Descubra como a arquitetura pode ser protagonista no enfrentamento da crise climática e na construção de alternativas sustentáveis que visam eficiência energética e redução de emissões
Para o planeta Terra não temos plano B e, diante de uma crise ambiental sem precedentes, marcada por intensas mudanças climáticas, um processo de urbanização acelerado e a crescente escassez de recursos naturais, se nada for feito agora, o futuro pode não ser uma possibilidade.
Assim, em meio ao colapso ambiental, desafios são impostos aos diversos setores da sociedade e da economia, e a arquitetura e a construção civil desempenham um papel crucial tanto na origem dos problemas quanto na busca por soluções.
A partir disso, é preciso criar espaços de reflexão e ação, como a CASACOR 2025 tem feito, pois, ao reunir profissionais, especialistas e o público em geral em torno das inovações e na arquitetura, está trazendo também a conscientização e o estímulo à ação em prol de uma arquitetura mais responsável e alinhada com os desafios do nosso tempo.
Para saber como a CASACOR – reconhecida como a maior e mais completa mostra de arquitetura, design de interiores e paisagismo das Américas – coloca a arquitetura e a construção como protagonistas de uma transformação sustentável, siga com a leitura!
O que provoca a doença também pode curá-la. Com essa premissa a CASACOR 2025 e a Fundação Vanzolini se unem para um ciclo de palestras que provoca e faz refletir sobre ações que podem mudar o rumo da construção civil e da arquitetura, tornando-as mais sustentáveis e agentes de uma mudança ambiental.
Entre os encontros previstos na mostra, para o dia 26 de junho, está programada a palestra Eficiência energética, redução de emissões e a arquitetura como protagonista em um mundo em colapso.
A conversa conduzida por especialistas tem como objetivo discutir a importância da eficiência energética e da redução de emissões de gases de efeito estufa no setor da construção civil, destacando o papel fundamental que a arquitetura desempenha na mitigação dos impactos ambientais e na construção de um futuro mais sustentável.
A presença da Fundação Vanzolini na CASACOR 2025 reforça o seu compromisso com a promoção de práticas inovadoras e sustentáveis no setor da construção, por meio de certificações e incentivando a adoção de soluções que sejam capazes de conciliar desempenho ambiental, conforto, design e viabilidade econômica.
Vale destacar que o evento é direcionado aos visitantes da mostra e as vagas limitadas. No entanto, o conteúdo será gravado e ficará disponível no site e no canal da Fundação Vanzolini, no YouTube.
A urgência em debater a eficiência energética e a redução de emissões na construção civil se justifica pelo impacto significativo que este setor exerce sobre o meio ambiente global.
Dados da Agência Internacional de Energia (IEA) colocam a construção civil mundial como responsável direta e indireta por 39% dos gases do efeito estufa liberados na atmosfera. Cerca de 11% deste volume estaria ligado à cadeia produtiva de aço e cimento. O restante refere-se à produção de energia para manter os edifícios sem funcionamento.
Outro levantamento mostra que, no mundo, o setor de energia é o maior responsável (34%) pelas emissões globais de GEE, segundo o 6º relatório do IPCC (Painel Internacional sobre a Mudança do Clima).
Em seguida, vem a indústria, com 24% das emissões; agricultura, florestas e uso da terra (AFOLU, na sigla em inglês) com 22%; transportes com 15%; e construção civil com 6% das emissões globais.
A elevada pegada de carbono da construção está intrinsecamente ligada à intensa demanda por recursos naturais, como água, madeira, minerais e combustíveis fósseis, além do consumo energético em todas as fases da construção e operação dos edifícios.
Sendo assim, falar sobre eficiência energética transcende uma mera tendência e se configura como uma necessidade global inadiável.
A otimização do uso de energia em edificações não apenas reduz as emissões de GEE, mas também proporciona economia de custos operacionais a longo prazo, ou seja, além de beneficiar o meio ambiente, é econômico, contribuindo para o conforto e a qualidade de vida dos usuários.
Além disso, a adesão a certificações ambientais, como a AQUA-HQE™ e o PBE Edifica/Selo Procel Edificações e a verificação dos inventários de gases de efeito estufa das organizações pela ISO 14064 promovem a adoção de práticas responsáveis e mensuráveis no setor, contribuindo também para um processo construtivo alinhado às necessidades ambientais atuais, além de soluções inovadoras e o cumprimento de padrões de sustentabilidade reconhecidos internacionalmente.
O cenário pede atitude, movimento, e como alternativas sustentáveis para a redução da pegada de carbono na arquitetura e construção civil, podemos destacar a implementação de uma série de boas práticas em todas as etapas do processo construtivo. Veja como:
Como falamos anteriormente, a arquitetura e a construção civil podem tanto ser a causa como a solução para a crise ambiental.
Sendo assim, diante dos clamores globais e da urgência de se lutar por um futuro possível, os segmentos podem assumir um papel de protagonismo no enfrentamento dos desafios ambientais.
Este é, inclusive, o pensamento defendido pelo arquiteto Rodrigo Loeb, especialista que ministra a palestra da Fundação Vanzolini na CASACOR 2025.
O arquiteto propõe uma reflexão sobre o papel da arquitetura em um mundo em colapso e discute a atuação do setor tanto nos processos de degradação quanto na construção de alternativas sustentáveis.
A análise parte do marco do Antropoceno (nova época geológica, caracterizada pelo impacto significativo da humanidade sobre o planeta e seus processos), associando-o à Sexta Extinção em Massa, e traça um panorama das transformações do modelo dominante e os sinais de um novo futuro possível.
Dessa forma, a reflexão proposta por Loeb é convite a repensar o modelo dominante de produção e consumo na arquitetura, buscando alternativas que priorizem a sustentabilidade em suas múltiplas dimensões.
Em sua fala, o profissional explora como a arquitetura pode se tornar protagonista na construção de futuros mais resilientes e ecologicamente equilibrados.
A ideia de Loeb está alinhada com uma tendência global: pesquisa da Johnson’s Controls, especializada em edificações sustentáveis, realizada no final de 2021, revelou que 72% dos líderes empresariais consideram prioridade investir na área de sustentabilidade de suas companhias nos próximos dois anos.
O levantamento ouviu 2,3 mil executivos de 19 setores distintos em mais de 25 países, mostrando que o esforço deve incluir a opção por escritórios, galpões e unidades fabris de baixo carbono.
O encontro na CASACOR 2025 será também um importante espaço para reflexão sobre a ética, a estética e a responsabilidade inerentes à atuação profissional dos arquitetos, incentivando a adoção de práticas que integrem: criação de espaços inovadores e a preservação do meio ambiente para as futuras gerações.
A palestra Eficiência energética, redução de emissões e a arquitetura como protagonista em um mundo em colapso contará com a expertise de dois renomados profissionais:
Sua atuação se destaca pela capacidade de integrar os aspectos ambientais, sociais e de governança nas estratégias empresariais, promovendo a adoção de práticas responsáveis e inovadoras que geram valor para as organizações e para a sociedade.
Sua participação enriquece o debate com uma perspectiva teórica sólida e uma visão abrangente das complexas questões envolvidas na crise ambiental global.
A combinação da expertise prática de Gabriel Bonansea e da visão crítica de Rodrigo Loeb promete uma discussão enriquecedora e inspiradora, durante a CASACOR 2025, capaz de estimular novas abordagens e soluções para a construção de um futuro mais sustentável, com a arquitetura no centro e fazendo a diferença.
Por fim, vale destacar a referência da Fundação Vanzolini em certificações, como a AQUA-HQE™ e o PBE Edifica/Selo Procel Edificações, que são ferramentas fundamentais para garantir que as construções sigam critérios de eficiência energética e sustentabilidade. Além do destaque da Fundação Vanzolini no mercado de verificação de projetos e inventários relacionados às emissões de gases de efeito estufa.
Elas oferecem uma visão detalhada sobre o desempenho energético, a eficiência no uso da água, a qualidade do ambiente interno e o impacto dos materiais utilizados na construção. As etiquetas de desempenho energético, em particular, fornecem informações importantes sobre o consumo de energia, permitindo escolhas mais conscientes em relação ao impacto ambiental.
Para saber mais sobre a AQUA-HQE™ e outras certificações para boas práticas, convidamos a acessar o site da Fundação Vanzolini
E, lembramos que, a palestra Eficiência energética, redução de emissões e a arquitetura como protagonista em um mundo em colapso, que acontece no dia 26 de junho, faz parte de um ciclo de encontros da Vanzolini na CASACOR 2025 e estará disponível, na sequência, no canal da instituição no YouTube.
Fontes:
Quais setores econômicos mais impactam o aquecimento global?Descarbonização mobiliza setor de construção do país
Dia 26 de junho, das 14h30 às 16h
Evento aberto somente a visitantes da mostra (inscrição via CASACOR – evento pago). Vagas limitadas. O seu conteúdo será gravado e ficará disponível nesta página e no canal da Fundação Vanzolini, no YouTube.
Em um momento em que sofisticação e consciência ambiental caminham lado a lado, a Fundação Vanzolini marca presença na CASACOR São Paulo 2025 com uma série de palestras que ampliam o diálogo entre arquitetura, sustentabilidade e inovação na Construção Civil.
A mostra acontece no Parque da Água Branca, de 27 de maio a 03 de agosto de 2025. A Fundação Vanzolini estará presente nos dias 5, 12 e 26 de junho, promovendo palestras com especialistas e profissionais de destaque no mercado. A abordagem sobre o tema Eficiência energética, redução de emissões e a arquitetura como protagonista em um mundo em colapso acontece no dia 26 de junho.
Como reduzir a pegada de carbono na construção civil de forma prática e eficiente? A primeira palestra apresenta experiências e boas práticas que alinham desempenho ambiental, qualidade espacial e viabilidade técnica, destacando o impacto positivo de decisões conscientes e de certificações como a AQUA-HQE™.
Na sequência, Rodrigo Loeb propõe uma reflexão sobre o papel da arquitetura em um mundo em colapso. O arquiteto discute a atuação do setor tanto nos processos de degradação quanto na construção de alternativas sustentáveis. A análise parte do marco do Antropoceno (1610), associando-o à Sexta Extinção em Massa, e traça um panorama das transformações do modelo dominante e os sinais de um novo futuro possível.
Programação:
14h30 – Abertura
14h40 – Eficiência energética e redução de emissões – Gabriel Novaes (Fundação Vanzolini)
15h10 – Arquitetura como protagonista em um mundo em colapso – Rodrigo Loeb (arquiteto e urbanista)
15h40 – Debate
16h – Encerramento Fundação Vanzolini e CASACOR
Palestrantes:
Gabriel Bonansea de Alencar Novaes
Assessor de ESG da Fundação Vanzolini. Atua com projetos e treinamentos nas áreas de sustentabilidade, emissões, eficiência energética e certificações. Mestre e doutorando pela FAU USP.
Rodrigo Loeb
Arquiteto pela FAU-USP, mestre pela Architectural Association (Londres) e doutor pela Universidade Mackenzie. Desenvolveu projetos premiados e atua como professor e pesquisador.
Nosso Gerente de Projetos ESG e Sustentabilidade foi entrevistado para uma matéria da Revista Téchne na edição 312, de setembro, onde fala sobre relatórios de sustentabilidade e etiquetas de certificação na eficiência energética de construções.
A matéria aborda a importância dos relatórios de sustentabilidade e das etiquetas de certificação para edificações.
Gabriel destaca que as certificações são fundamentais para garantir que as construções sigam critérios de eficiência energética e sustentabilidade, enfatizando a necessidade de atenção às etiquetas de desempenho energético, que fornecem informações críticas sobre o consumo de energia e permite que as empresas e consumidores façam escolhas mais conscientes em relação ao impacto ambiental dos seus projetos.
Esses relatórios e certificações são cada vez mais relevantes à medida que o setor de Construção Civil busca soluções sustentáveis e práticas que reduzam a pegada de carbono e o consumo energético das edificações.
A matéria também enfatiza a importância de se evitar propagandas enganosas ao buscar certificações ambientais, ressaltando que a transparência e o cumprimento de critérios técnicos rigorosos são essenciais para o sucesso das iniciativas de sustentabilidade no setor.
São informações relevantes que fazem parte de uma tendência crescente em diversas partes do mundo, onde o uso de certificações e etiquetas ambientais são vistos como indicadores-chave da responsabilidade corporativa e do compromisso com um futuro mais sustentável.
“A tendência dos novos requisitos técnicos é avaliar ainda mais o ciclo de vida das construções e trazer para o mercado critérios de gestão e governança mais dinâmicos, ou seja, algo universal, como forma de contribuir para a elaboração de relatórios de sustentabilidade. As soluções arquitetônicas e técnicas para atenderem aos critérios do AQUA-HQE visam obter os melhores resultados ambientais, com economia de recursos naturais.”
A Construção Civil está passando por diversas transformações atualmente, impulsionada por certificações de sustentabilidade e etiquetas de eficiência energética. Essas ferramentas são essenciais para garantir que os projetos não apenas sejam otimizados para o uso de recursos naturais, mas também para que estejam alinhados com os padrões globais de responsabilidade ambiental.
A certificação dentro de construções sustentáveis tem o papel de proporcionar uma visão detalhada sobre o desempenho energético, a eficiência do uso de água, a qualidade do ambiente interno e o impacto dos materiais usados na construção. Empresas que adotam essas certificações se destacam não apenas por contribuírem com o meio ambiente, mas também por oferecerem valor agregado aos seus clientes e acionistas.
O Programa Brasileiro de Etiquetagem de Edificações (PBE Edifica), é um exemplo que estabelece padrões claros para o consumo energético das construções, fornecendo uma etiqueta que classifica o edifício, assim gestores podem facilmente identificar oportunidades de melhoria para promover uma gestão de recursos mais eficiente.
Além das certificações, os relatórios de sustentabilidade estão se tornando ferramentas indispensáveis para promover a transparência e a credibilidade das empresas. Esses documentos detalham os esforços realizados para reduzir o impacto ambiental e são essenciais para mostrar o compromisso das organizações com a sustentabilidade.
De acordo com Gabriel Novaes, gerente de Projetos ESG e Sustentabilidade, um ponto crucial é a necessidade de evitar propagandas enganosas. “As certificações devem ser baseadas em critérios técnicos rigorosos”, alerta. Empresas que promovem suas iniciativas sustentáveis sem um respaldo técnico correm o risco de desviar a atenção para soluções que não são tão benéficas ao meio ambiente quanto parecem.
Com isso, o futuro da Construção Civil sustentável já não é só mais uma tendência, mas a realidade inevitável, o uso de tecnologias que otimizam o consumo energético e reduzem o impacto ambiental será cada vez mais exigido por consumidores e investidores.
Sendo assim, as certificações de sustentabilidade são parte fundamental desse movimento, fornecendo todas as normas e diretrizes para uma transformação positiva do setor.
Investir nessa eficiência energética é sinônimo de se preparar para o futuro e as empresas já entenderam que estão à frente pela busca de um mundo mais verde e sustentável.
Essas organizações estão em busca de entrar em conformidade com práticas responsáveis, ajudando a mitigar os efeitos das mudanças climáticas e melhorar a eficiência operacional. Desta forma, as certificações se tornaram mais que um selo, mas o compromisso com o futuro.
Conheças as certificações ligadas à área da sustentabilidade da Fundação Vanzolini
No dia 18 de outubro, o Centro de Inovação para Transição Energética (ETIC) promoverá um seminário sobre os desafios e oportunidades do Brasil na COP-30, evento que será realizado no país pela primeira vez em 2025. O seminário também marcará o lançamento oficial do ETIC, que busca engajar alunos de graduação e pós-graduação e apoiar pesquisas científicas voltadas à transição energética.
O ETIC é coordenado pelos professores Celma Ribeiro e Erik Rego (PRO/Poli-USP), em uma parceria entre o Departamento de Engenharia de Produção da Poli, a Cosan e a Fundação Vanzolini. O evento contará com a participação de Marisa Barros, Subsecretária de Energia e Mineração do Governo do Estado de São Paulo, e Edvaldo Santana, ex-diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica. A abertura incluirá falas de Reinaldo Giudici, Diretor da Poli, José Joaquim do Amaral Ferreira, Presidente do Conselho Curador da Fundação Vanzolini, e Celma Ribeiro.
O seminário será realizado das 09h30 às 12h30 no Auditório Prof. Francisco Romeu Landi, Prédio da Administração da Poli. A entrada é gratuita, com inscrições via Sympla e emissão de certificado de participação.
Evento promovido pela Fundação Vanzolini celebrou o Dia Mundial do Meio Ambiente e reuniu especialistas e convidados para debater sobre fontes de energia limpas e como a sociedade pode se adequar para garantir o maior aproveitamento de energia e maior economia nas construções.
Neste webinar foram trabalhado pontos, como: Quais são as inovações em geração de fontes de energia mais limpas? Como as construtoras e os próprios consumidores finais podem e devem adequar suas residências para garantir o maior aproveitamento de energia e maior economia?
Assista ao webinar completo: Residências do Futuro Eficiência Energética na Prática
» Para saber quais são os nossos próximos webinars, acesse o site da Fundação Vanzolini.
Pensar em soluções cada vez mais sustentáveis nas construções é algo que gera uma série de debates, como o webinar promovido pela Fundação Vanzolini Residências do Futuro: eficiência energética na prática que aconteceu em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente.
Ainda dentro desta temática, o professor e coordenador da área de Certificação José Joaquim do Amaral Ferreira concedeu entrevista ao Jornal da USP no Ar, comandado pela jornalista Roxane Ré, da Rádio USP, para falar mais sobre como a eficiência energética tem assumido um papel cada vez mais importante para a indústria de construção civil.
Para ler sobre o assunto e ouvir a entrevista, clique aqui.
Mais do que adotar práticas de sustentabilidade no canteiro de obras, para garantir um empreendimento realmente sustentável é fundamental se atentar a critérios de sustentabilidade desde a etapa de concepção do projeto do edifício, através da especificação consciente de materiais, produtos e equipamentos no projeto.
No contexto do conjunto de referenciais da certificação AQUA-HQE™, os critérios de seleção e especificação consciente dos materiais, produtos e serviços têm um papel fundamental na qualidade e desempenho ambiental do empreendimento.
No referencial de certificação AQUA-HQE™ para Edifícios Residenciais em construção (versão 2024), a seleção de materiais é analisada à luz dos compromissos com o meio ambiente, o desempenho econômico e a qualidade de vida dos usuários. A escolha dos insumos deve considerar critérios como origem, durabilidade, manutenibilidade, reciclabilidade e impacto sobre a saúde do habitante ou usuário de uma edificação.
Este artigo explora como decisões baseadas no conceito chamado de “compras sustentáveis” podem contribuir para melhorar o desempenho e qualidade ambiental de uma edificação de acordo com requisitos da certificação.
Segundo dados do Balanço Energético Nacional (BRASIL, 2008), os edifícios brasileiros consomem cerca de 45% do total da energia elétrica produzida. Levando isso em conta, a construção civil deverá adotar práticas que possam amenizar esses impactos.
Entre as ações está a seleção mais criteriosa de materiais, produtos e equipamentos destinados à edificação a ser construída levando em consideração critérios de sustentabilidade.
Os insumos considerados sustentáveis na construção civil englobam uma vasta gama de opções, incluindo materiais reciclados e/ou recicláveis, materiais manejados de forma responsável, com certificação de qualidade comprovada etc.
Sendo assim, a conscientização no momento da escolha dos materiais representa um passo essencial (e talvez o mais importante) não apenas para o desenvolvimento de projetos e construções sustentáveis, mas também para incentivar que os próprios fabricantes adotem práticas mais responsáveis e alinhadas à sustentabilidade ao longo de seus processos produtivos.
Quando uma incorporadora e/ou construtora opta por seguir com critérios de seleção de insumos e materiais através de conceito de “compra sustentável” contribui com:
Em se tratando de economia, o uso de materiais com qualidade comprovada ou equipamentos que contenham etiquetas de avaliação de sua eficiência energética, por exemplo, resultam benefícios na fase de operação do edifício:
A certificação AQUA-HQE™ tem como missão orientar e incentivar a mudança da maneira de construir com base em práticas que levam em consideração a diminuição de impactos ao meio ambiente além de trazer melhor qualidade de vida às pessoas, tanto considerando o cenário do hoje quanto do amanhã.
Para tanto, a nova família de referenciais está estruturada em 20 categorias que orientam a avaliação em diferentes aspectos da sustentabilidade. O compromisso com a certificação está vinculado, dentre outras questões, ao atendimento de requisitos que abrangem práticas de compras sustentáveis, consideradas essenciais.
Quando um empreendimento deseja conquistar certificação AQUA-HQE™ para Edifícios Residenciais em construção (versão 2024), ele precisa levar em consideração critérios para seleção de materiais, equipamentos e mesmo serviços. Abaixo colocamos alguns exemplos, por categoria do referencial:
A adoção de práticas e critérios de seleção de materiais, produtos e serviços sustentáveis bem definidos e sua implementação eficaz é um passo fundamental para construtoras e incorporadoras que querem fazer a diferença no setor através da aplicação da certificação AQUA-HQE™.
Com o avanço das práticas sustentáveis no setor, é cada vez mais comum que profissionais e empresas busquem suporte e orientações. A premissa dos referenciais da certificação AQUA-HQE™ é justamente servir como guia nessa nova realidade.
Construtoras, incorporadoras, profissionais da construção civil, arquitetura e engenharia e pessoas envolvidas em projetos sustentáveis e certificações ambientais podem contar com a experiência em certificação de sistemas de gestão e sustentabilidade da Fundação Vanzolini.
Atuando como certificadora do conjunto de normas da certificação AQUA-HQE™, a Fundação Vanzolini conta com uma equipe multidisciplinar de especialistas, que possui o conhecimento técnico e a expertise necessária para avaliar e orientar as organizações em todas as etapas do processo de certificação.
Quer saber mais sobre o conjunto de referenciais que compõem a certificação AQUA-HQE?
Acesse < https://vanzolini.org.br/organizacoes/certificacoes/aqua-hqe/ > ou entre em contato e descubra como podemos auxiliar sua organização a alcançar seus objetivos de sustentabilidade.
Para mais informações sobre a certificação AQUA-HQE™:
seloaqua@vanzolini.org.br
(11) 3913-7100
Setor comercial e de agendamento:
certific@vanzolini.org.br
(11) 9 6476-1498
(11) 3913-7100
Fontes:
Sustentabilidade é tendência no mercado imobiliário, aponta pesquisa
Unicamp desenvolve tecnologia para construções mais sustentáveis
Em parceria com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o curso Mercados de Energia para Futuros Líderes oferece uma visão integrada e estratégica sobre o setor elétrico brasileiro, preparando profissionais para atuarem com excelência em ambientes complexos e em transformação. Com foco em inovação tecnológica, sustentabilidade e transição energética, os participantes vão explorar desde os desafios regulatórios e formação de preços até o planejamento da geração, operação e transmissão de energia. Essa parceria proporciona uma visão prática e atualizada dos desafios e oportunidades do setor, preparando futuros líderes para transformar o mercado.
Veja tudo o que você vai aprender:
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A realização deste curso está condicionada ao número mínimo de matrículas.
As vagas estão sujeitas à capacidade máxima da turma.
A última palestra da Fundação Vanzolini na CASACOR São Paulo 2025 encerra o ciclo com provocações, dados e caminhos possíveis para o futuro
Encerrando com profundidade e senso de urgência o ciclo de palestras da Fundação Vanzolini na CASACOR São Paulo 2025, o encontro com o tema Eficiência energética, reduções de emissões e a arquitetura como protagonista em um mundo em colapso reuniu profissionais de referência para discutir como a construção civil pode — e precisa — liderar a transição rumo à sustentabilidade ambiental, econômica e social.
Realizado na mostra de arquitetura, design e paisagismo mais importante do Brasil, o evento teve como objetivo fomentar o debate técnico e ético sobre as responsabilidades da arquitetura em um contexto de crise climática global, desigualdade social e esgotamento de recursos naturais.
Na abertura do evento, Gabriel Novaes, assessor de ESG da Fundação Vanzolini, apresentou dados atualizados que evidenciam o impacto da construção civil no agravamento das mudanças climáticas. Segundo ele:
“A construção e as edificações respondem por 36% do consumo de energia final global e 37% das emissões de gases de efeito estufa (GEE). No Brasil, esse setor é responsável por cerca de 6% das emissões diretas e mais da metade do consumo de energia elétrica.”
Esses números refletem desde as emissões incorporadas — ligadas à fabricação de materiais, transporte e execução das obras — até as emissões operacionais, relacionadas ao consumo de energia e água durante o uso do edifício.
Gabriel destacou ainda que, embora soluções como painéis solares e sistemas de automação predial sejam importantes, elas não substituem o papel do projeto arquitetônico consciente, que deve priorizar o desempenho passivo do edifício desde o início.
“Não é só ter o sistema de ar-condicionado mais moderno do planeta. A pergunta mais importante é: como posso evitar que ele precise ser ligado?”
O arquiteto e professor Rodrigo Loeb trouxe uma fala provocadora e inspiradora ao relembrar que a arquitetura foi historicamente usada como instrumento de dominação e colonização, mas que hoje pode — e deve — ser um agente de restauração ecológica e social.
“A arquitetura só faz sentido se for capaz de promover um processo de restauração socioambiental que seja, ao mesmo tempo, ecossistêmico e humano.”
Rodrigo mostrou exemplos de projetos arquitetônicos que conciliam sustentabilidade, qualidade de vida e viabilidade econômica, como a Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin (USP) — que usou estratégias de conforto térmico passivo, ventilação cruzada e controle solar — e o Parque de Inovação e Sustentabilidade em Brasília, construído com fundações desmontáveis e envoltória térmica leve, adaptada ao clima do Cerrado.
Um dos pontos centrais da discussão foi a apresentação da nova versão do referencial AQUA-HQE™, lançada pela Fundação Vanzolini em 2024. A nova estrutura está mais conectada aos desafios atuais e internacionais, incorporando de forma explícita:
“O novo referencial não quer mais apenas que os edifícios compensem os impactos. Ele quer que eles evitem a geração do impacto desde o início, reduzindo a demanda sobre sistemas energéticos e promovendo conforto por meio de estratégias passivas”, explicou Gabriel.
Além disso, a certificação atualizada contempla mais de 70 referências técnicas brasileiras, garantindo maior aplicabilidade e contextualização dos critérios ambientais, sociais e de governança às realidades locais, especialmente em empreendimentos residenciais, comerciais e de infraestrutura urbana.
Em sua intervenção, o professor José Joaquim Ferreira, presidente do Conselho Curador da Fundação Vanzolini, destacou que o trabalho arquitetônico deve ser guiado por uma convicção ideológica e ética em favor da vida e da coletividade.
“Se o arquiteto não tiver a certeza de que seu trabalho pode melhorar o mundo, então tudo vira apenas uma métrica. A certificação só tem valor quando há propósito.”
Rodrigo complementou com a experiência de atuar em projetos sociais e acadêmicos, muitas vezes com orçamentos restritos e sem retorno financeiro imediato, mas com alto impacto positivo para comunidades e territórios vulnerabilizados. Ele enfatizou a necessidade de que a sociedade valorize e remunere corretamente esse tipo de trabalho:
“A maioria dos projetos com comunidades em risco são tratados como trabalho voluntário. Mas esses são os projetos mais importantes.”
Um dos trechos mais práticos e inspiradores da palestra foi quando Rodrigo falou sobre a execução das obras, destacando a importância de escutar e valorizar o conhecimento da mão de obra tradicional. Ele compartilhou o caso da biblioteca da USP, que contou com um mestre de obras de mais de 80 anos e uma equipe diversa em experiência e idade.
“Muitas soluções que aplicamos vieram da sabedoria prática da obra. A arquitetura precisa incorporar o cuidado com quem vai construir e manter os espaços.”
Rodrigo também alertou sobre a falsa promessa de sustentabilidade de algumas tecnologias, como grandes usinas solares e parques eólicos instalados de forma predatória:
“A tecnologia sem responsabilidade social e ambiental pode ser apenas uma nova forma de devastação.”
Fernando Berssanetti, executivo sênior da unidade de certificação da Fundação Vanzolini, encerrou o evento reforçando a importância do planejamento de longo prazo:
“Soluções sustentáveis reais nem sempre são imediatas. É preciso resistir ao curto-prazismo e entender que o bumerangue sempre volta. O barato hoje pode custar caro amanhã.”
Ele também fez um convite à comunidade técnica e acadêmica para participar dos projetos e pesquisas da Escola Politécnica da USP, lembrando que o Brasil é o país que mais publica artigos científicos sobre sustentabilidade no mundo, mas ainda precisa traduzir esse conhecimento em ação prática.
“A Fundação Vanzolini é a ponte entre a universidade e o mercado. E as portas estão abertas para quem quiser pesquisar, desenvolver e aplicar soluções sustentáveis com impacto real.”
A terceira e última palestra promovida pela Fundação Vanzolini na CASACOR São Paulo 2025 não foi apenas um encerramento. Foi uma convocação. Para arquitetos, engenheiros, gestores públicos, investidores e cidadãos conscientes, a mensagem é clara: a sustentabilidade não pode ser superficial. Ela exige postura, coerência, escuta, técnica e ação coletiva.
Como disse Rodrigo Loeb:
“Ou a gente muda, ou a gente muda.”
Esse assunto foi útil para você? Conheça mais sobre o novo referencial AQUA-HQE™, cursos e certificações da Fundação Vanzolini.
Sofisticação e consciência ambiental caminham lado a lado na CASACOR São Paulo 2025. A Fundação Vanzolini marcou presença na mostra com uma série de encontros que ampliam o diálogo entre arquitetura, inovação e sustentabilidade na Construção Civil.
No dia 12 de junho, o destaque foi a palestra EPDs em Foco: Transparência e Sustentabilidade na Arquitetura e Design, que reuniu especialistas, arquitetos e representantes do setor em uma conversa essencial sobre o futuro dos projetos sustentáveis.
A palestra integrou o segundo ciclo de debates promovido pela Fundação na mostra, que acontece até 3 de agosto no Parque da Água Branca. A edição 2025 da CASACOR tem sido o palco ideal para discutir ferramentas práticas e confiáveis para apoiar escolhas conscientes na arquitetura e no design de interiores — e as Declarações Ambientais de Produto (EPDs) foram o centro dessa discussão.
As EPDs, documentos técnicos baseados na Avaliação do Ciclo de Vida (ACV), têm como objetivo apresentar de forma transparente o desempenho ambiental de produtos ao longo de todo o seu ciclo de vida — da extração de matéria-prima ao fim de vida, incluindo etapas como uso, manutenção e descarte.
Na palestra, foi ressaltado como essas declarações, verificadas segundo a norma internacional ISO 14025, ajudam arquitetos, designers e especificadores a tomarem decisões mais responsáveis, com base em dados comparáveis e verificáveis.
A Fundação Vanzolini, operadora no Brasil do International EPD System desde 2018, tem um papel estratégico nesse cenário, oferecendo soluções que viabilizam a comunicação clara e confiável da sustentabilidade.
Entre os recursos apresentados ao público estavam o novo logotipo rastreável de produtos, ferramentas pré-verificadas e formatos digitais interativos de EPDs — todos voltados a aumentar a credibilidade e o alcance das informações ambientais.
Fernando Berssaneti, Executivo Sênior da Unidade de Certificação da Fundação Vanzolini, deu início à palestra com um panorama da atuação da instituição desde os anos 1990 na certificação de produtos, operações e sistemas de gestão em diversos setores da economia.
Em seguida, Felipe Queiroz Coelho, assessor de certificações sustentáveis da Fundação, destacou como as EPDs vêm ganhando espaço em políticas públicas, sistemas de certificação de edifícios sustentáveis e processos de compras com critérios ambientais.
“A análise do ciclo de vida revela o real impacto de cada material, permitindo escolhas mais conscientes”, afirmou João Marcello Gomes Pinto, CEO da consultoria Sustentech e um dos palestrantes convidados. Ele chamou atenção para a urgência de capacitar profissionais para demandarem e utilizarem EPDs nos processos de especificação. “Ainda existe um desconhecimento generalizado sobre essas ferramentas, o que dificulta a exigência de informações ambientais por parte dos fabricantes”, completou.
Outro ponto abordado foi o papel estratégico das áreas de suprimentos das empresas na incorporação de critérios ambientais em seus processos.
“É possível estruturar critérios ambientais de forma progressiva, começando pelos materiais de maior impacto no ciclo de vida do edifício e ajudando os fornecedores a evoluírem gradualmente na qualificação das suas informações ambientais”, explicou Felipe Coelho. A proposta é clara: construir pontes entre sustentabilidade e desempenho, orientando organizações e profissionais para decisões que equilibrem eficiência, impacto ambiental e valor de mercado.
O debate reforçou que a sustentabilidade deixou de ser uma tendência para se tornar uma exigência ética e técnica da arquitetura contemporânea. Incorporar EPDs nos processos de projeto é uma resposta concreta aos desafios ambientais atuais — e um caminho real para gerar valor social, econômico e ambiental.
Saiba mais sobre EPDs no blog da Fundação Vanzolini:
O que é EPD – Declaração Ambiental de Produto, quais os tipos e como criar
EPDs contribuem com certificações de edifícios sustentáveis
Programa EPD Brasil e transparência ambiental – como a Vanzolini pode ajudar sua empresa
A Fundação Vanzolini segue presente na CASACOR 2025, com mais uma palestra agendada para o dia 26 de junho, promovendo conhecimento e trocas entre profissionais que acreditam em uma construção civil mais responsável e inovadora.
Assista agora ao vídeo com os principais momentos da palestra realizada no dia 12 de junho, na CASACOR: EPDs em Foco: Transparência e Sustentabilidade na Arquitetura e Design