O webinar destacou a busca da construção civil por práticas mais sustentáveis, com ênfase nas estratégias ESG (ambientais, sociais e de governança). Angel Ibanez, Diretor de Suprimentos e ESG da Tegra Incorporadora, e João Amato, Presidente da Fundação Vanzolini, apresentaram insights sobre o direcionamento do setor. Eles enfatizaram a eficácia das práticas ESG como guias cruciais para um futuro mais verde, destacando casos de sucesso e desafios superados.
No dia 18 de setembro, a Comissão Extraordinária de Inovação, Tecnologia e Cidade Inteligente da Câmara Municipal de São Paulo firmou um importante termo de cooperação técnica com a Fundação Carlos Alberto Vanzolini.
O objetivo desta parceria é desenvolver projetos e programas que promovam a inovação, a tecnologia e o desenvolvimento sustentável na cidade de São Paulo, criando um impacto positivo para a sociedade paulistana.
A assinatura do termo de cooperação é resultado de um requerimento que e visa aproveitar a expertise da Fundação Vanzolini para enfrentar os desafios urbanos, sociais e ambientais da capital paulista.
A fundação, gerenciada por professores da Escola Politécnica da USP, tem quase 60 anos de atuação em áreas como tecnologia, inovação e sustentabilidade, sendo referência nacional e internacional nesses temas.
Essa parceria tem como foco a adoção de políticas inovadoras e sustentáveis para melhorar continuamente a qualidade de vida dos habitantes de São Paulo, soluções que combinem eficiência, tecnologia e respeito ao meio ambiente.
A Fundação Vanzolini reafirmou seu compromisso em fornecer suporte técnico à Comissão de Inovação e Tecnologia da Câmara, colaborando na criação de um ambiente mais propício à inovação tecnológica e ao desenvolvimento sustentável. A fundação se destacou como uma aliada crucial na construção de cidades inteligentes, com soluções que integram tecnologia e sustentabilidade em favor da sociedade.
“Quero aqui reiterar o compromisso da fundação, em colocar toda a sua estrutura, o seu conhecimento à disposição dessa Comissão, para fornecer o devido o suporte técnico à Comissão de Inovação, Tecnologia e Cidades Inteligentes”, reforçou João Amato Neto, presidente da Diretoria Executiva da organização.
“Eu gostaria de dizer que nós estamos muito honrados com essa cooperação. Esse termo de cooperação tem por objetivo dar apoio a essa Comissão e nós estamos aqui à disposição para fazer discussões sobre o futuro aqui da nossa cidade, num horizonte de longo prazo, com uma contribuição das instituições de ensino e pesquisa”, acrescentou Marcelo Schneck de Paula Pessoa, coordenador do Grupo de Pesquisas em Cidades Inteligentes do Laboratório de Cidades, Tecnologia e Urbanismo/Conecticidades da POLI USP e da Fundação Vanzolini.
“Esperamos que se enraíze aqui em São Paulo [a cultura de inovação e cidade inteligente] e que dê exemplo para outros locais, onde possamos trabalhar de maneira integrada a questão de inovação, tecnologia e cidades inteligentes. Conte com o nosso apoio e dedicação”, acrescentou Cesar Massaro, consultor sênior de Desenvolvimento de Negócios da fundação e representante da organização na Comissão.
Durante a reunião, foram planejados temas como inteligência artificial, cidades 100% sustentáveis e cibersegurança, com representantes de grandes empresas de tecnologia. A Nvidia, por exemplo, trouxe à mesa a importância da computação acelerada e de plataformas tecnológicas que podem tornar as cidades mais eficientes e conectadas.
Outro ponto de destaque foi o conceito de Green Fields, apresentado pela empresa Kei Cities. Green Fields são bairros ou cidades construídas do zero, planejadas de forma totalmente sustentável, com foco no desenvolvimento social, econômico e ambiental, sempre com as pessoas no centro do planejamento.
O aumento da digitalização das cidades também levanta questões sobre a proteção de dados dos cidadãos. Leonardo Fonseca Netto , gerente da Italtel Brasil, destacou a importância de medidas robustas de cibersegurança para proteger informações sensíveis, como endereços, biometria e documentos públicos.
Cidades Inteligentes, que utilizam dados em larga escala para oferecer serviços melhores e mais eficientes, precisam garantir que essas informações sejam seguras contra ataques cibernéticos.
A parceria entre a Fundação Vanzolini e a Câmara de São Paulo marca um novo capítulo no desenvolvimento da cidade.
O presidente da Comissão de Inovação, vereador Sansão Pereira, ressaltou que o objetivo é criar leis e políticas que desburocratizem processos e facilitem a implementação de tecnologias que beneficiem diretamente a população. O foco é fazer com que essas inovações cheguem à ponta e atendam de forma eficiente os cidadãos paulistanos.
Saiba mais aqui: Comissão de Inovação e Tecnologia firma termo de cooperação com a Fundação Vanzolini
Entenda como obter a certificação AQUA-HQE™ e transforme o padrão de sustentabilidade nas construções.
No cenário atual da construção civil, onde a preservação ambiental e a eficiência energética ganham cada vez mais destaque, a certificação se estabelece como uma resposta vital às crescentes preocupações com a sustentabilidade.
Esse reconhecimento, que já alcançou renome internacional, vai além de simplesmente elevar os padrões de construção sustentável – ele transforma a maneira como os projetos de construção são concebidos, implementados e valorizados no mercado.
Neste artigo, mergulharemos profundamente no processo para alcançar a certificação AQUA-HQE™, uma jornada que não só reflete o compromisso com práticas construtivas ambientalmente responsáveis, mas também um investimento no valor e na relevância futura das edificações.
Exploraremos desde os princípios básicos da certificação ambiental para edificações até os detalhes específicos da certificação AQUA-HQE™, sustentabilidade, oferecendo um panorama abrangente que aborda tanto a teoria quanto a prática.
Ao entender esse processo, profissionais e empresas do setor de construção poderão atender às demandas atuais do mercado, além de se posicionar na vanguarda do desenvolvimento sustentável.
A certificação AQUA-HQE™ é mais do que um selo de sustentabilidade, é um compromisso com práticas construtivas que respeitam o meio ambiente e promovem a eficiência energética.
Adaptada para o Brasil a partir de um modelo francês, a certificação avalia aspectos críticos, como o uso racional de recursos, a minimização do impacto ambiental e a qualidade do ambiente construído. Saiba mais sobre a certificação e seu impacto no setor imobiliário em Certificação AQUA-HQE para negócios imobiliários.
O processo de obtenção da certificação AQUA-HQE™ é detalhado e rigoroso. Começa com a avaliação dos critérios de sustentabilidade do projeto, seguido pela implementação de práticas que atendam ou superem esses padrões. Avaliações regulares e auditorias são parte integrante do processo, garantindo que o projeto permaneça alinhado com os objetivos da certificação.
A certificação AQUA-HQE™ pode ser obtida para vários tipos de empreendimentos: residenciais, comerciais, infraestruturas, etc., tanto no ciclo construção como no de operação. Em ambos os ciclos, o empreendimento será avaliado sob a ótica de sua gestão e desempenho ambiental, por meio dos requisitos dispostos nos referenciais técnicos AQUA-HQE.
Neste artigo, iremos tratar especificamente do processo de certificação para o ciclo construção.
No ciclo de construção, a certificação AQUA-HQE™ é dividida em três fases:
Em cada uma das fases é realizada uma auditoria, que tem como finalidade verificar a conformidade do projeto e sistema de gestão com os requisitos dos referenciais técnicos, ao final de cada auditoria são emitidos dois certificados: um com validade nacional (AQUA) e outro com validade internacional (HQE). Os certificados de cada etapa têm validade até a etapa seguinte, exceto os certificados da Fase Execução, que têm validade vitalícia e atestam o desempenho ambiental do edifício construído.
É a documentação que o empreendedor elabora, justificando o atendimento ao referencial técnico AQUA-HQE™.
Nas auditorias de todas as fases, o empreendedor deve fazer uma autoavaliação do desempenho ambiental e do sistema de gestão do empreendimento, com base nos referenciais técnicos. Nesse documento, devem ser apresentadas as justificativas de atendimento a cada um dos requisitos do referencial. É com base nele, denominado dossiê, que os auditores conduzem a avaliação. Além disso, o empreendedor pode encaminhar arquivos de projeto, memoriais e outros estudos necessários para corroborar com as justificativas apresentadas no dossiê.
O ponto de partida para a certificação é estabelecer o sistema de gestão do empreendimento, conforme o referencial técnico SGE, o qual inclui um comprometimento do empreendedor com as práticas ambientais e a hierarquização das 14 categorias do referencial técnico QAE, conforme o desempenho ambiental almejado – aqui, nesse ponto, o empreendedor deve definir quais são suas estratégias e motivações para a certificação.
Um dos pontos importantes para a definição do desempenho ambiental do empreendimento é a elaboração da análise do local do empreendimento (conforme anexo A1 do referencial SGE), no qual devem ser identificadas as características, potências e restrições do local.
Em seguida, com base nos projetos básicos da edificação, deve-se avaliar o cumprimento dos requisitos do referencial técnico QAE, no qual estão dispostas as 14 categorias de desempenho ambiental e suas exigências mínimas.
O conjunto dessas autoavaliações deve compor uma documentação (dossiê), a ser enviada para a Fundação Vanzolini, que irá conduzir a auditoria de certificação. Após finalizado o processo de auditoria e comprovada a conformidade com os requisitos dos referenciais técnicos, serão emitidos os certificados AQUA-HQE da fase pré-projeto.
No final da fase pré-projeto e antes da auditoria dessa fase, responda às perguntas:
Na segunda etapa, o empreendedor deve manter e atualizar a documentação do sistema de gestão e da qualidade ambiental do edifício. Nesse momento, espera-se que sejam apresentados estudos mais aprofundados e projetos mais consolidados, demonstrando o cumprimento das exigências do referencial técnico.
É importante ressaltar que nessa etapa podem ocorrer modificações em relação ao desempenho ambiental apresentado na fase anterior, conforme o amadurecimento do projeto.
O empreendedor deve encaminhar à Fundação Vanzolini a documentação referente à fase Projeto, que inclui dossiê, projetos atualizados e eventualmente estudos e relatórios de desempenho.
Após finalizado o processo de auditoria, são emitidos os certificados da fase Projeto, que substitui os certificados da fase anterior.
No final da fase projeto e antes da auditoria desta fase, responda à pergunta: O projeto atende o perfil de QAE?
Nessa última etapa, assim como nas anteriores, deve-se atualizar o dossiê, considerando as soluções adotadas.
Ao receber o dossiê, a Fundação Vanzolini irá conduzir a auditoria, em que será verificada a aderência das exigências técnicas do referencial ao edifício construído. Aqui, o auditor irá buscar as evidências de cumprimento dos requisitos na edificação, logo, é importante que nessa fase a obra esteja em vias de ser concluída, mas ainda não tenha sido entregue ao cliente final.
Ao final dessa auditoria, são emitidos os certificados AQUA-HQE da última fase do ciclo construção, que atestam o desempenho ambiental alcançado pelo empreendimento.
No final da fase execução e antes da auditoria dessa fase, responda à pergunta: O empreendimento entregue atinge o perfil de QAE visado?
A obtenção da certificação AQUA-HQE™ traz uma série de benefícios significativos para projetos de construção, estendendo-se desde vantagens ambientais até melhorias econômicas e sociais. Vamos explorar alguns dos principais benefícios dessa certificação:
Um dos maiores benefícios da certificação AQUA-HQE™ é a melhoria na eficiência ambiental dos edifícios. Projetos certificados são projetados e construídos com foco na redução do consumo de energia, na gestão eficiente da água e no uso responsável de materiais. Isso não apenas minimiza o impacto ambiental da construção, mas também resulta em operações mais sustentáveis a longo prazo.
Projetos que seguem os padrões da certificação são projetados com o bem-estar dos ocupantes em mente. Isso inclui a melhoria da qualidade do ar interior, a otimização da luz natural e a garantia de um ambiente interno confortável e saudável. Esses aspectos contribuem para o bem-estar e a produtividade dos usuários do espaço.
Ao obter a certificação, as empresas demonstram liderança e compromisso com a sustentabilidade. Isso pode fortalecer a marca e a reputação da empresa no mercado, além de posicionar a organização como uma líder no campo da construção sustentável.
Finalmente, ao adotar os padrões, os projetos contribuem ativamente para o desenvolvimento sustentável. Eles ajudam a estabelecer novas normas no setor de construção, incentivando práticas mais responsáveis e sustentáveis em toda a indústria.
A certificação ecológica para imóveis está se tornando um diferencial no mercado imobiliário. Com a crescente consciência ambiental, edificações que possuem a certificação AQUA-HQE™ destacam-se, oferecendo não apenas um espaço de vida sustentável, mas também uma declaração de responsabilidade ecológica.
Embora a jornada para a certificação AQUA-HQE™ possa apresentar desafios, como o investimento inicial em tecnologias sustentáveis e a adaptação dos processos de construção, as soluções são numerosas e acessíveis.
Com o planejamento adequado e a colaboração com especialistas em sustentabilidade, esses desafios podem ser superados, resultando em um projeto que não apenas atende, mas excede as expectativas de sustentabilidade.
Para alcançar a certificação, é crucial entender e atender a uma série de critérios rigorosos, que abrangem desde o planejamento e design do projeto até a execução e operação do edifício.
Esses critérios são projetados para garantir que as construções certificadas atendam aos mais altos padrões de sustentabilidade e eficiência. A conformidade com esses critérios não apenas assegura a obtenção da certificação, mas também contribui para a criação de espaços mais saudáveis e ambientalmente responsáveis.
Além de atender aos critérios, é essencial que os projetos de construção abracem uma abordagem integrada à sustentabilidade. Isso significa considerar aspectos ambientais, sociais e econômicos em todas as fases do projeto, desde a escolha dos materiais até as práticas de gestão de resíduos e a eficiência energética.
A busca pela certificação AQUA-HQE™ é um passo crucial para empresas e profissionais da construção civil que se comprometem com a sustentabilidade. Esse processo melhora a qualidade e eficiência dos projetos de construção e também estabelece um novo padrão no mercado imobiliário, demonstrando um compromisso genuíno com a construção sustentável.
Agora que você sabe da importância da certificação AQUA-HQE™ para o conceito de construções sustentáveis, conheça seus referenciais técnicos.
Você também pode baixar o e-book: A Certificação AQUA-HQE™ e suas contribuições à consolidação do perfil ESG de uma empresa
Um selo que atesta a preocupação com o meio ambiente, um selo que fala sobre a responsabilidade de construir o presente e pensar no agora e no futuro, isto é, sustentabilidade ambiental, social e econômico.
Este selo é a certificação AQUA-HQE™, também chamado de “selo verde”, que chancela empreendimentos imobiliários – residenciais e comerciais – como sendo construções alinhadas às atuais demandas ambientais e sociais.
Dessa maneira, no mundo de tantas mudanças digitais e tecnológicas, estamos diante de uma transformação no olhar da construção civil, que passa a usar novas lentes, na busca por soluções práticas mais conscientes, sustentáveis e inclusivas.
Nesse sentido, temos a certificação AQUA-HQE™, que pode ser compreendida como uma estratégia de sustentabilidade que extrapola os grandes empreendimentos e chega às construções de casas e prédios.
Então, quer saber mais sobre a certificação AQUA-HQE™ e quais aspectos técnicos ela considera para a garantia de uma construção verde? Acompanhe a leitura deste artigo!
Para começar, é importante compreender o cenário e os impactos ambientais produzidos pela construção civil atualmente, mostrando, assim, como é urgente olhar para as questões ligadas à sustentabilidade.
Bem, cerca de 35% do volume total de recursos naturais empregados no setor produtivo é consumido pela construção civil. Segundo dados do Balanço Energético Nacional (BRASIL, 2008), os edifícios brasileiros consomem cerca de 45% do total da energia elétrica produzida.
Já em relação aos resíduos, os materiais descartados pela construção e demolição constituem de 41% a 70% da massa dos resíduos sólidos urbanos. Além disso, pesquisadores apontam impactos sonoros e visuais, além da poluição do ar, gerados durante a execução de obras.
Dessa forma, como contraponto aos efeitos causados pela construção civil, algumas iniciativas que tratam de diretrizes e requisitos com soluções sustentáveis vêm sendo tomadas com o objetivo de reduzir os impactos ambientais do setor e colaborar para uma tomada de consciência social.
No Brasil, a certificação ambiental de prédios tem ganhado impulso e é tida pelos responsáveis do setor da construção civil como uma estratégia e uma condição importantes para posicionamento e competitividade no mercado.
Assim, o primeiro sistema de certificação ambiental de edifícios brasileiro para o setor da construção civil foi criado em 2008, o Referencial Técnico de Certificação: edifícios do setor de serviços, sistema Alta Qualidade Ambiental (AQUA), da Fundação Vanzolini.
A certificação AQUA-HQE™, lançada em 2008, é baseada na renomada norma francesa Démarche HQE™.
Hoje é a norma que mais atende à realidade do Brasil, pois mesmo tendo referenciais técnicos estrangeiros, as documentações da certificação AQUA-HQE™ foram adaptadas, em 2007, pela Fundação Vanzolini, em parceria com a Escola Politécnica da USP, levando em consideração a cultura, o clima, as normas técnicas e as regulamentações brasileiras.
Além disso, desde 2014, o HQE™ possui referenciais técnicos de nível internacional que levam em conta a experiência brasileira.
Mas, do que é feita a certificação AQUA-HQE™? Bem, ela é composta de mais de 270 requisitos e etapas com foco em promover um melhor aproveitamento de materiais nas etapas da construção, evitar desperdícios e reduzir o consumo de energia e água, entre outros impactos fundamentais que geram impactos positivos tanto para os empresários e profissionais da construção civil como para os futuros moradores.
Dessa maneira, atualmente, existem mais de 230 mil projetos já certificados no mundo e, no Brasil, são mais de 14 milhões de m² construídos com selo AQUA-HQE™ no projeto.
Por aqui, o destaque vai para a cidade de São Paulo, que conta com 206 dos 455 edifícios certificados no país. Eles estão localizados, especialmente, no bairro da Vila Mariana, onde se concentram 23 construções entregues ou em processo de certificação.
Portanto, o selo AQUA-HQE™ propõe um novo olhar para a sustentabilidade nas construções brasileiras, aperfeiçoando práticas, seguindo regulamentações nacionais e visando sempre a melhoria contínua de desempenho.
Antes de destacar os aspectos técnicos considerados pela norma AQUA-HQE™ para uma construção sustentável, vale destacar as vantagens da certificação para todas as pessoas envolvidas. Lembrando que o selo AQUA-HQE™ pode ser aplicado em casas residenciais, condomínios, prédios comerciais, escolas e outros espaços privados ou coletivos.
Desse modo, para que os benefícios possam ser desfrutados por todos, é fundamental que a construção de prédios e casas esteja alinhada com os requisitos da certificação AQUA-HQE™ e com os aspectos técnicos que ela preconiza. Entre eles, podemos destacar:
Vamos agora para um exemplo prático da norma AQUA-HQE™. Trata-se da Residência Verde, localizada em Piracicaba, uma edificação concebida e programada em todos os detalhes para proporcionar o máximo de conforto e saúde, minimizando o impacto no ecossistema local.
A casa, construída em um condomínio, atendeu aos critérios do referencial técnico da certificação AQUA-HQE™, citados acima, ao longo de todo o processo de concepção do projeto, levando em conta as necessidades dos usuários, o contexto da casa, seu entorno e a gestão integrada do empreendimento.
Nesse sentido, a Residência Verde conta com soluções sustentáveis que reduzem o consumo de energia elétrica, água, recursos naturais e de emissão de gases efeito estufa, poluentes aéreos, líquidos e sólidos.
Assim, o projeto conta com aquecimento da água de banho com sistemas de aquecimento solar e utilização de energia fotovoltaica – tecnologias que ajudam a mitigar a emissão de CO² e a reduzir o valor da conta de energia.
Além disso, a gestão ecológica da água será feita por meio de reservatórios com filtros que captam água da chuva e propiciam o reuso na irrigação de áreas verdes e abastecimento das bacias sanitárias.
A combinação dessas estratégias deve garantir uma redução de 46% no consumo de água potável. Outra iniciativa está relacionada ao tratamento de esgoto da residência, que passará por um biodigestor antes de ser lançado na rede pública.
A acessibilidade, como requisito da norma, também esteve presente no projeto na Residência Verde.
A edificação foi programada para se adequar às etapas e necessidades do envelhecimento e, como exemplo, há a leve rampa na frente do lote calculada conforme a Norma de Acessibilidade ABNT NBR 9050, que possibilita o acesso universal a todos os locais, inclusive ao jardim.
Portanto, seguir os processos da certificação AQUA-HQE™ e aplicar as práticas de construção citadas são as lentes que olham de forma holística para o projeto e resultam em economia para o usuário e para a cidade, e geram impactos positivos ao meio ambiente.
Em parceria com a Cerway, órgão certificador responsável pelas normas da marca HQE™, a Fundação Vanzolini aplica com exclusividade a certificação AQUA-HQE™ no Brasil.
A instituição foi a responsável pela adequação da norma francesa para a realidade brasileira, como citamos anteriormente e, desde 2008, realiza auditorias em construções para garantir que os parâmetros de Gestão e Qualidade Ambiental sejam cumpridos e efetivados, alcançando, assim, o maior nível de sustentabilidade possível.
A Fundação Vanzolini, inclusive, foi responsável pela certificação AQUA-HQE™ da Residência Verde.
Por isso, se você também quer implementar a certificação em seu empreendimento residencial ou comercial, entre em contato com a Fundação Vanzolini e saiba como obter o selo de alta qualidade ambiental para seus projetos.
A aplicação de boas práticas ambientais nas empresas é algo que ganha cada vez mais espaço e adesão. Porém, contar apenas com as atividades voltadas para a sustentabilidade é algo que ficou no passado com a popularização de termos como ESG (Governança Ambiental, Social e Corporativa, em inglês) e Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU), que contam com especificações presentes na certificação AQUA-HQE, voltada para construção de alta qualidade ambiental e aplicada exclusivamente pela Fundação Vanzolini no Brasil.
AQUA-HQE e as metas do ESG
Sigla de Environmental, Social And Governance, o termo ESG surgiu em 2005 no relatório Who Cares Wins (Ganha quem se importa, em tradução livre), após iniciativa da ONU com instituições financeiras para que fossem criadas orientações e recomendações sobre a inclusão de questões ligadas ao meio ambiente, sociedade e governança na gestão de ativos. Entretanto, o termo ganhou destaque em 2021, após a publicação da carta anual de Larry Fink, diretor-executivo da maior gestora financeira do mundo, a BlackRock. Nela, Fink afirmava que a sustentabilidade seria critério para as decisões de investimentos da gestora e que empresas sem comprometimento com o tema estavam sujeitas a ficarem sem capital.
No que diz respeito ao aspecto ambiental do ESG, o AQUA contribui em pontos que abrangem todo o ciclo de vida do edifício, como a aceitação de sistemas que possibilitam a economia de água, energia e outros recursos com gestão de resíduos, ao adaptar e flexibilizar o uso do prédio no atendimento às demandas futuras, como as necessidades de manutenção e reformas. A análise dos impactos ambientais que o empreendimento pode trazer ao entorno e as formas de minimizar possíveis efeitos negativos, ao incentivar programas de diminuição do uso de matéria-prima e recursos no canteiro de obras, onde os agentes buscam metas de menor geração de resíduos, com a escolha consciente de matéria-prima, levando em conta a origem e o processo produtivo do insumo.
Já no aspecto social do ESG, a certificação pode contribuir de maneira eficaz ao determinar que a edificação assegure um ambiente saudável às pessoas que ali frequentam, considerando a qualidade do ar, da água e dos espaços. Além disso, ela deve proporcionar ao usuário conforto térmico, visual, de luminosidade e olfativo. Outro aspecto que deve ser observado é a preocupação das empresas com questões ambientais e trabalhistas em torno da formalidade na cadeia produtiva. Esse cuidado deve ser comunicado e repassado a todos os agentes da cadeia produtiva como fornecedores, colaboradores e prestadores.
Quando se trata do quesito governança, o AQUA-HQE propõe um sistema de gestão do empreendimento que garante um planejamento e controle, começando na concepção do produto imobiliário. Esse sistema de gestão segue os referenciais baseados em normas internacionais como a ISO 9001 e a ISO 14001.
AQUA-HQE e os ODS da ONU
Já os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e metas globais da ONU são 17 objetivos que abordam os principais desafios de desenvolvimento enfrentados por pessoas no Brasil e no mundo. Para que a Agenda 2030 seja cumprida, todos os 14 tópicos a serem conquistados pelo empreendimento certificado AQUA são correlacionados com um ou mais objetivos da ONU.
A quarta edição da série de encontros Como inovar na gestão municipal?, promovida pela Associação Paulista de Municípios e a Fundação Vanzolini, abordará um tema que está constantemente em pauta e que não pode deixar de ser mencionado quando se trata de cidades inteligentes: desenvolvimento sustentável.
Segundo o Relatório especial sobre mudança climática e terra divulgado em agosto pelo IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), o mundo esquentou 1,09°C desde a era pré-industrial, e apenas 0,02°C podem ser atribuídos a causas naturais. É visível o impacto que essas mudanças causaram no cotidiano e que podem piorar se gestores não implantarem mudanças com foco na sustentabilidade. Por isso, o webinar on-line Como inovar na gestão municipal? Desenvolvimento sustentável, que acontecerá no dia 30 de setembro, às 10h, reunirá gestores municipais, estaduais e especialistas para debater sobre o assunto.
A conversa conta com a presença do presidente do Fórum Nacional de Secretários de Estado de Minas e Energia e Secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo, Marcos Penido. Engenheiro civil, ele foi diretor e presidente da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), atuou no Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e trará informações importantes sobre programas do Estado, caminhos e exemplos para a implantação de projetos de sustentabilidade e meio ambiente nos municípios.
Também participa o ex-vereador de São Paulo, Gilberto Natalini. Médico de formação, Natalini foi presidente dos Conselhos Estadual e Nacional dos Secretários Municipais de Saúde e há 50 anos atua na defesa do desenvolvimento sustentável e da preservação do meio ambiente. Ele irá trazer sua experiência em projetos e iniciativas voltadas à construção de uma cidade sustentável.
Marcos Buckeridge, diretor do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo, membro da Academia Brasileira de Ciências e coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) do Bioetanol e o Centro de Síntese USP-Cidades Globais, ele irá falar sobre novas abordagens que podem ser utilizadas por gestores públicos municipais de forma a priorizar metas que levem a aumentar a sustentabilidade urbana, e também sobre Gestão Sistêmica, importante conceito para administrar sistemas complexos, como uma cidade.
A mediação do webinar será do presidente da APM e ex-Prefeito de Campos do Jordão, Fred Guidoni, e do consultor da FCAV e ex- Secretário Municipal de Inovação e Tecnologia de São Paulo, Daniel Annenberg. Com grande experiência em administração pública, eles irão contribuir para o debate sobre sustentabilidade.
Serviço
Webinar “Como inovar na gestão municipal?”
Tema: Desenvolvimento sustentável
Data: 30/09/2021
Horário: 10:00 às 11:30 h
Onde: ZOOM (participantes inscritos), e no Youtube e Facebook da APM.
Inscrição: www.apaulista.org.br
Pensar em soluções cada vez mais sustentáveis nas construções é algo que gera uma série de debates, como o webinar promovido pela Fundação Vanzolini Residências do Futuro: eficiência energética na prática que aconteceu em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente.
Ainda dentro desta temática, o professor e coordenador da área de Certificação José Joaquim do Amaral Ferreira concedeu entrevista ao Jornal da USP no Ar, comandado pela jornalista Roxane Ré, da Rádio USP, para falar mais sobre como a eficiência energética tem assumido um papel cada vez mais importante para a indústria de construção civil.
Para ler sobre o assunto e ouvir a entrevista, clique aqui.
A preocupação com a sustentabilidade faz parte do manifesto da Fundação Vanzolini e sempre permeou a criação de todas as entregas que a Instituição tem oferecido à sociedade, empresas e instituições. Preocupação que é vista, por exemplo, na certificação AQUA-HQE™, disponibilizada desde 2008, com foco na construção sustentável, e que foi destaque em uma matéria da Veja SP – que pode ser lida aqui ou na versão impressa (22 de dezembro de 2021).
“Nos resíduos domiciliares, a redução é de cerca de 60%, mas tenho casos em que o incorporador consegue reciclar até 98%”, comentou Bruno Casagrande, gerente comercial de certificação da FCAV, sobre um dos benefícios que o AQUA-HQE™ proporciona.
Clique aqui para ler qual o bairro com maior número de prédios sustentáveis em São Paulo.