou seja, o documento parte do princípio de que a diversidade é inerente à realidade e que deve, portanto, ser reconhecida e valorizada pela escola. Esse princípio deu sustentação à formulação da BNCC, em todas as etapas, áreas e componentes curriculares, defendendo, em seu cerne, espaço para outras realidades, culturas, visões de mundo, ideologias, linguagens, ou seja, outras formas de ler o mundo e participar dele”, explica Mendes.
E a Fundação Vanzolini, com a expertise em educação e tecnologia, pôde contribuir não somente na elaboração de um documento dessa importância para a Educação Nacional, mas no desenvolvimento de outras ações voltadas à implementação da BNCC, como a produção de materiais didáticos e cursos para formar gestores e professores.
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Até o próximo!
Fontes:
Base Nacional Comum Curricular (BNCC)
A importância da BNCC e de sua implementação
Os conceitos e fundamentos da BNCC
Segunda verso da Base Nacional Comum é apresentada
Obtenha os conhecimentos da metodologia Seis Sigma com a certificação Green Belt e dispare na frente de concorrentes, com uma das capacitações mais procuradas na gestão de projetos
A metodologia Seis Sigma diz respeito a uma abordagem estruturada para melhoria de processos, e entre os benefícios, destaca-se sua eficácia em reduzir variações, eliminar defeitos e maximizar a eficiência operacional.
Em uma empresa, a metodologia representa a resolução dos problemas que contribuem para a falta de eficiência de certas atividades e da qualidade da instituição em geral.
Para aplicar um método tão completo e benéfico, existem as certificações necessárias. O curso Green Belt Lean Seis Sigma, por exemplo, é uma oportunidade para os profissionais se tornarem especialistas na aplicação dessa metodologia, por meio de uma abordagem sistemática e altamente eficaz, para melhorar os processos e a qualidade em uma organização.
Para ter uma visão geral do curso e como ele capacita os profissionais a implementarem o Seis Sigma, fique até o final!
O curso começa geralmente com uma introdução aos princípios fundamentais do Seis Sigma, incluindo a metodologia DMAIC (Definir, Mensurar, Analisar, Incrementar e Controlar), e a importância da redução da variabilidade nos processos.
Sem dúvida, a sigla DMAIC representa bem os fundamentos da metodologia, por ser a principal sistematização do Green Belt.
Abaixo, confira sua definição:
Etapa na qual se define quais são as defasagens, as dificuldades e as lacunas a serem preenchidas no sistema organizacional da empresa. Portanto, é uma fase diagnóstica, o momento em que se detectam as problemáticas que serão solucionadas nas fases seguintes.
Os responsáveis pela definição devem se atentar à detecção de forma crítica e detalhada, pois se trata do ponto de partida para estabelecer metas alcançáveis, que impulsionarão as melhorias e a evolução desejada.
Após a definição dos problemas, há a medição deles. Afinal, as providências tomadas devem ser estabelecidas conforme a magnitude das brechas. Nessa etapa, os responsáveis coletam dados quantitativos e qualitativos para medir a qualidade das atividades da empresa.
Não se deve subestimar a mensuração, uma vez que ela entrega uma visão abrangente dos problemas e como eles afetam o funcionamento institucional. Por outro lado, a medição ainda demonstra quais são os acertos, esses, que podem ser mantidos após a análise.
Na etapa de análise, o profissional Green Belt se responsabiliza por identificar as causas dos problemas das fases anteriores. Assim como todo problema tem uma solução, eles também têm uma causa, sendo indispensável conhecê-la para encontrar as possíveis resoluções.
Na análise, deve-se responder às questões como: os motivos dos erros e quais são as ações, atividades, estratégias e métodos cujo desempenho está prejudicando o andamento da empresa.
O responsável deve, obrigatoriamente, realizar uma investigação minuciosa para não deixar passar nenhum problema, pois eles atrapalham o andamento do projeto.
Agora, é o momento de colocar em prática as ações que irão solucionar os problemas identificados nas fases anteriores. Tudo o que foi visto como empecilho, adversidade, impedimento, falha, complicações, etc., é ajustado e melhorado. Em resumo, trata-se da fase das soluções práticas.
Por último, realiza-se o controle das práticas concebidas na fase de incremento. O controle permite verificar se as medidas foram eficazes, portanto, serve como um termômetro do sucesso do projeto.
Essa verificação não deve ser dispensada, pois em um cenário no qual as soluções não estão sendo eficientes, a equipe pode contorná-las em vez de perceberem os danos somente quando eles forem irreparáveis.
A DMAIC, a principal metodologia Seis Sigma, foi criada com o intuito de percorrer cada processo do projeto, sendo muito bem estruturada e, por isso, eficiente.
A certificação Green Belt é uma das mais procuradas da metodologia porque está no topo da pirâmide belt, no primeiro nível no qual o profissional pode liderar a gestão de projetos.
Após o White e o Green Belt, os conhecimentos são mais avançados, justamente porque a pessoa não somente participa, mas gerencia o projeto. Então, a certificação oferece o conhecimento necessário para implementá-lo e melhorá-lo exponencialmente.
Com certeza, o curso em questão cresce a carteira profissional de quem o realiza, além de abrir muitas portas profissionais. Pois, com esses conhecimentos avançados, principalmente devido à capacidade de análise de estatísticas e extração dos dados sobre os problemas enfrentados, podem-se obter as possíveis soluções.
Sendo assim, o profissional Green Belt consegue:
Na Vanzolini, os professores da certificação Green Belt são especialistas com vasta experiência no mercado, todos com atuações reais e, é claro, de sucesso. Para se ter uma noção da qualidade, confira o conteúdo programático:
Para saber mais, leia: Por que a Fundação Vanzolini é uma autoridade em Green Belt?
A partir de todos esses conhecimentos, os participantes desenvolvem habilidades para implementar a metodologia Seis Sigma de forma eficaz e completa, capaz de agregar valor ao produto ou serviço oferecido pela empresa.
Seja você o profissional responsável por alavancar um projeto e incremente seu currículo com certificação e cases de sucesso por meio do Green Belt.
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Leia mais aqui:
Green Belt e a gestão de mudanças organizacionais
Por que a Fundação Vanzolini é uma autoridade em Green Belt?
Certificações Seis Sigma, do White ao Master Black Belt
As tendências de negócios para 2023 têm como base a mudança de comportamento dos consumidores que ocorreu nos últimos anos, fortemente impulsionada pela pandemia.
(mais…)
Higiene, bem-estar e segurança são, mais do que nunca, questões fundamentais para a promoção e preservação da saúde física e emocional das pessoas. Estar em um ambiente limpo, higienizado e seguro traz sensação de comprometimento e cuidado.
(mais…)A preocupação e o cuidado em oferecer aos colaboradores e frequentadores das unidades São Cristóvão e José Cristino do SBT (Sistema Brasileiro de Televisão) − empresa do Grupo Silvio Santos − um ambiente de trabalho com segurança sanitária e salubridade, no contexto da pandemia da Covid-19, foram reconhecidos pela Fundação Vanzolini com o selo A2S (Ambiente Seguro e Saudável). A conquista da certificação aconteceu a partir da observação dos locais de trabalho, que foram avaliados de acordo com protocolos, procedimentos e ações preventivas que já estavam sendo adotadas pelo SBT com o propósito de garantir a segurança sanitária das atividades, e que continuarão a ser praticadas na nova sede do SBT no Rio de Janeiro.
De acordo com a coordenadora do A2S – Ambiente Seguro e Saudável, Flávia Corrêa Ferreira, “o selo contribui com a sistematização dos processos de limpeza dos locais de grande circulação, com vistas a dar maior segurança aos usuários, clientes e colaboradores que acessam esses espaços. O objetivo é o público ter a tranquilidade e o conhecimento de que o local aplica uma gestão sanitária eficiente e responsável”.
Para Rodrigo Vicente da Silva, Engenheiro de Segurança do Trabalho do SBT, responsável pela engenharia de segurança do trabalho, “nós padronizamos toda rotina de limpeza com a criação de procedimentos – Instruções de Trabalho – que fornecem a diretriz para limpeza correta e eficiente de todos os ambientes. Realizamos higienização das superfícies a cada 2h, além do próprio funcionário higienizar seus pertences antes de entrar na empresa e de utilizar seu posto de trabalho (teclado, mouse, mesa e telefone)”, ressalta.
Entre os procedimentos adotados pela gestão da limpeza e sanitização estão a pulverização e nebulização periódicas; eliminação da varrição a seco; adoção de produto com ação bactericida e virucida com duração de proteção em até 6h (conforme laudo) e limpeza úmida para áreas internas; limpezas diárias divididas em terminal e concorrente com orientações específicas para cada higienização; e adoção de um calendário de treinamentos para a equipe de limpeza.
A conquista da certificação agregou ainda mais à gestão da limpeza a aplicação da metodologia 5S (Seiri (Classificação), Seiton (Ordem), Seiso (limpeza), Seiketsu (padronização), Shitsuke (Disciplina). Os materiais que não tinham mais utilidade passaram a ser descartados e os demais foram arquivados. Os funcionários limpam, organizam os postos de trabalho e retiram pertences pessoais que dificultam a higienização das mesas.
No layout, foram promovidas mudanças como a disponibilização de ganchos para pendurar bolsas e mochilas e de gaveteiros. Além disso, foram adquiridos palets, armários e caixas transparentes para que não haja equipamentos acondicionados diretamente no chão.
Para que os colaboradores do SBT colaborem com a manutenção da segurança sanitária foram adotadas soluções de comunicação visual. Painéis digitais, colocados em locais estratégicos, transmitem vídeos e orientam sobre como higienizar as mãos com álcool em gel, sabonete líquido e como utilizar a máscara.
As mesas dos refeitórios foram identificadas com placas que orientam o uso de apenas uma pessoa por mesa. E murais na recepção e espaço de café foram disponibilizados com orientações sobre distanciamento, higiene, proibição de compartilhamento de itens e uso de EPIs (Equipamento de Proteção Individual).
Além disso, em todas as placas orientativas foi disponibilizado um QR code que direciona o colaborador para uma Cartilha de Retomada das Atividades onde constam os protocolos de segurança, saúde e higiene para combate à pandemia.
“Postos de trabalho higienizados da maneira correta e organizados proveem maior segurança para o funcionário, de forma que ele se sinta apto a desenvolver as atividades de maneira produtiva e eficaz”, finaliza Silva.
A Base Nacional Comum Curricular foi construída para definir os parâmetros de uma educação integral, democrática e inclusiva no Brasil. O processo de sua elaboração contou com a contribuição da Fundação Vanzolini.
Inovar nas referências para a educação básica no Brasil. Priorizar a formação humana integral e o debate contemporâneo. Focar na construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. Esse conjunto de propósitos está na BNCC, a Base Nacional Comum Curricular, como resultado de um processo de pesquisas e debates que implementou indicações já presentes na Lei de Diretrizes e Bases, de 1996.
A normatização foi construída por vários governos e não por acaso. Seria um trabalho gigantesco implementar uma lei para nortear os currículos da Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio, dentro de parâmetros democráticos, com debate entre educadores, pesquisadores, alunos e sociedade. O processo alteraria os currículos consolidados de norte a sul do país, mas respeitando a bagagem histórica e cultural de estados e municípios. Estabeleceria critérios claros e balizadores da qualidade da educação, a começar da equidade no direito à aprendizagem para todos os alunos, das várias etnias e classes socioeconômicas.
A BNCC veio para definir as aprendizagens essenciais em todas as etapas e modalidades da educação básica. A Vanzolini contribuiu nos processos de sistematização da versão final do documento
A Vanzolini foi contratada pelo Ministério da Educação para fazer a gestão integrada de processos e consolidar a versão final da BNCC para a Educação Básica. Entre 2017 e 2019, a fundação mobilizou equipes multidisciplinares e atuou no apoio à gestão. Disponibilizou ferramentas online para todos os educadores brasileiros, com os conteúdos da Base. Criou programas de formação e realizou seminários por videoconferência. Para iniciar o processo de implementação, produziu 16 cursos EaD destinados a gestores, professores e conselhos de educação.
A Vanzolini organizou seminários e audiências públicas nas diversas regiões do país, para colher propostas que permitiram construir um “passo a passo’ da nova educação brasileira, disponibilizado no Portal do MEC. Também produziu séries de videoaulas, vídeos e animações gráficas, possibilitando localizar na Base as referências das aprendizagens essenciais.
UM TRABALHO DE FÔLEGO E LONGO ALCANCE
As soluções implementadas pela Fundação Vanzolini encurtaram distâncias num país continental e efetivaram a comunicação entre os diferentes atores da educação e da sociedade.
O conjunto de materiais produzido impactou no trabalho educacional de 184 mil escolas de Educação Básica, das redes particular e pública. Atingiu 2,2 milhões de professores, com reflexo na aprendizagem de quase 50 milhões de alunos.
As aprendizagens essenciais às crianças e jovens implementadas pela Base Nacional já influenciam positivamente o futuro de uma nova geração de brasileiros.