A atuar de forma mais estratégica na gestão de dados, com foco na segurança e na privacidade. Ao conhecer a norma ISO 27701:2019 você aprenderá sobre padrões internacionais de proteção de dados, além de se preparar para apoiar organizações na adequação de processos para conformidade com a LGPD.
Veja tudo o que você vai aprender:
Obs.:
A realização deste curso está condicionada ao número mínimo de matrículas.
As vagas estão sujeitas à capacidade máxima da turma.
Lidar com os dados pessoais é algo delicado e que demanda cuidado da empresa que recebe e armazena essas informações. Se antes o controle já se fazia necessário, com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), em vigor desde 2018, a atenção deve ser redobrada, visto que qualquer não conformidade é passível de multa, desde agosto de 2021.
Para auxiliar na adequação das empresas nesse quesito, a Fundação Vanzolini realiza a avaliação da conformidade de acordo com a ISO 27001, que permite uma gestão eficaz e proteção de toda a informação considerada crítica, por meio da correta seleção e implementação dos controles de segurança; e a ISO 27701, que garante a segurança da informação e privacidade de dados pessoais de clientes, fornecedores, funcionários, parceiros e gestores de instituições privadas, públicas e de todos os portes.
A Fundação Vanzolini conversou com Filipe Mendes e Jonas Marlon, respectivamente CEO e gerente de Qualidade da HostDime, primeira empresa certificada no Brasil com a ISO 27701, sobre o primeiro ano da empresa com a certificação. Confira:
FCAV: Qual a importância da certificação para a empresa?
Filipe Mendes: Com a certificação, a empresa pôde protocolar um passo a passo de como foi formado o seu organismo de controle e proteção dos dados. Além de gerar segurança dentro da organização ao proteger a movimentação dos principais dados e ativos da empresa, a implantação das normas também estende os benefícios para nossos parceiros e clientes.
FCAV: Qual a importância desta certificação para quem já era cliente da empresa e para os novos?
Jonas Marlon: A ISO 27701 estabelece critérios e fornece ferramentas para a empresa criar um sistema de gestão de privacidade da informação, com uma abordagem que abrange tecnologia, processos e pessoas. Então, com a certificação, nossos clientes são beneficiados, pois têm a confiança de terem seus dados críticos assegurados por uma infraestrutura certificada.
FCAV: Há alguma manutenção feita frequentemente com os colaboradores?
JM: Após a etapa de implementação, vem a transformação cultural. É preciso conscientizar colaboradores, investir em tecnologia e mão de obra, mapear os fluxos de dados e começar a trabalhar em prol dos resultados. Nós temos ações de conscientização o ano inteiro, por meio de conteúdos, quiz, entrevistas e muitos outros. É imprescindível ter uma equipe com alto índice de aderência e comprometida com o compliance.
FCAV: Qual o balanço deste primeiro ano com a certificação?
JM: Com os processos e controles implementados, conseguimos lidar naturalmente com várias situações no decorrer deste primeiro ano, como solicitações de titulares, compliance de novos fornecedores, solicitações de clientes, entre outras. Além disso, percebemos que houve uma maior procura, por parte dos clientes que levaram em conta nossas certificações, como diferencial para contratação dos nossos serviços. Enquanto primeira empresa no Brasil a obter a certificação ISO 27701, nos antecipamos a essa necessidade. Com isso, nosso balanço para o primeiro ano de certificação é muito positivo.
Com informações de: Sarah Kohan
A norma ISO 27701 especifica quais são os requisitos e fornece diretrizes para o estabelecimento, implementação, manutenção e melhoria contínua de um sistema de Gestão de Privacidade da Informação (SGPI) e também, fornece diretrizes para os controladores e operadores de dados pessoais que têm grandes responsabilidades nas atividades de tratamento.
É aplicável a todos os tipos e tamanhos de organizações, tanto públicas quanto privadas, organizações controladoras e operadoras de dados pessoais e tem relação com as normas técnicas que lhe dão suporte para a implementação da conformidade.
A norma nasceu da extensão de requisitos da ISO 27001 e também das diretrizes da ISO 27002, ambas com o objetivo de manter a segurança da informação.
Para entender melhor sobre a norma da ISO 27701 é preciso compreender que ela tem relação a todo instante com as normas de segurança da informação, suas diretrizes e requisitos, ao mesmo tempo em que cria novas e específicas regras.
“A norma 27701, elaborada pelo comitê conjunto da ISO/IEC, é a primeira norma de privacidade global. Abrange todo ciclo de vida dos dados pessoais na organização desde a sua coleta de dados até o seu descarte de dados.
Segurança da informação e privacidade estão inter-relacionadas e ao anexar as melhores práticas de privacidade de dados à segurança, o comitê ISO/IEC facilita para milhares de empresas auditadas todos os anos na norma 27001, a ampliação de seus sistemas de segurança da informação para um sistema segurança da informação e privacidade de dados pessoais.
A adoção da ISO/IEC 27701 em uma organização fornece um caminho fácil para disseminação de práticas consistentes de processamento de dados pessoais. Uma vez certificada, a empresa ganha credibilidade no mercado demonstrando sua preocupação com o tratamento de dados pessoais através de auditorias externas com reconhecimento internacional.
De acordo com o último survey publicado pela ISO com dados de final de 2019, a ISO 27001 é a terceira norma mais adotada e certificada mundialmente, precedida pela ISO 9001 em primeiro lugar e ISO 14001 em segundo lugar. Analisando os países que adotam este padrão, a China está em primeiro lugar com 8.356 certificados válidos, seguida do Japão com 5.245 e do Reino Unido com 2.818 certificados.
Com as leis de proteção de dados pessoais em vigor em muitos países do mundo, como a LGPD no Brasil e a GDPR na União Europeia, a tendência é de crescimento rápido da adoção da ISO 27701.”
Confira alguns detalhes importantes da norma:
Com o curso Segurança da Informação e Privacidade de Dados Pessoais, conforme a norma internacional ISO 27701:2019 você conhecerá os requisitos para atender a Norma que foi concebida para ser uma ferramenta internacional de adequação às mais diversas regulamentações de proteção de dados em diversos países, como a LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados do Brasil e a GDPR – General Data Protection Regulation da Europa.
Para evitar o roubo de dados de pessoas e empresas, realizado por criminosos, entenda mais sobre as normas de segurança e privacidade da informação ISO 27001 e 27701.
As normas ISO 27001 e 27701 auxiliam na segurança da informação de organizações, evitando golpes e fraudes.
De alguns anos para cá, temos acompanhado uma série de notícias a respeito do vazamento de dados de pessoas e empresas, por meios digitais. Foram roubados diversos CPFs e CNPJs, além de contas de celulares.
No caso das contas de celulares, as informações são extraídas dos computadores das operadoras de telefonia e comercializados na deep web, uma parte da internet que dificulta ao máximo o rastreamento de computadores.
Todas essas situações geraram um grande alerta aos internautas, que passaram a ter medo de ter suas informações vazadas e utilizadas para atividades criminosas. Afinal, esses vazamentos podem gerar diversas consequências negativas para as vítimas.
É por isso que é essencial implementar as normas ISO 27001 e 27701 para proteger os seus dados de forma eficaz, e, neste conteúdo, abordaremos a importância dessa implementação. Acompanhe a leitura!
A segurança da informação diz respeito à defesa dos dados, visa assegurar que os dados possam ser acessados apenas pelos seus responsáveis de direito ou pelas pessoas para as quais eles foram enviados.
No conceito de segurança da informação, a palavra “informação” é bastante ampla, já que pode estar relacionada aos dados financeiros, bancários, aos dados de um determinado projeto, serviço ou à propriedade intelectual, entre outros.
Dessa forma, a segurança da informação consiste de uma série de ações estratégicas, com o intuito de controlar e evitar riscos de roubo, danos e perdas de dados, servidores, dispositivos, sistemas e redes.
Há inúmeras possibilidades para a coleta e mau uso dos dados de sua empresa ou de seus dados pessoais. Tais ações têm como função identificar, registrar e combater possíveis ameaças.
Para as organizações, a falta de sistemas de segurança e de proteção nas trocas de informações pode levar a prejuízos significativos.
Os impactos negativos não se restringem às perdas financeiras, podem também causar prejuízos à reputação e à imagem da empresa, demonstrando que não é capaz de proteger seus dados ou de terceiros.
Ao colocar em risco a segurança dos dados de seus clientes, a empresa deixa de ser confiável, e isso é prejudicial à fidelização dos clientes..
Negligenciar as estratégias de segurança cibernética pode deixar sua empresa vulnerável a diversos riscos. Entenda quais são os principais:
Por meio de um malware (um software intencionalmente feito para causar danos a um computador, servidor, cliente ou uma rede de computadores), os criminosos podem capturar informações e infectar diversos documentos, impedindo o seu acesso.
A prática mais comum é o responsável pelo ataque realizar chantagens com a empresa atacada, em troca de uma chave de (re)acesso aos seus documentos.
Esse tipo de ameaça à segurança da informação diz respeito à fraude eletrônica; é um dos golpes mais comuns atualmente.
O phishing é uma técnica de engenharia social que, para atrair a atenção das pessoas, se vale de mensagens ou plataformas que parecem confiáveis ou originadas de lugares plausíveis, tais como as redes sociais, e-mails ou bancos.
Após atrair a atenção da vítima, a estratégia costuma direcioná-la a links maliciosos, capazes de executar funções indevidas nos servidores. Tipicamente se instala algum vírus no dispositivo.
Para compreender melhor as normas, é importante entender quais são as suas diferenças.
A LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) é a lei que regula o tratamento dos dados de pessoas físicas ou jurídicas, com o objetivo de garantir a proteção das informações e da privacidade.
Uma dúvida bastante comum é como as empresas podem adequar suas operações a esta Lei. Uma das formas mais eficientes para estar em conformidade com a LGPD dentro de uma organização, é aderir às normas ISO 27001 e 27701. Se a empresa tiver tais certificações, ela estará atendendo à Lei Geral de Proteção de Dados.
Entenda os objetivos da obtenção das certificações:
Um dos principais objetivos dessas duas certificações é garantir a conformidade com a LGPD, evitando que a sua organização seja vítima de fraudes.
Além disso, a ISO 27701 está de acordo também com a GDPR (General Data Protection Regulation). Ou seja, o Regulamento Geral de Proteção de Dados, que é um conjunto de regulações a respeito da proteção de dados na União Europeia.
Portanto, com as certificações ISO 27001 e 27701, a empresa está apta a ser auditada pela norma Europeia. É um caminho para a empresa captar clientes no continente europeu.
Ao garantir a capacitação de atendimento a essas normas, a empresa garante a segurança dos seus dados, das informações dos clientes e do seu negócio, evitando prejuízos financeiros e sociais.
O resultado é o aumento da confiança de clientes e parceiros, além da transparência com os titulares dos dados.
O público-alvo da capacitação das normas são executivos, líderes, gestores, profissionais das áreas de auditoria, segurança da informação, tecnologia da informação, controles internos, compliance, gestão de processos e riscos.
São também públicos-alvos os consultores, profissionais autônomos e colaboradores de qualquer segmento que desejem adotar as boas práticas de segurança da informação e privacidade em suas atividades ou empresas.
Primeiramente, é preciso deixar claro que, para implementar a ISO 27701, a ISO 27001 também deve ser aplicada. Ou seja, a organização deve contar com essa certificação, ou estar em processo de adequação.
Logo, é necessário identificar qual a maturidade de proteção e privacidade do negócio, e o que ele ainda precisa alcançar. Fazer uma comparação das medidas atuais com o que as normas ISO e a LGPD exigem, ajuda a entender o que ainda precisa ser feito.
Ao seguir a estrutura determinada pelas normas, as empresas cumprirão as exigências necessárias para garantir a proteção de dados.
A maioria dos requisitos se resumem a garantir e proteger a privacidade dos dados pessoais e sensíveis dos usuários, sejam eles clientes, parceiros ou colaboradores.
Confira os principais requisitos da norma 27001, de acordo com o site da Certifiquei:
É importantíssimo garantir a segurança da informação e proteção de dados tanto para pessoas físicas quanto jurídicas, já que ambas têm a possibilidade de serem vítimas de golpes e fraudes.
Além disso, atender aos requisitos das normas ISO 27001 e 27701 ajuda a atrair mais parceiros e clientes para as empresas.
Para que você possa estar preparado para as exigências da certificação, conheça nosso Curso de Interpretação dos Requisitos ISO 27001, com aulas na modalidade EAD ao vivo. Aproveite a oportunidade!
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Conheça os cursos de Segurança de Dados da Fundação Vanzolini.
Auditoria remota – como fazer e responder a auditorias remotas
Gestão de Riscos: Metodologia e boas práticas – ISO 31000
Interpretação dos Requisitos ISO 37001:2016
LGPD na prática: Como implantar a Lei Geral de Proteção de Dados na sua empresa
LGPD para áreas Administrativas e Financeiras
LGPD para áreas com Relacionamento com Clientes ou Fornecedores
LGPD para área de Recursos Humanos
LGPD para área de Tecnologia da Informação
LGPD para DPO ou Encarregado de Dados
IQNET: ISO 27001 – Auditor Líder
Interpretação dos Requisitos ISO 27001:2022
Sistema de Gestão de Ativos – Requisitos ISO 55001
A manutenção das certificações ISO 27001 e 27701 é um processo contínuo e necessário para garantir a segurança da informação e privacidade de dados. Saiba mais!
Com o aumento de ataques cibernéticos, cada vez mais as organizações buscam formas de se proteger. Nesse contexto, a manutenção das certificações ISO 27001 e 27701 é essencial para proteger as informações e dados das empresas.
Segundo o relatório da Security Report, o Brasil é um dos países mais afetados por vazamentos de dados. Em 2022, houve um aumento de 60% no número de vazamentos de dados no Brasil, e os custos desses vazamentos podem ultrapassar R$ 26 milhões em 2023.
E, ainda, de acordo com um relatório da empresa Tenable, em 2022, o Brasil foi responsável por 40% dos vazamentos de dados do mundo. Isso significa que, em um total de 257 terabytes de dados vazados, 984,7 milhões de dados (112 terabytes) foram do Brasil.
Esses números mostram o quanto é imprescindível que as empresas adotem medidas de proteção. Neste artigo, compreenda a importância da manutenção das certificações ISO para a segurança da informação e conheça os benefícios de mantê-las em sua empresa. Boa leitura!
A crescente digitalização das operações empresariais e governamentais têm destacado a necessidade crítica de garantir a segurança da informação e a proteção dos dados pessoais. Isso evidencia a importância da certificação por normas de segurança da informação, como:
Essas certificações surgem como um alicerce na busca pela conformidade com regulamentações rigorosas, como a LGPD no Brasil, Lei n° 13.709, que foi promulgada em 2018, inspirada na norma europeia de Proteção de Dados (GDPR – General Data Protection Regulation).
Diante disso, compreender a importância da manutenção dessas certificações é essencial para fortalecer a segurança cibernética e a privacidade de dados em um mundo cada vez mais conectado.
As normas ISO 27001 e 27701 podem ser aplicadas por organizações de todos os tamanhos e setores. Elas fornecem um conjunto de requisitos e diretrizes que podem ajudar as organizações a protegerem suas informações e garantir a privacidade dos dados pessoais.
A ISO 27001 é uma norma internacional, que define um conjunto de requisitos para um Sistema de Gestão de Segurança da Informação (SGSI). O SGSI é um processo estruturado que ajuda as organizações a protegerem seus ativos de informação contra ameaças e riscos.
Já a ISO 27701 é uma extensão da ISO 27001, que trata especificamente das questões de privacidade de dados. Ela oferece diretrizes para estabelecer, implementar, manter e melhorar um Sistema de Gestão de Informações de Privacidade (SGIP).
Dessa forma, ela garante a conformidade com regulamentações de privacidade, como a LGPD. A norma visa proteger os direitos e a privacidade das pessoas físicas em relação ao processamento de seus dados pessoais.
A implementação pode ajudar as organizações a:
Sendo assim, as normas ISO/IEC 27001 e 27701 formam as bases para garantirem que as empresas realizem uma gestão da informação, assim como atuam para a proteção de dados, um tema crítico em nossa atualidade.
A manutenção das certificações ISO 27001 e 27701 é um processo contínuo e cíclico, essencial para a eficácia e relevância das práticas de segurança da informação e privacidade de dados. Esse ciclo consiste em cinco etapas cruciais:
A primeira etapa é avaliar a conformidade das práticas de segurança da informação e privacidade de dados da organização em relação aos requisitos das normas ISO 27001 e 27701. Isso envolve a identificação de lacunas e a criação de um plano de ação para abordar essas deficiências.
Para realizar essa avaliação, a organização pode utilizar uma variedade de métodos, incluindo:
Com um plano de ação em vigor, a organização implementa medidas corretivas e preventivas para preencher as lacunas identificadas. Isso pode incluir:
É importante que a organização implemente e melhore suas práticas de segurança da informação e privacidade de dados de forma contínua.
Isso ajudará a garantir que a organização esteja sempre em conformidade com as normas e que suas práticas estejam se adaptando às mudanças no cenário de segurança cibernética e privacidade de dados.
A organização deve monitorar regularmente suas práticas de segurança da informação e privacidade de dados para garantir que os controles implementados estejam funcionando efetivamente. Isso pode envolver auditorias internas, análises de risco e avaliações de conformidade.
O monitoramento e a avaliação contínuos são essenciais para garantir que a organização esteja sempre ciente de quaisquer problemas de segurança da informação e privacidade de dados.
As normas ISO 27001 e 27701 são dinâmicas, se adaptam e evoluem. A empresa deve revisar periodicamente seu SGSI e SGIP a fim de garantir que eles permaneçam alinhados com as versões mais recentes das normas e incorporem as melhores práticas emergentes.
A revisão e a atualização do SGSI e SGIP devem ser realizadas em um ciclo contínuo. Isso ajudará a garantir que a organização esteja sempre preparada para enfrentar as ameaças e os desafios de segurança da informação, além da privacidade de dados.
Após um período determinado, geralmente de três anos, a organização passa por uma auditoria, realizada por uma entidade de certificação independente. A auditoria avalia se a empresa ainda atende aos requisitos das normas ISO 27001 e 27701.
Uma vez aprovada, a renovação da certificação é um importante passo para garantir que a organização continue atendendo aos requisitos das normas e que suas práticas de segurança da informação e privacidade de dados permaneçam eficazes.
Realizar em sua empresa a manutenção das certificações ISO 27001 e 27701 oferece uma série de benefícios significativos para organizações e indivíduos, incluindo:
A manutenção das certificações ISO 27001 e 27701 é um investimento de longo prazo na segurança da informação e privacidade de dados. Elas ajudam as empresas a protegerem suas informações confidenciais, e também a construírem confiança com clientes, parceiros comerciais e stakeholders.
Ao adotar uma abordagem proativa para a gestão segura de dados, as organizações podem navegar pelo cenário de segurança cibernética, sempre em constante mudança, com confiança e seguridade. Para saber mais, acompanhe nosso blog.
Um lembrete importante: em outubro de 2022, foi publicada uma nova versão da ISO 27001. Todas empresas devem fazer a migração até outubro de 2025. Para mais informações, entre em contato com a Certificação:
certific@vanzolini.org.br(11) 3913-7100
Megavazamento de dados expôs milhões de CPFs, CNPJs e contas de celulares
Em 2021, temos acompanhado com apreensão as notícias sobre a série de vazamentos de dados de pessoas e empresas realizados por criminosos, até onde se suspeita, por meios digitais. Os números impressionam. Entre janeiro e fevereiro as reportagens mostraram que foram roubados cerca de 223 milhões de CPFs, 40 milhões de CNPJs e mais de 102 milhões de contas de celulares. Nesse último caso, extraídos dos computadores das operadoras de telefonia e comercializados na deep web – espaço virtual que torna difícil o rastreamento de computadores.
Não se sabe ainda a extensão da gravidade do caso, que expôs dados de políticos, empresários, empresas e cidadãos. Situações como essas podem envolver riscos variados, como atingir a questão da soberania nacional, economia − colocando em risco os negócios e a produção das empresas − e afetar a vida de milhões de pessoas, com impacto nas finanças, privacidade e segurança pessoal.
Segundo a especialista em auditorias de sistemas de segurança da informação e privacidade de dados, da Fundação Vanzolini, Sarah Kohan, o caminho para as empresas e os governos realizarem a governança e a gestão segura de dados para o cumprimento da Lei Geral 13709, de 2018, de Proteção de Dados (LGPD), é atenderem aos requisitos das normas ISO/IEC 27001, que descreve como Gerenciar a Segurança da Informação em uma Organização; e aos requisitos da ISO/IEC 27701, que trata sobre a Visão Geral do Sistema de Gerenciamento de Informações de Privacidade.
“É importante chamar a atenção das pessoas sobre a importância do assunto e como ele impacta o dia a dia. Por exemplo, quando entramos em um prédio residencial ou comercial e a equipe de segurança nos solicita, na recepção, o número de RG ou CPF, temos o direito de saber o que eles vão fazer com esse dado, com essa informação. Para onde vai esse dado, como será armazenado e como e quando será descartado? Existe hoje todo um processo que as empresas precisam seguir para garantir a privacidade dos dados e o cumprimento da lei”, pontua Kohan.
A LGPD define que as empresas precisam expor regras claras sobre a coleta, armazenamento, processamento e compartilhamento de dados pessoais, com padrões de proteção elevados e penalidades importantes para as violações. A lei trata sobre “dados pessoais”, relacionadas à pessoa física e a “processamento de dados” como qualquer operação realizada com dados pessoais, como coleta, classificação, uso, acesso, cópia, processamento, armazenamento e controle de informações.
“Após o estabelecimento da legislação e das normas que regem a gestão de dados e gerenciamento de informações, empresas e governos precisam se alinhar a essa nova realidade, sob o risco de não conseguirem efetuar negócios em mercados internacionais, participar de licitações públicas, perderem valor no mercado de ações e sofrerem punições pesadas em multas fixadas por leis no Brasil e no exterior”, ressalta Kohan.
A norma pode ser aplicada para qualquer tipo de empresa, independentemente do porte ou segmento e estão voltadas para garantir a segurança da informação de clientes, funcionários e gestores, conforme o escopo a ser definido pelas empresas e órgão públicos. No primeiro momento, a empresa precisa buscar atender aos requisitos da ISO/IEC 27001; e, em seguida, buscar a qualificação para a ISO/IEC 27701 e comprovar que atende aos requisitos de privacidade de dados.
Nesse sentido, para avaliar a conformidade dos processos e realizar o serviço de certificação das normas ISO/IEC 27001 e 27701, a Fundação Vanzolini possui equipe técnica altamente capacitada; e as certificações da entidade são reconhecidas e validadas no exterior pela IQNet – “The International Certification Network” − rede internacional que engloba mais de 37 organismos presentes em mais de 150 países. No geral, 30% do total de certificados de sistemas de gestão emitidos no mundo foram gerados por organismos pertencentes à IQNet.
Essa preocupação com a segurança e proteção de dados e informações vem sendo tema de debates há anos em fóruns globais que envolvem governos, empresas, entidades de classe e sociedade. Em 2018, a União Europeia criou a lei para proteção de dados GDPR (General Data Protection Regulation), que influenciou a lei brasileira. Em seguida, os países do bloco encomendaram para ISO (Organização Internacional de Normalização ou International Organization for Standardization) a criação de uma norma para atender a essa legislação que resultou na ISO/IEC 27000. Em 2020, essa norma foi estendida quando se criou ISO/IEC 27701, com requisitos e diretrizes para um sistema de gestão de privacidade da informação (SGPI).
Conheça os padrões ISO de segurança e conquiste a confiança de seus clientes ao seguir as principais normas de proteção de informações.
Os padrões ISO de segurança se referem ao termo International Organization for Standardization, entidade responsável por desenvolver e publicar padrões de processos que visam qualidade, segurança e eficiência de serviços, produtos e sistemas.
Neste artigo, falaremos sobre as ISO 27001 e 27701, que têm como atribuições zelar, principalmente, pela segurança e sigilo de dados cibernéticos de empresas públicas ou privadas.
Recentemente, dados do Facebook, ChatGPT, de órgãos de saúde e de uma determinada empresa do ramo imobiliário sofreram com o vazamento de dados. As organizações, além de arcar com prejuízos financeiros, devido aos danos morais, ainda perdem a confiança e credibilidade. Por fim, a perda de clientes é uma das piores consequências.
Para tornar sua empresa segura a todos, continue lendo este artigo e saiba como não passar por nenhuma dessas situações que levam uma instituição a perder sua credibilidade e confiabilidade.
A ISO 27001 é uma certificação destinada a empresas de instituições públicas ou privadas que prezam pela segurança da informação, conforme os padrões do Sistema de Gestão de Segurança da Informação (SGSI).
A SGSI, por sua vez, é um conjunto de políticas, normas e protocolos processuais voltados para gerenciar os riscos e reduzir os danos causados pela falta de segurança dos dados de uma organização. Nesse sentido, a ISO oferece maior segurança, confidencialidade e integridade no armazenamento de informações.
Quanto a ISO 27701, é uma extensão da 27001. Enquanto a 27001 diz respeito ao Sistema de Gestão e Segurança de Informação, a 27701 se refere ao Sistema de Gestão de Privacidade da Informação (SGPI). Portanto, a 27701 protege, exclusivamente, dados pessoais dos clientes, funcionários e demais parceiros.
Ambas certificações são importantes, pois como citamos, uma complementa a outra e são imprescindíveis no quesito segurança cibernética. Nesse caso, o ideal é iniciar pela 27001, visto que a 27701 é uma extensão da primeira e não pode ser implementada sem ela. Ao optar pelas duas, você terá a certeza de que está no caminho mais seguro, sem deixar lacunas na proteção dos dados da instituição.
A certificação é ideal para instituições que lidam com informações importantes e sensíveis (sigilosas ou não), dados pessoais e empresariais de clientes, pessoas físicas ou jurídicas, informações financeiras, de propriedade intelectual, etc.
As principais organizações que buscam pela certificação ISO são:
Embora as instituições acima sejam as que mais comumente procurem pela certificação, qualquer empresa preocupada em oferecer segurança aos seus clientes pode obtê-la, pois a ISO 27001 possui muitos benefícios em relação a isso.
Existem vários casos de vazamento de dados, incluindo de empresas gigantes como a Meta (Facebook, Instagram e WhatsApp). Em 2021, ocorreu uma divulgação indevida de dados que afetou 533 milhões de pessoas, em 106 países.
Após esse episódio, a companhia deverá pagar mais de R$70 milhões em danos morais. E, além do prejuízo financeiro, os usuários passaram a não confiar mais nos aplicativos.
Se tal situação ocorre com uma das maiores e mais importantes organizações tecnológicas do mundo, pode-se dizer que todos estão suscetíveis à insegurança. Por isso, atender aos padrões ISO de segurança é uma indicação de que a empresa:
Como consequência a todos os aspectos citados, as empresas aumentam a confiança dos clientes e podem aumentar sua demanda, pois, com os casos frequentes de vazamento, os parceiros optam por quem cuida da segurança cibernética.
Ou seja: menos críticas e imprevistos e mais parceiros interessados no trabalho da instituição!
Leia mais: Proteção a fraudes: saiba mais sobre as normas ISO/IEC 27001 e 27701
A Fundação Vanzolini é uma certificadora da norma ISO 27001. Além disso, a Fundação ainda oferece um curso de interpretação dos requisitos. Isso porque as normas possuem exigências a serem cumpridas.
Os cursos de Interpretação dos Requisitos ISO 27001:2022 têm como objetivo:
O conteúdo programático do curso consiste em:
Quanto ao curso referente às normas ISO 27701, confira os principais conteúdos abordados:
Leia mais: Como funciona a manutenção das certificações ISO 27001 e 27701
Atender às normas, em um primeiro momento, pode parecer uma tarefa complicada para as equipes despreparadas. Então, cursos relacionados a elas são fundamentais para o processo transcorrer da melhor forma e também rapidamente.
Entre em contato e esteja nos padrões ISO de segurança. Com todas as ferramentas em mãos, a empresa estará pronta para receber a certificação e conquistar a confiança dos clientes e demais parceiros.
Este conteúdo foi útil para você? Aprenda mais sobre o assunto: a Fundação Vanzolini oferece cursos com especialistas na área, para você ampliar o seu repertório e transformar a sua carreira.
Conheça os cursos de Segurança de Dados da Fundação Vanzolini.
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Sistema de Gestão de Ativos – Requisitos ISO 55001
Conheça os casos reais em que o vazamento de dados gerou impacto financeiro e na reputação das empresas e saiba como evitar esse problema.
Dados vazados resultam em muita dor de cabeça e muito dano no bolso das organizações. Quando uma empresa sofre com o vazamento de dados, ela tem, de cara, dois prejuízos para lidar: o financeiro, por conta das multas aplicadas, e o reputacional, por conta da imagem afetada perante o mercado.
Esses são os altos custos quando há uma ocorrência de fuga de dados. O impacto financeiro das multas – resultantes de uma violação de dados -, podem chegar a milhões de dólares e gerar uma crise paralisante no caixa organizacional. Mas não são somente as multas pesadas.
Os danos à reputação, causados por um vazamento de dados, podem ser igualmente devastadores para os negócios.
Então, para tratar desse tema delicado e bastante relevante no contexto empresarial, preparamos este artigo, no qual exploramos o alto custo dos vazamentos de dados e as consequências e implicações financeiras, além da reputação, que as empresas podem enfrentar, quando não protegem suas informações confidenciais com eficiência.
Dessa maneira, vamos mostrar casos reais, com o objetivo de compreender a magnitude do problema. Além disso, vamos falar da importância de se implementar medidas de segurança eficazes e de se investir em estratégias robustas de proteção de dados para evitar vazamentos.
Prontos?
Para começar, vamos entender melhor o que é o vazamento de dados, também chamado em inglês de data leak. O vazamento de dados está relacionado ao acesso indevido a dados confidenciais e sigilosos por pessoas não autorizadas.
Sendo assim, o vazamento de dados pode ocorrer de forma acidental, quando os sistemas de segurança online não funcionam como deveriam, ou por uma intenção consciente, quando hackers invadem esses sistemas.
De uma maneira ou de outra, os danos para as empresas que têm seus dados expostos podem ser imensos. Isso porque há multas pesadas e toda uma estratégia para reposicionar a marca, “limpando” sua imagem perante o mercado.
Segundo reportagem no Canaltech, no Brasil, esse tipo de ocorrência gera um prejuízo médio de R$ 5,8 milhões por ano.
Além disso, o Brasil também aparece entre os 20 territórios nos quais as investidas desse tipo são mais custosas para as corporações, gerando um aumento de 10,5% nos valores que as empresas tiveram de empregar na mitigação, controle e resolução de incidentes em casos de vazamento de dados.
Não é à toa que o Brasil gaste tanto com os prejuízos dos vazamentos de dados. O país é um dos mais visados quando o assunto é ataque digital e cibersegurança.
Em 2022, quase 70% das empresas no Brasil sofreram algum ataque cibernético com sequestro de dados, segundo o relatório anual The State of Ransomware da Sophos, da empresa global especializada em cibersegurança.
De acordo com levantamento, o total de registros em 2022 foi 13% superior ao do ano anterior. A pesquisa entrevistou líderes de empresas de médio porte em 14 países, incluindo 200 organizações no Brasil. Entre as empresas brasileiras, 68% disseram ter sido vítimas de ataques.
Outro dado importante é que, de janeiro a novembro de 2021, 24,2 milhões de perfis de brasileiros tiveram suas informações expostas na internet a partir de ataques ou brechas em sistemas. Na ocasião, o Brasil assumiu o 6º lugar no ranking de países com mais vazamentos de dados no mundo.
Entre as maneiras mais comuns de ocorrência de vazamento de dados, podemos destacar:
Pode parecer besteira, mas uma senha fraca pode ocasionar um vazamento de dados. Mas, até mesmo as melhores senhas podem ser inúteis frente a uma configuração de sistema precária que deixa seu banco de dados vulnerável.
Trata-se de um tipo de ataque simples e requer conhecimento técnico mínimo para ser realizado.
No SQL Injection, o hacker explora a falta de segurança de websites para obter acesso não autorizado à base de dados. É um ataque simples, e ainda pode ser automatizado.
Aqui temos algo um pouco mais complexo, já que esse tipo de ataque requer engenharia social para a manipulação de pessoas e obtenção de dados sensíveis. Um exemplo é o e-mail falso, feito para parecer real ou similar a algum e-mail conhecido.
Desse modo, este e-mail pode pedir informações, oferecer um crédito ou qualquer outra coisa e, ao clicar nos links do e-mail, a pessoa acaba instalando malwares, spywares ou mesmo ser direcionada para logins falsos em páginas similares às conhecidas.
Nesse caso, o ataque tira proveito de vulnerabilidades ou bugs de softwares para obter acesso não autorizado a um sistema ou aos seus dados.
Sistemas operacionais, navegadores e aplicações populares são alguns dos principais alvos e existem até exploit kits, que tornam simples a exploração de vulnerabilidades sem conhecimento técnico por criminosos.
Documentos impressos também podem ser vazados. Isso porque muitos documentos ficam expostos ou abandonados em impressoras e mesas no ambiente corporativo. A vulnerabilidade também mora aí.
Por isso, um software de impressão segura é uma boa medida quando se trata da segurança dos dados impressos.
Com o intuito de inibir e punir os crimes cibernéticos, o Brasil conta com leis específicas, voltadas para a proteção de dados. Entre elas, está a mais conhecida, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), de 2018, que
“dispõe sobre o tratamento de dados pessoais, inclusive nos meios digitais, por pessoa natural ou por pessoa jurídica de direito público ou privado, com o objetivo de proteger os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade e o livre desenvolvimento da personalidade da pessoa natural.”
Embora a LGPD não determine sanções para o vazamento de dados especificamente, ela prevê punições e multas para as empresas que forem denunciadas e tiverem comprovada a falta de cuidado com os dados coletados em seus sites.
Há também a Lei 12737, de 2012, que caracteriza como crimes cibernéticos:
“A invasão a dispositivos por violação indevida de mecanismo de segurança e com o fim de obter, adulterar ou destruir dados, ou informações sem autorização expressa, ou tácita do titular do dispositivo, ou instalar vulnerabilidades para obter vantagem ilícita” ;
“Interrupção ou perturbação de serviço telegráfico, telefônico, informático, telemático ou de informação de utilidade pública”;
“Falsificação de documento particular”;
“Falsificação de cartão de crédito ou débito”.
Já a Lei 14.155/21, sancionada em 2021, estabelece maiores penas por crimes de furto e estelionato que partem de celulares, computadores e dispositivos eletrônicos, em razão do aumento dos casos e da gravidade das ações e consequências dos crimes cibernéticos.
A legislação brasileira busca fechar o cerco aos ataques cibernéticos e para além das multas, há casos previstos de reclusão do criminoso.
Dessa forma, é possível compreender que o vazamento de dados é um crime, algo grave, sério, passivo de multas altas e de prisão.
Por isso, ao compreender o impacto financeiro e reputacional de violações de dados, as empresas devem tomar medidas proativas para proteger os seus valiosos ativos de dados e salvaguardar a sua reputação em um mundo cada vez mais digital.
O tempo todo, sem parar, grandes volumes de dados trafegam pelas redes das empresas, incluindo informações confidenciais de clientes, parceiros e colaboradores, relatórios financeiros, etc.
Com um vazamento de dados, todas essas informações podem cair nas mãos de criminosos e se tornar mercadoria, comercializada de forma ilegal.
O vazamento de dados pode ser moeda de troca e motivo de chantagem. No Brasil, um dos maiores responsáveis pelo vazamento de dados é o ataque de ransomware. Nesse tipo de invasão, o criminoso se apropria do dispositivo da vítima, impedindo seu acesso a dados ou a todo o sistema operacional.
Então, para restabelecer o acesso do usuário, o cibercriminoso exige resgate, normalmente em criptomoedas. Mas o que acontece é que, mesmo mediante ao pagamento, não há garantias de que o hacker irá cumprir o acordo e devolver os acessos. Ele ainda pode expor todas as informações contidas ali.
Quando uma organização sofre um ataque de ransomware ou DoS (Ataque de Negação de Serviço), por exemplo, ela fica parcialmente incapaz de acessar os seus dados e de interagir com os seus clientes.
O restabelecimento das atividades pode levar desde algumas horas até dias, gerando prejuízos e afetando a produtividade da empresa.
Como falamos no início deste texto, um dos prejuízos causados pelo vazamento de dados é o reputacional.
Uma marca com dados sigilosos vazados pode ter sua integridade afetada perante o mercado, e a reconstrução da reputação pode levar muito tempo.
Além disso, a repercussão negativa pode fazer com as pessoas se afastem do negócio, com medo de compartilhar suas informações com uma empresa que já foi alvo de um ataque cibernético. Uma consequência bastante complicada para uma organização que verá seu faturamento despencar.
Como citamos acima, existem leis que tratam de crimes cibernéticos e visam proteger os dados. Quando as empresas estão em desacordo, elas podem sofrer com as penalidades.
No caso de organizações que tiveram vazamento de dados comprovado, as penas podem variar de advertência até multa, que pode chegar a 2% do faturamento anual da empresa, limitada a R$ 50 milhões por cada infração cometida.
Como forma de ilustrar e tornar mais palpável a questão do vazamento de dados, apresentamos alguns casos que ficaram famosos no Brasil. Por meio dessas situações, é possível compreender melhor a gravidade e as consequências de uma segurança digital falha e vulnerável.
A operação Deepwater foi deflagrada pela Polícia Federal, em 2021, com o objetivo de combater o crime de vazamento de dados.
A iniciativa partiu da apuração de um desvio em larga escala, em que inúmeros números de CPFs e CNPJs foram divulgados em fóruns obscuros de troca de informações sigilosas.
Os cibercrimes chegaram ao conhecimento das autoridades por meio de denúncia e os criminosos foram presos nos estados de Pernambuco e Minas Gerais.
Um caso de vazamento de dados na esfera pública ocorreu em 2020, quando golpistas se aproveitaram de falhas para obter dados sigilosos do Ministério da Saúde.
O ciberataque levou à divulgação indevida de dados de 243 milhões de pessoas – uma quantidade de nomes maior do que toda a população brasileira.
Nessa situação, o volume muito acima da população se deu por conta do vazamento de dados de pessoas já falecidas, cujas informações seriam usadas para praticar novos crimes.
O PIX se tornou rapidamente um meio comum para aplicar golpes e sua facilidade em fazer transferências digitais virou alvo dos hackers.
Um estudo divulgado em setembro de 2023 mostrou que os brasileiros sofreram 1,7 milhão de golpes financeiros via Pix em 2022.
De acordo com a pesquisa da Silverguard, quatro em cada dez entrevistados foram vítimas de alguma tentativa de fraude ao usar esse meio de pagamento. Dentre os alvos de enganações, um em cada cinco caiu no golpe.
Em um dos casos de vazamento de dados e golpe via Pix, a 2ª Vara do Juizado Especial Cível de São José dos Campos condenou um banco a pagar R$ 32.800,00 a uma correntista.
Na ocasião, o juiz entendeu que a vítima caiu no golpe depois de ter seus dados vazados pela instituição financeira e, por isso, o banco deveria responder ativamente pelos danos causados em razão das falhas no seu sistema de segurança.
Segurança, esta é a palavra de ordem quando se trata de proteção de dados. O investimento em cibersegurança é a maneira mais eficiente de evitar o vazamento de informações sigilosas.
Um relatório aprofundado, conduzido pelo Ponemon Institute, sobre as violações de dados em todo o mundo, entre março de 2022 e março de 2023, identificou que Inteligência Artificial (IA) e automação impulsionam a velocidade de identificação e contenção, em casos de ciberataques nas organizações analisadas.
Desse modo, no Brasil, as organizações com uso extensivo de IA e automação experimentaram um ciclo de violação de dados que foi 68 dias mais curto, em comparação com aqueles que não implantaram essas tecnologias. No entanto, apenas 23% das empresas estudadas no Brasil estão usando de forma extensiva a segurança impulsionada por IA e automação – 17% menos do que a média global.
Importante destacar que o tempo necessário para identificar e conter uma violação impacta o custo geral da violação de dados.
Nesse sentido, de acordo com o relatório, no Brasil, se uma empresa gasta menos de 200 dias contendo o incidente, o custo médio é de aproximadamente R$ 5,11 milhões, mas, se passar de 200 dias, o custo pode subir para R$ 7,31 milhões.
Portanto, diante do alto custo, tanto financeiros quanto de reputação nos casos de vazamento de dados, é fundamental que as empresas invistam em práticas, programas e formações voltadas à segurança da informação.
As ações podem estar relacionadas ao reforço da proteção dos dados com softwares robustos e às políticas internas, capazes de educar os colaboradores frente às possíveis situações de ataques cibernéticos.
Por fim, para evitar o vazamento de dados, conter mais rapidamente os dados e preservar o bolso e a imagem da empresa, é essencial contar com um pessoal preparado, com conhecimento em cibersegurança e domínio de ferramentas e métodos de proteção da informação. Tudo com eficiência e seriedade.
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Até o próximo!
Fontes:
istoedinheiro.com.br/seguranca-de-dados-brasil-e-o-6o-pais-com-mais-vazamentos-diz-pesquisa/
tiinside.com.br/24/08/2023/custos-de-violacao-de-dados-no-brasil-reduzem-para-r-640-milhoes/
As empresas brasileiras precisaram se adequar à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) para proteger e dar privacidade aos dados pessoais de clientes, funcionários, parceiros, fornecedores ou de qualquer pessoa que tenha seus dados nela tratados, tanto no meio físico quanto no digital.
Dentro das organizações, deve haver um profissional capacitado para lidar diretamente com essa questão, o Data Protection Officer (DPO). E é sobre isso que falaremos nesse texto. Tenha uma ótima leitura!
O DPO tem a função de supervisionar todos os processos relacionados ao processamento de dados dentro de uma organização. Para isso, deve oferecer orientações sobre a privacidade de informações sensíveis e fazer um elo entre a organização e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD).
Além disso, profissionais com essa função devem indicar os passos para desenvolvimento de produtos e serviços com eficiência, sempre considerando os nortes para manter a privacidade e a proteção dos dados.
Ainda, os DPO’s devem compor uma estratégia de avaliação de risco, mantendo a regularidade com as leis (entre elas, a LGPD), de forma a proteger os direitos dos titulares dos dados e evitar multas para as empresas, em caso de irregularidades ou eventuais fraudes.
Segundo o site da Perallis Security, suas funções incluem:
De acordo com a LGPD, todas as empresas devem ter um DPO no seu quadro de funcionários. Ou seja, a lei trouxe ainda mais valor e importância para essa função e, consequentemente, mais benefícios para quem trabalha na área.
Para se tornar um DPO, faz-se necessário um vasto conhecimento a respeito da LGPD, cargo ocupado, em sua maioria, por advogados, além de ser necessária uma ampla experiência com segurança da informação.
No entanto, mesmo abrindo diversas portas para os profissionais de direito, os engenheiros, os profissionais da tecnologia da informação, entre outras áreas, também competirão arduamente pelos cargos.
De acordo com afirmação de Ricardo Chazin, headhunter da consultoria Laurence Simons, publicada pelo Portal Jota, haverá uma grande valorização do DPO, pois todas as empresas precisarão de um profissional nesses moldes, como foi falado anteriormente.
Ainda segundo Chazin, os advogados com mais chances de adquirirem tal função serão os especializados em Direito Digital, principalmente pelo domínio de temas como Marco Civil da Internet, direito de proteção de dados e proteção de dados na nuvem.
No entanto, dependendo do nível profissional, os engenheiros podem levar certa vantagem na busca por colocações. Isso porque possuem mais conhecimento técnico, podendo lidar, com mais habilidade, com assuntos como criptografia, implementação de ferramentas visando o não-vazamento de dados, entre outras.
Quem diz isso é Caio Lima, sócio do escritório Opice Blum Advogados, na mesma matéria publicada pelo Jota.
No quesito salarial, embora a função esteja apenas começando a ser implantada nos escritórios e empresas, Chazin diz que o profissional contará com um salário similar ao que era pago no começo do compliance no Brasil, variando entre R$12 mil e R$50 mil.
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Fontes: