A desenvolver um Sistema de Gestão eficiente na saúde. Aprenda como implementar a melhoria contínua da organização, com a aplicação dos Princípios da Qualidade e seguindo a metodologia da Organização Nacional de Acreditação – ONA. Você vai conhecer todos os requisitos da acreditação e entender como colocar os seus princípios em prática, com foco na melhoria contínua.
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Instituição de saúde saltou do ONA1 para o ONA3. Fato que evidencia o preparo e engajamento dos profissionais
(mais…)Você sabe quais são as etapas do processo de Acreditação ONA?
O setor da saúde tem passado por significativos avanços na gestão da qualidade. Para a avaliação da qualidade em saúde, tem-se dado destaque para o sistema de acreditação, que consiste numa estratégia sistemática, periódica, reservada e voluntária. Seus métodos permitem avaliar a qualidade dos serviços de saúde, mediante padrões previamente definidos.
Antes de detalhar as etapas que compõem o processo, vamos pontuar o que é a Acreditação ONA, sua importância e os benefícios gerados às instituições acreditadas.
A Acreditação ONA é um método de avaliação e certificação de serviços de saúde com base em padrões definidos, que é reconhecido, internacionalmente, pela IsQUA. É voluntária, sigilosa, periódica e não tem caráter fiscalizatório. Envolve a gestão e a assistência, objetivando a segurança do paciente.
Embora tenha iniciado em ambientes hospitalares, hoje, existem outras organizações de saúde que também podem ser acreditadas, como clínicas, laboratórios e centro de imagens. Além disso, houve um grande crescimento na atenção básica, no último ano, sendo a Fundação Vanzolini a maior responsável por estas certificações.
Já o Selo de Qualificação ONA é destinado a serviços de apoio a organizações de saúde, como Processamento de Roupas para a Saúde; Dietoterapia; Manipulação e Atenção Farmacêutica; Esterilização e Reprocessamento de Materiais; Engenharia Clínica; Higienização; Nutrição Clínica e de produção.
A avaliação também é voluntária, periódica e reservada e o certificado é concedido à instituição que atender aos critérios de segurança, incluindo aspectos estruturais e de gestão.
A acreditação serve como referência – em nível nacional – de qualidade para os processos dos estabelecimentos avaliados. O papel da Acreditação ONA é justamente padronizar processos que, ao mesmo tempo que garantem maior eficiência da equipe, reduzem os custos desnecessários aos serviços de saúde.
Assim, a avaliação é feita periodicamente, com o objetivo de estimular a melhoria contínua dos processos.
Tanto a Acreditação quanto o Selo de Qualificação ONA são ferramentas de gestão que permitem padronização e alinhamento de processos, assim como incentivam a melhoria contínua, entre todos os envolvidos, como colaboradores, alta administração, os serviços terceirizados, entre outros.
Ambos criam um ambiente de cultura de segurança e provocam nos colaboradores o olhar para os resultados de maneira que a tomada de decisão seja consistente e a gestão assertiva.
A implantação de ações de melhoria e boas práticas da qualidade e segurança do paciente em serviços da saúde associados à acreditação proporcionam aumento da produtividade, maior satisfação aos pacientes e clientes, e agregam valor à instituição.
Vale lembrar que as metodologias de avaliação para Acreditação e para o Selo de Qualificação ONA são voluntárias e reservadas, não tendo caráter fiscalizatório. Não são metodologias com caráter prescritivo, por isso não recomenda ferramentas e técnicas que devem ser seguidos. Por essa razão, têm como função principal ser um programa de educação continuada dentro dos serviços de saúde.
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Além de determinar quais os melhores procedimentos de gestão que garantem a máxima segurança dos pacientes, a acreditação hospitalar tem ainda a função de otimizar a utilização de insumos, aumentar a produtividade dos profissionais e desenvolver o entendimento estratégico, tendo como meta a melhoria da qualidade do atendimento.
Desenvolver as seis metas internacionais de segurança do paciente é parte da metodologia. Incidentes acontecem e na metodologia são notificadas e tratadas, com olhar preventivo evitando recorrências, tornando a assistência cada vez mais segura.
A obtenção do certificado traz inúmeros benefícios ao serviço de saúde. Além de gerar maior confiabilidade perante o mercado e garantir maiores reajustes junto às operadoras de planos de saúde, ter a Acreditação mostra que toda a sua equipe está focada na melhoria contínua dos processos, visando sempre o atendimento mais seguro dos pacientes.
Outros benefícios da acreditação hospitalar é passar a estabelecer processos internos com alto grau de perfeição, com redução da burocracia e otimização do tempo dos profissionais envolvidos nos procedimentos. Para os gestores, isso resulta numa equipe mais comprometida e que passa a ser mais produtiva, ao mesmo tempo que presta um melhor atendimento, reduzindo as possibilidades de erros.
O Selo de Qualificação ONA, assim como a Acreditação, permitem uma visão sistêmica e a integração de setores dentro da instituição. Os processos e riscos são mapeados, as interações entre processos definidas e todos passam a trabalhar no sentido de um objetivo comum, definido no planejamento estratégico. Ter o Selo oferece maior segurança à organização de saúde contratante, que sabe estar contratando uma empresa com processos padronizados e mais seguro.
A acreditação hospitalar cria a cultura do aperfeiçoamento constante, da preocupação com os detalhes e com a otimização dos processos. Para aderir ao processo de acreditação hospitalar, o serviço de saúde deverá cumprir alguns pré-requisitos, entre os quais estar constituída legalmente há mais de um ano, ter alvará de funcionamento e apresentar todas as licenças sanitárias. Para iniciar o processo de acreditação, é preciso:
No Brasil, a Acreditação é representada na forma de níveis (Acreditado; Acreditado Pleno; Acreditado com Excelência e Não Acreditado) e os critérios que regem cada nível podem ser observados no Manual Brasileiro de Acreditação, proposto pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), criada em 1999.
Para serem certificados, hospitais e clínicas médicas são avaliados em três níveis, baseando-se em padrões que abrangem aspectos de estrutura, processo e resultado:
Acreditado (Nível 1): atendimento integral ao conceito de segurança em todos os processos organizacionais;
Acreditado Pleno (Nível 2): adicionalmente ao conceito de segurança, inclui conceitos de gestão integrada, alinhando resultados a estratégias e ações para promoção da qualidade, por meio de melhoria contínua;
Acreditado com Excelência (Nível 3): complementa a acreditação plena com o conceito de excelência em gestão, estreito relacionamento com todas as partes interessadas, responsabilidade socioambiental, dentro do contexto da promoção da qualidade por meio ciclos de melhoria contínua.
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Para aderir ao processo de Acreditação ONA, o serviço de saúde deverá cumprir alguns pré-requisitos, entre os quais estar constituída legalmente há mais de um ano, ter alvará de funcionamento, apresentar todas as licenças sanitárias e ter atualizado o Responsável Técnico conforme o serviço prestado pela instituição. Para iniciar o processo de Acreditação, é preciso:
No Brasil, a metodologia da Acreditação ONA é a única que permite a certificação por níveis:
Acreditado (Nível 1): segurança em todos os processos organizacionais; certificado tem validade de dois anos.
Acreditado Pleno (Nível 2): segurança e gestão integrada; certificado tem validade de dois anos;
Acreditado com Excelência (Nível 3): excelência em gestão, demonstrando uma cultura organizacional de melhoria contínua com maturidade institucional; certificado tem validade de três anos;
Todas as avaliações são realizadas com a aplicação do Manual Brasileiro de Acreditação versão 2022.
O Selo de Qualificação ONA é concedido ao serviço que atender os requisitos do Manual Brasileiro de Acreditação: Serviços para a Saúde – Selo de Qualificação ONA, e o certificado tem validade de um ano.
Para saber como avaliar uma instituição de saúde de acordo com as normas da ONA, confira o curso completo oferecido pela Fundação Vanzolini. A formação tem 24 horas de duração, no formato EaD ao Vivo, com acesso direto ao professor e aos outros alunos durante as aulas. Esperamos por você!
Fontes:
Alves VLS. Gestão da qualidade: ferramentas utilizadas no contexto contemporâneo da saúde. São Paulo: Martinari, 2012.
Organização Nacional de Acreditação – ONA. Manual das organizações prestadoras de serviços de saúde. Brasília (DF); 2014.
nexxto.com/acreditacao-hospitalar
ona.org.br/acreditacao/o-que-e-acreditacao/ (27.02.2024; 16:00)
Como a acreditação hospitalar ONA está transformando a qualidade e a segurança dos serviços de saúde.
No universo da saúde, a busca pela excelência é contínua. Nesse contexto, a acreditação hospitalar ONA (Organização Nacional de Acreditação) surge como um elemento crucial para alinhar serviços de saúde às melhores práticas do setor.
Por meio deste processo, hospitais e instituições de saúde no Brasil buscam não apenas melhorar a qualidade e eficiência de seus serviços, mas também garantir maior segurança para os pacientes. Este artigo explora o impacto da acreditação ONA no setor de saúde, destacando sua importância na gestão de saúde e na garantia da segurança do paciente.
A acreditação hospitalar ONA é um processo pelo qual instituições de saúde voluntariamente passam por uma avaliação rigorosa de seus processos e práticas. O objetivo é garantir que os padrões de qualidade e segurança estejam sendo atendidos. Este selo de qualidade é um indicador de que a instituição segue as melhores práticas de mercado em termos de gestão de saúde para a qualidade dos processos e segurança do paciente.
A acreditação hospitalar ONA traz diversos benefícios para a qualidade em serviço de saúde. Ela impulsiona melhorias contínuas nos processos hospitalares, aumenta a eficiência operacional e eleva a qualidade dos serviços prestados. Instituições acreditadas são percebidas como mais confiáveis pelos pacientes, o que contribui para uma maior satisfação e segurança do paciente.
Um dos principais focos da acreditação hospitalar ONA é a segurança do paciente. A acreditação ajuda a estabelecer protocolos rigorosos para prevenção de erros, gerenciamento de riscos e melhoria contínua da segurança do paciente. Isso se traduz em ambientes de saúde mais seguros e em melhores resultados para os pacientes.
Além de melhorar a qualidade dos serviços de saúde, a acreditação ONA também serve como uma importante ferramenta de gestão. Ela ajuda as instituições de saúde a identificarem áreas de melhoria, otimizarem recursos, melhorarem a comunicação interna e fortalecerem a gestão de equipe.
Obter a acreditação hospitalar ONA não é uma tarefa fácil para organizações de saúde. Exige um comprometimento significativo com a excelência operacional e clínica. No entanto, as recompensas são substanciais, incluindo melhor reputação no mercado, maior confiança dos pacientes e, o mais importante, a elevação da qualidade do atendimento ao paciente.
A longo prazo, a acreditação hospitalar ONA pode transformar o panorama da saúde no Brasil. Instituições que adotam esses padrões elevados podem servir como modelos para outras, criando uma rede de cuidados de saúde de alta qualidade, focada na segurança e bem-estar do paciente.
A tendência é que a acreditação hospitalar ONA se torne cada vez mais relevante no Brasil, à medida que pacientes e profissionais da saúde buscam padrões mais elevados de atendimento. Isso indica um futuro promissor para a saúde no país, com instituições mais preparadas para enfrentar desafios e oferecer cuidados excepcionais aos pacientes.
A acreditação hospitalar ONA também promove a sustentabilidade e inovação dentro das instituições de saúde. Ao estabelecer práticas de gestão eficientes e responsáveis, os hospitais melhoram a prestação de serviços e se tornam exemplos de instituições ambientalmente conscientes e inovadoras.
Isso inclui a adoção de tecnologias de ponta e a implementação de práticas sustentáveis, que beneficiam tanto os pacientes quanto o meio ambiente.
Parte crucial do processo de acreditação hospitalar ONA envolve a educação continuada e desenvolvimento de lideranças. Instituições acreditadas frequentemente investem em programas de treinamento para assegurarem que sua equipe esteja atualizada com as últimas práticas e tecnologias em saúde.
Esse investimento no capital humano não só melhora a qualidade do atendimento, como também contribui para um ambiente de trabalho mais satisfatório e produtivo.
A acreditação hospitalar ONA também pode abrir portas para parcerias e colaborações com outras instituições líderes na área de saúde. Essas parcerias podem levar a trocas de conhecimentos, pesquisas conjuntas e melhorias contínuas nos padrões de atendimento, beneficiando a comunidade de saúde como um todo.
Embora a acreditação traga muitos benefícios, também há desafios na sua implementação. Isso inclui o custo inicial de adaptação aos padrões ONA, a resistência à mudança por parte dos funcionários e a necessidade de uma avaliação e monitoramento constantes. No entanto, os benefícios a longo prazo superam esses desafios iniciais, levando a uma melhoria significativa na prestação de serviços de saúde.
Adotar a acreditação hospitalar ONA é mais do que atingir um selo de qualidade, é um compromisso contínuo com a excelência. Isso envolve uma cultura organizacional que valoriza a alta qualidade, a segurança do paciente e a melhoria contínua. Ao aderir a esses padrões, os hospitais demonstram seu compromisso não apenas com seus pacientes, mas também com seus funcionários e a comunidade em geral.
A acreditação ONA auxilia os estabelecimentos de saúde a se manterem atualizados com as rápidas evoluções e inovações no campo médico. Em um cenário onde os avanços acontecem continuamente, aderir a esses padrões de excelência é essencial para estar alinhado com as práticas médicas modernas.
Este selo de qualidade é um marco significativo na melhoria dos serviços de saúde no Brasil. Representa um compromisso com a excelência, abordando desde a segurança do paciente até a sustentabilidade e inovação no setor.
As instituições que se comprometem com esse processo aprimoram seus próprios padrões e também contribuem para a elevação do nível de saúde em todo o país, fomentando um futuro mais promissor e saudável para a população.
Fontes:
A criação da nova versão do Manual ONA para Organizações Prestadoras de Serviços de Saúde (OPSS), edição 2022/2025, contou com mais de 100 profissionais de diversas áreas, como representantes ONA, avaliadores, especialistas convidados e membros de sociedade de classes.
Todas as instituições de saúde devem prezar pela preservação da vida de seus pacientes, além de contar com um atendimento apropriado e eficiente. Para isso, é necessário gerenciar a qualidade de seus processos.
Neste post, vamos abordar uma metodologia desenvolvida para auxiliar as organizações de saúde a avaliarem seus processos e identificarem melhorias: a acreditação ONA. Também falaremos de seus benefícios e dos desafios para sua obtenção.
Tenha uma boa leitura!
(mais…)No último dia 16 de agosto, a Frente Nacional de Prefeitos (FNP), em parceria com o Fórum Inova Cidades e a Fundação Vanzolini, realizaram mais um encontro do ciclo de conversas sobre A Gestão Municipal na Era dos Dados. O tema dessa vez foi: Inovação Aberta.
Dando continuidade à série de eventos on-line do ciclo “A Gestão Municipal na Era dos Dados”, foi mantido o padrão dos debates anteriores. Dessa forma, contamos com a participação de especialistas, prefeitos e prefeitas, secretários e secretárias e equipes técnicas envolvidas no desenvolvimento de iniciativas de inovação no âmbito das administrações municipais. O objetivo dos encontros é o de promover conexões e trocas de experiências em torno de pautas atuais e relevantes, sempre com o foco em promover mudanças significativas e positivas nos serviços destinados aos cidadãos e em suas realidades locais. O tema dessa edição foi Inovação Aberta.
Os mediadores Giovanni Bernardo, secretário de Desenvolvimento Econômico, Tecnologia e Inovação de Tubarão (SC) e Daniel Annenberg, vereador por São Paulo (capital) iniciaram a conversa propondo algumas questões para motivar os participantes. Ao contextualizar que “as práticas de Inovação Aberta têm o papel de acelerar o fluxo de inovação dentro das instituições e trazer ideias e soluções de diferentes agentes internos e externos para apoiar a resolução dos desafios práticos”, a mediação propôs: “quais os aspectos que envolvem o campo da inovação aberta nos municípios?”; “quais metodologias têm se mostrado mais aderentes ao contexto da Administração Pública?”; “quais possibilidades de parceria vocês indicariam para os gestores municipais que querem trabalhar com a Inovação Aberta?”; “quais são as iniciativas bem-sucedidas que podem nos inspirar?”; e, ainda, “como vocês enxergam as possibilidades e os desafios frente aos fundamentos legais que tratam da inovação no setor público?”.
O prefeito de São Vicente (SP), Kayo Amado, iniciou a participação dos convidados destacando que propor inovação no serviço público vai passar, necessariamente pela mobilização coletiva e mudança de comportamentos: “buscar parcerias em qualificação e formação para que a perspectiva da inovação esteja mais presente dentro do comportamento das pessoas na Administração”. O prefeito lembra que, em muitos momentos, o comportamento no estilo “sempre foi assim”, pode travar novas soluções, mas que essa perspectiva pode ser vencida com incentivo à qualificação e atualização de conhecimentos e práticas. Trouxe ainda o exemplo da primeira edição do “Concurso de Inovação” do município, que é destinado aos servidores, aos concursados e aos comissionados para que enviem propostas e soluções para desafios reais. “Melhorias tanto em processos organizacionais quanto em serviços políticas, premiação às melhores propostas e contará com uma banca avaliadora com representantes de universidades e instituições externas que promovem a inovação aberta no setor público”. Esse incentivo à participação dos cidadãos e servidores, tem como objetivo, para o prefeito, “começa a abrir [o espaço da gestão pública] para as pessoas poderem pensar e dar soluções, é algo que vai gerar envolvimento, empoderamento” e, com isso, ampliar a visão de que “existem coisas boas saindo do governo, você começa a criar também uma cultura de integridade, uma cultura de fortalecimento do que acontece, porque há maior divulgação e maior envolvimento dos cidadãos e servidores no dia a dia da Administração”.
Na sequência, a gerente de Conhecimento e Inovação da organização social Comunitas, Mariana Collin, propôs percorrer um panorama geral dos conceitos da Inovação Aberta e destacar dicas gerais sobre como implementá-la nos municípios. Ela trouxe a definição da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (o organismo internacional, OCDE) que diz que “inovação no setor público é quando as pessoas de uma organização implementam novos jeitos de resolver um problema e gera um impacto social positivo”. Mariana quis destacar essa definição para que os presentes se lembrassem que “inovação aberta não envolve, necessariamente, o uso de tecnologias complexas. Ainda que as tecnologias digitais formem uma parte importante das inovações atuais, elas não são, obrigatoriamente, sempre a solução”. “Existe muito a crença de que inovação significa, necessariamente, criar algo novo que não existia antes. Quando na realidade, a maioria das inovações de governo, por exemplo, acontecem quando se aplicam soluções para gerar melhorias de processos e serviços que já existem, ou ainda reproduzir soluções e iniciativas que foram desenvolvidas em outros territórios. Às vezes, não é inventar a roda novamente, inovar pode ser pegar uma receita de ‘feijão com arroz’ que deu certo em outro lugar e trazer para o seu contexto local”, pontua Collin.
Para finalizar sua fala, Mariana destacou que os governos municipais “têm um papel enorme de promover e impulsionar o ecossistema local, o empreendedorismo local” e que “dados do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) mostra que em países da América Latina, as compras públicas representam 15% do PIB nacional, nisso se vê um enorme potencial e a importância de os governos promoverem o ecossistema local, também, para fomentar e adquirir tecnologias de inovação”. Como propostas de ação para os governos locais, Collin sugere que possam ser feitos “desde processos de premiação de pesquisas, chamamento de ideias, ‘hackathons’ pontuais que vão incentivar o uso de dados públicos, até programas mais complexos de incubação e desafios de médio e longo prazo, que vão prever um processo licitatório de compra pública no final”, como exemplos.
E foi a vez do secretário de Governança da prefeitura de Maceió (AL), Antônio Carvalho, que já iniciou sua fala costurando a conversa com os demais convidados ao lembrar que, como dito pelos demais colegas: “gestores públicos não são super-heróis, e é necessário apoio de todo o funcionalismo, dos cidadãos, das empresas públicas e privadas, das universidades para que os desafios das cidades sejam vencidos”. Remetendo, ainda, às mudanças recentes no uso das tecnologias de informação que mudaram, por consequências, as formas de os cidadãos resolverem seus problemas e das administrações proporem as soluções. Com isso, Carvalho diz que “a partir de uma governança mais compartilhada, cada vez mais, a tendência é que a gente tenha essa maior participação do terceiro setor, do privado, do público e da academia para tentar achar, juntos, a melhor solução”. Carvalho diz ainda que não acredita que os cidadãos não estejam disponíveis ou não sejam favoráveis às inovações, mas que “a experiência de se fazer Inovação Aberta está na cultura, está nas pessoas. É mostrando, comunicando com eficiência, abrindo para as pessoas cada vez mais espaços para que elas possam se sentir parte do governo. Parte da solução dos desafios. Afinal, as questões públicas são coletivas, são de todos nós”.
Abaixo, assista ao evento na íntegra.