Fundação Vanzolini

No dia 18 de setembro, a Comissão Extraordinária de Inovação, Tecnologia e Cidade Inteligente da Câmara Municipal de São Paulo firmou um importante termo de cooperação técnica com a Fundação Carlos Alberto Vanzolini.

O objetivo desta parceria é desenvolver projetos e programas que promovam a inovação, a tecnologia e o desenvolvimento sustentável na cidade de São Paulo, criando um impacto positivo para a sociedade paulistana.

A parceria entre a Fundação Vanzolini e a Câmara de São Paulo

A assinatura do termo de cooperação é resultado de um requerimento que e visa aproveitar a expertise da Fundação Vanzolini para enfrentar os desafios urbanos, sociais e ambientais da capital paulista.

A fundação, gerenciada por professores da Escola Politécnica da USP, tem quase 60 anos de atuação em áreas como tecnologia, inovação e sustentabilidade, sendo referência nacional e internacional nesses temas.

Essa parceria tem como foco a adoção de políticas inovadoras e sustentáveis ​​para melhorar continuamente a qualidade de vida dos habitantes de São Paulo, soluções que combinem eficiência, tecnologia e respeito ao meio ambiente.

O papel da Fundação Vanzolini na Inovação e Sustentabilidade

A Fundação Vanzolini reafirmou seu compromisso em fornecer suporte técnico à Comissão de Inovação e Tecnologia da Câmara, colaborando na criação de um ambiente mais propício à inovação tecnológica e ao desenvolvimento sustentável. A fundação se destacou como uma aliada crucial na construção de cidades inteligentes, com soluções que integram tecnologia e sustentabilidade em favor da sociedade.

“Quero aqui reiterar o compromisso da fundação, em colocar toda a sua estrutura, o seu conhecimento à disposição dessa Comissão, para fornecer o devido o suporte técnico à Comissão de Inovação, Tecnologia e Cidades Inteligentes”, reforçou João Amato Neto, presidente da Diretoria Executiva da organização.

“Eu gostaria de dizer que nós estamos muito honrados com essa cooperação. Esse termo de cooperação tem por objetivo dar apoio a essa Comissão e nós estamos aqui à disposição para fazer discussões sobre o futuro aqui da nossa cidade, num horizonte de longo prazo, com uma contribuição das instituições de ensino e pesquisa”, acrescentou Marcelo Schneck de Paula Pessoa, coordenador do Grupo de Pesquisas em Cidades Inteligentes do Laboratório de Cidades, Tecnologia e Urbanismo/Conecticidades da POLI USP e da Fundação Vanzolini.

“Esperamos que se enraíze aqui em São Paulo [a cultura de inovação e cidade inteligente] e que dê exemplo para outros locais, onde possamos trabalhar de maneira integrada a questão de inovação, tecnologia e cidades inteligentes. Conte com o nosso apoio e dedicação”, acrescentou Cesar Massaro, consultor sênior de Desenvolvimento de Negócios da fundação e representante da organização na Comissão.

Projetos para Cidades Inteligentes e Sustentáveis

Durante a reunião, foram planejados temas como inteligência artificial, cidades 100% sustentáveis ​​e cibersegurança, com representantes de grandes empresas de tecnologia. A Nvidia, por exemplo, trouxe à mesa a importância da computação acelerada e de plataformas tecnológicas que podem tornar as cidades mais eficientes e conectadas.

Outro ponto de destaque foi o conceito de Green Fields, apresentado pela empresa Kei Cities. Green Fields são bairros ou cidades construídas do zero, planejadas de forma totalmente sustentável, com foco no desenvolvimento social, econômico e ambiental, sempre com as pessoas no centro do planejamento.

Cibersegurança em Cidades Inteligentes

O aumento da digitalização das cidades também levanta questões sobre a proteção de dados dos cidadãos. Leonardo Fonseca Netto , gerente da Italtel Brasil, destacou a importância de medidas robustas de cibersegurança para proteger informações sensíveis, como endereços, biometria e documentos públicos.

Cidades Inteligentes, que utilizam dados em larga escala para oferecer serviços melhores e mais eficientes, precisam garantir que essas informações sejam seguras contra ataques cibernéticos.

O futuro de São Paulo: inovação e sustentabilidade na prática

A parceria entre a Fundação Vanzolini e a Câmara de São Paulo marca um novo capítulo no desenvolvimento da cidade.

O presidente da Comissão de Inovação, vereador Sansão Pereira, ressaltou que o objetivo é criar leis e políticas que desburocratizem processos e facilitem a implementação de tecnologias que beneficiem diretamente a população. O foco é fazer com que essas inovações cheguem à ponta e atendam de forma eficiente os cidadãos paulistanos.

Saiba mais aqui: Comissão de Inovação e Tecnologia firma termo de cooperação com a Fundação Vanzolini

Conselheiro e professor da Fundação Vanzolini, prof. Marcelo Pessôa, foi um dos homenageados no evento de comemoração

Grupo de professores e estudantes responsáveis pela construção do computador Patinho Feio, em 1972, foi homenageado no evento que comemorou o 50º aniversário do projeto, no dia 22 de setembro de 2022, na Escola Politécnica da USP.

Desenvolvido pelo Laboratório de Sistemas Digitais do Departamento de Engenharia Elétrica, o Patinho Feio foi o primeiro computador feito no país. “Há controvérsias”, brinca o prof. Marcelo Schneck de Paula Pessôa. “Outras iniciativas já estavam em curso naquela época, como o projeto do ITA, apelidado de Zezinho”, complementa.

Hoje membro do Conselho Curador da Fundação Vanzolini e livre docente do Departamento de Engenharia de Produção da Escola Politécnica da USP, o professor Marcelo Pessôa coordena o grupo de pesquisas denominado Conecticidade que visa a aplicação de tecnologias em cidades inteligentes para oferecer melhor qualidade de vida ao cidadão. Foi um dos homenageados no evento de comemoração pois, naquela época, era um dos estagiários do projeto e se lembra com muito entusiasmo da construção do primeiro computador desenvolvido pela Poli. “Foi um projeto visionário! Houve muitos aprendizados com os erros e acertos que tivemos durante a construção do Patinho Feio”.

O Patinho Feio abriu caminho para o desenvolvimento de outro computador, o G-10, que mais tarde se tornaria o ponto de partida para o primeiro computador comercial brasileiro, o Cobra 530, fabricado pela Cobra Computadores. “Essa iniciativa dos estudantes do curso de engenharia desencadeou uma série de projetos inovadores e gerou grandes empresas de tecnologia. Esse foi seu grande legado”, afirma Pessôa.

Por que “Patinho Feio”?

O divertido nome conferido ao computador sempre gerou curiosidade.

O professor conta que, na mesma época, havia um projeto rival nomeado “Cisne Branco”, na UNICAMP, em referência ao hino da Marinha do Brasil. O grupo de estudantes da Poli, em resposta, determinou: “O nosso então vai se chamar Patinho Feio e vai funcionar antes! ” O apelido carinhoso fez sucesso e logo foi adotado por todos.

Legado do projeto

Além de gerar o desenvolvimento de uma sequência de novos protótipos de computadores, a partir da construção do Patinho Feio também surgiram inúmeras dissertações de mestrado e teses de doutorado voltadas para novas tecnologias nacionais. E ainda, uma nova e importante graduação foi criada na Escola Politécnica: o curso de Engenharia da Computação, um dos cursos mais concorridos até hoje.

“O conhecimento gerado a partir dessas iniciativas foi utilizado em novas empresas que nasceram na época, pela iniciativa dos formandos do curso de engenharia, isso transformou uma geração, transformou o conhecimento em riqueza para o país”, conclui orgulhosamente o professor da Fundação Vanzolini.

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Você já ouviu falar algo sobre Bicicletas Autônomas?

Elas são objeto de um estudo do núcleo de pesquisa CONECTICIDADE, que trabalha com o conceito de “Cidades Inteligentes”, isto é, a aplicação de tecnologias para oferecer um ambiente confortável e seguro para o cidadão ter mais qualidade de vida.

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